Djl 1.2.8 – O Steam do Linux
A tarefa de migrar para Linux é cada vez mais facilitada. No entanto, um dos principais factores que têm impedido muitos dos utilizadores de outras plataformas, de fazer uma migração para Linux, são, sem dúvida, os jogos. A conhecida plataforma Steam é de fulcral importância para os jogadores, para fazer a gestão dos seus jogos em Windows.
O Djl entra neste contexto como o substituto do Steam em Linux. Não no estrito sentido da palavra, porque não tem qualquer ligação com a Valve, empresa detentora do Steam, mas porque se propõe realizar mesmo para os jogos Open Source actualmente existentes em Linux, que o seu equivalente proprietário.
A instalação apesar de requerer alguns passos é bastante simples, dependendo esta aplicação do pacote pacote PyQt4. Como já é normal, usa-se o Ubuntu como referência, recorrendo ao menu, Sistema > Administração > Gestor de Pacotes Synaptic, faz-se a pesquisa por Python-Qt4.
Depois de seleccionado este pacote todas as dependências são automaticamente seleccionadas, carregando em aplicar o processo de instalação é iniciado e concluído pelo Synaptic.
Chega agora a vez de descarregar a aplicação. Como esta não existe nos repositórios oficiais do Ubuntu, tem que ser consultado o site oficial. Apesar disso, a única opção de download deste programa é em formato tar.gz. Nada que nos assuste, porque a tarefa de correr a aplicação está facilitada. Basta descarregar o referido ficheiro e extraí-lo para uma pasta na pasta pessoal (/home/nome_do_utilizador).
Para se ter a aplicação ao alcance, convém criar um iniciador (atalho para os habituados a outros sistemas operativos). Com um clique do botão direito do rato, sobre a área de trabalho selecciona-se a opção Criar Iniciador. Neste iniciador no campo comando, tem que se apontar para o ficheiro djl.sh. Convém ainda adicionar ao iniciador um ícone, pode-se encontrar este ficheiro na pasta para onde foi extraída a aplicação.
Ora depois da tarefa concluída, duplo clique sobre aplicação e é lançado o programa. Indo directamente ao que interessa (os jogos), o utilizador ao carregar no separador ”Repository” tem actualmente um repositório de ficheiros 100 jogos do que melhor se faz para Linux. Títulos de grande popularidade e qualidade como Wolfenstein: Enemy Territory, Driver ou Glest, estão entre os existentes.
Por exemplo, seleccionando o jogo Savage 2: a Tortured Soul, é apresentada uma imagem, e uma breve descrição do jogo para o utilizador poder fazer a sua escolha com segurança.
Neste ecrã, podemos ainda aceder ao site oficial do jogo, através do botão website, para procurar informação adicional, ou seleccionar Install, Remove ou Update, para respectivamente, instalar, remover ou actualizar um jogo. Escolhendo Install é começado o processo de download do jogo e sua instalação automática.
Depois do processo concluído, o utilizador dentro da aplicação pode seleccionar o jogo instalado e carregar sobre o botão direito do rato e escolher “Play”, para que o jogo instalado seja executado.
É importante ainda referir algumas das suas principais funcionalidades, tais como o sistema de plugins que o djl possui, de modo a estender funcionalidades desta aplicação e a sua interacção com alguns jogos e a opção de Chat, onde o utilizador pode usar o djl como cliente de IRC para poder partilhar experiências com os outros utilizadores sobre os jogos disponíveis, ou sobre o djl no geral.
Sou da opinião que apesar de esta ferramenta se encontrar num estado inicial de desenvolvimento, já apresenta um nível de estabilidade adequado, não tendo encontrado qualquer crash da aplicação. Diria que esta aplicação é a ferramenta ideal, pela sua facilidade de utilização e quantidade de títulos disponíveis, para todos os jogadores que são novos na plataforma de Linux.
Será certamente fácil no meio desta lista, encontrar sempre um jogo de agrado. Além que a instalação de títulos de jogos à base de “point and click” não poderia ser mais fácil e intuitiva.
Como comentário final, eu arrisco mesmo a referir que o djl no âmbito de Linux, representa o mesmo para os jogos que o Gestor de pacotes Synaptic representa para as aplicações no geral.
Licença: GNU GPL Sistemas Operativos: Linux Download: Djl 1.2.8 [423.65KB] Homepage: Djl
Este artigo tem mais de um ano
Pra que usa o fedora 10 é so procurar por PyQt4 no Add/Remove software. Vai ser o primeiro da lista!
:*
Para que serve este ou o Steam? Já vi em vários amigos mas nunca investiguei porque não sou gammer (sou mais Geek 😛 ) Mas já agora gostava de ficar a saber, sem ter de ir investigar…. Se houver por ai alguem com paciência para explicar, agradeço desde já….
Gerardo
O steam em windows é uma plataforma que te permite adquirir jogos, online sem os teres de comprar numa loja. Permite-te ainda sempre que adquires um jogo receberes actualizações. é também uma plataforma de comunicação entre vários jogadores, usando chat ou conferência de voz. Permite-te teres acesso a uma lista de servidoores do teu jogo para escolheres qual te queres ligar. E tem ainda um sistema anti cheat contra batoteiros.
Se quiseres saber mais detalhes podes consultar a página da wikipedia.
http://en.wikipedia.org/wiki/Steam_(content_delivery)
O Djl pretende implementar todo o conceito do steam sobre jogos open source e gratuitos para linux
normalmente os utilizadores que nao mudam por causa dos jogos, nao é por estes existires em menor quantidade que no windows, mas porque os jogos que eles jogam em windows nao existem para linux !
Fixe, muito obrigado. É sempre bom aprender coisas novas, mas como este tema nao me interessa muito não me apetecia ir á procura. Fiquei muito esclarecido.
Já agora, o Steam é tudo legal? Quando dizes adquirir é mesmo adquirir, a pagar euros 🙂 ?
Gerardo
Sim, tens de pagar
Excelente. Facilitar o trabalho dos utilizadores é sempre uma boa ideia.
É nesta área que o linux se tem de destacar para conseguir aumentar o número de users.
Ainda não e’ desta que os gamers vão migrar para linux, contudo e’ uma boa iniciativa ^^
@n3XXuS
alguns que estão agarrados a determimnados jogos podem não mudar. Mas quem gostar de jogos de qualidade, e não quiser gastar um único cêntimo, seja em single player cono multiplayer, encontrará aqui jogos muito bons. Por isso esta é uma óptima alternativa.
Ja exprimentei! fica tudo muito lento! exprimentei o Wolfstein e fica super lento! :\ nao dá pa jogar uso o ubuntu 8.04! ati radeon mobility driver instalado pelo o envyng-gtk! e fica lento! e pa esqueçer jogos aqui
Carlos Sousa
Pelo que descreves Isso ja nao é culpa da aplicação nem do jogo. Parece-me que é do teu hardware, que é limitado para o jogo que queres jogar. Se instalaste pelo envy assumo que tenhas os ultimos drivers da amd,logo não pode ser disso.
Como dica se pretendes um jogo FPS leve e viciante, procura o AssaultCube. O open Arena ou o warsow, também são alternativas leves.
Exelente!!!!
Parabéns pelo artigo… bastante instructivo.
Impõe-se apenas fazer uma chamada de atenção.
A dado passo diz-se isto no artigo:
“Como já é normal, usa-se o Ubuntu como referência, recorrendo ao menu, Sistema > Administração > Gestor de Pacotes Synaptic,”
Usar-se o Synaptic para se instalar pacotes em distros de raiz Debian não é o modo mais adequado. Isto pelos seguintes motivos, sendo a razão A) de escassa importância e as B) e C) de crucial importância:
A) Usando-se o terminal consegue-se ser bastante mais rápido e eficiente e evita-se ter de iniciar programas gráficos com poderes de root;
B) O Synaptic é um front-end do apt, e não do aptitude, sendo este último o sistema que os próprios autores de ambos esses gerenciadores de pacotes hoje em dia recomendam…
E actualmente recomenda-se a utilização do aptitude (em detrimento do apt e dos front-ends deste, como é o caso do Synaptic) pelo seguinte motivo fundamental:
É que o aptitude, desde logo por altura de desinstalações, lida muito melhor com as dependências do que o apt.
Suponhamos por exemplo que instalamos o pacote “Moo” com o apt (ou com o seu front-end Synaptic), e com essa instalação são automaticamente instalados outros pacotes dos quais o pacote “Moo” depende. Se, mais tarde, viermos a desinstalar o pacote “Moo”, todos esses pacotes continuarão instalados no disco, pois não serão removidos… Isto não só faz com que, com o tempo, fiquem uma data de pacotes desnecessários instalados no disco como poderá vir a criar instabilidades ou mesmo problemas mais graves no sistema operativo, nomeadamente fruto de eventuais conflitos entre esses pacotes que ficaram “esquecidos” no disco duro e outros pacotes (ou versões novas daqueles) que venham no futuro a ser instalados.
Já se se utilizar o aptitude, os ditos pacotes serão automaticamente removidos aquando da desinstalação do pacote “Moo”.
É certo que, para quem esteja a usar sistemas recentemente instalados, o apt já consegue lidar melhor com o problema B) das dependências de um ficheiro que depois se pretenda desinstalar. Isto, pelo menos, no caso de se usar o comando apt (introduzindo-se a variável “autoremove”). Mas isso não só obrigará a maior trabalho de sintase como há quem diga que mesmo assim o apt não é tão fiável como o aptitude.
C) O aptitude resolve muito melhor problemas de dependências aquando da instalação de pacotes, sobretudo, mas não só, nas situações de sistemas que têm uma mistura de pacotes de proveniências diferentes (tipo o caso de se usar um Debian com pacotes da versão stable e testing, ou testing e unstable, etc).
Quando se publica um artigo deve-se tentar evitar direccionar os leitores à utilização de métodos que poderão comprometer a estabilidade e saúde do sistema operativo.
Para maiores esclarecimentos recomendo a leitura do seguinte:
http://forums.debian.net/viewtopic.php?t=34499&sid=4a7a710a66181a4459f965a677654363
http://www.linuxquestions.org/questions/debian-26/apt-get-vs.-aptitude-363365/
Zé do Pipo
Zé do pipo
A) sou anti linha de comandos (ou consola), não que não saiba fazer os comandos por aí, mas porque afasta alguns utilizadores , sem falar que prejudica a imagem do linux se estar a tornar mais fácil para os utilizadores menos informados. Só uso linha de comandos quando é obrigatório.
B) O Synaptic usa, o apt, mas o apt não deixa dependentes “orfãos” no disco, a partir do Ubuntu 8.04 se não em falha a memória tens um comando denominado “sudo apt-get autoremove” (como demais referiste), que remove todas as dependências que não estão a ser usadas por nenhuma aplicação. Quem quiser fazer esa manutenção que a faça. Agora não acho que existe nada de errado que essas dependencias fiquem pois o mais certo é que possam ser utilizadas por alguma aplicação que instale, o que implica que não tenha que o descarregar novamente,
C) Devido a B o aptitude está obsoleto, e a partir do avanço referido no apt, o aptitude está obsoleto e quase ninguém na comunidade ubuntu a usa.
Nada que eu disse, compromete a segurança do utilizador, o teu comentário de comprometer a segurança pelo utilizador ficar em “root” usando o Synaptic (Que não fica, fica num modo de super utilizador, o root por defeito está deactivado no ubuntu), isso tb acontece quando uso o comando sudo.
Por isso tenho a certeza que as minhas instruções estão correctas.
Ena, estou impressionado sem dúvida! Isto sem dúvida que vai fazer muitos bons gamers por aí começarem a sorrir mais para o linux.
Uma pergunta: o Djl também tem jogos que não são gratuítos? Ou seja, têm de ser pagos como se fosse o steam “a sério”?
BigLord
Não, tal como em Linux, os jogos são todos ou gratuitos ou open source.
Alguém consegue jogar Hedgewars?