RIOT: Civil Unrest, os desacatos chegam aos PCs e consolas
Com as manifestações dos "Coletes Amarelos" franceses ainda bem frescas na memória, eis uma notícia mesmo a calhar.
A Merge Games revelou recentemente as datas de lançamento do seu próximo jogo: RIOT Civil Unrest.
Um dos fenómenos globais a que temos assistido recentemente é o crescente surgimento de grandes manifestações públicas (mais ou menos espontâneas). Trata-se de um fenómeno global e que na maior parte das vezes têm por base graves problemas sociais ou económicos que deflagram nestas gigantescas convulsões, como por exemplo os recentes "coletes amarelos" em França (e não só).
Uma realidade bem presente atualmente
Portugal também não escapou e no passado mais ou menos recente também já teve algumas manifestações. Não me refiro apenas ao 25 de Abril de 1974 mas a outras mais recentes como a manifestação contra a Troika que levou mais de 1 milhão de pessoas às ruas em diversas cidades no ano de 2013.
Talvez um pouco pelo fato de se ter tornado em algo normal no nosso dia-a-dia, esta temática acabou por chamar a atenção da Merge Games para um videojogo. Leonard Menchiari (responsável pelo desenvolvimento do jogo) pegou na ideia quando participou em 2011 nas manifestações que ocorreram no norte de Itália.
Dentro do RIOT: Civil Unrest
O jogo é um jogo de estratégia que, tal como já devem ter adivinhado, coloca o jogador, ora no controlo da polícia, ora no controlo dos manifestantes. Segundo o que é referido pela Merge Games, o jogo apresenta cerca de 30 cenários baseados em situações reais como por exemplo, Indignados (Espanha), Arab Spring (Egipto), Keratea (Grécia) ou NoTAV (Itália) que levarão o jogador numa campanha pela paz (ou justiça) por todos os cantos do Mundo.
Além do modo campanha existirão também 17 cenários distintos para jogos em avulso, incluindo locais como Roma, Oakland, Paris, Londres, Caracas ou Ucrânia.
Com um grafismo bastante retro, RIOT: Civil Unrest tenta transmitir ao jogador uma experiência bastante própria de quem está de corpo e alma numa manifestação. Leonard refere que o jogo tenta, de certa forma, reproduzir o estado de espírito tanto de manifestantes como de policias,
"O que desencadeia a raiva e agressão? Muitas vezes em desvantagem numérica, o que um policia pensa durante o conflito?"
RIOT: Civil Unrest é, nas palavras do seu criador, um jogo complexo que coloca variados objetivos ao jogador em cada cenário. Como ultrapassar cada um, cabe ao jogador decidir. Existirá uma grande liberdade de escolha no que respeita a táticas a usar. Por exemplo, enquanto agente da autoridade poderão ser usados tropas especiais ou veículos de apoio enquanto que os manifestantes podem criar barricadas e outros tipos de armas e obstáculos.
No que respeita à Inteligência Artificial, Leonard Menchiari revela que RIOT: Civil Unrest apresentará um sistema complexo de crowd behaviour (comportamento de multidões). Cada individuo tem a sua própria inteligência artificial, tomando assim decisões por si próprio o que lhes transmite um maior realismo.
O jogo apresentará ainda um poderoso editor que permitirá ao jogador criar os seus próprios tumultos!
RIOT: Civil Unrest será lançado no inicio de Fevereiro para PC, Xbox One, PlayStation 4, e Nintendo Switch já em Fevereiro.
Este artigo tem mais de um ano
Um jogo desses deve ser engraçado. Já me vejo a controlar os manifestantes comunistas e a colocá-los na ordem. Depois se me apetecer troco e controlo os manifestantes facistas. XD