Jogos, os novos recrutas da Marinha Norte Americana!
Num passado recente foram focados aqui e aqui no PPLWARE algumas ligações do mundo dos videojogos a outras áreas da sociedade que não apenas a de um mero e simples instrumento de divertimento e descontracção.
Recentemente, apareceram algumas notícias que vêm realçar novamente o papel multifacetado dos videojogos nas diversas áreas de actividade, e desta vez o elo de ligação é nem mais nem menos que a Marinha Norte Americana. Segundo noticias recentemente veiculadas pelo Navy Times, a US Navy encontra-se neste momento a pensar seriamente em adicionar o Mundo dos Videojogos à sua lista de aliados.
Numa recente entrevista à Navy Times, um elemento do Estado Maior da Marinha Norte Americana falou abertamente sobre o tema, e deixou bem presente a ideia de que os videojogos, mediante determinadas características e dinâmicas podem efectivamente ser aliados poderosos à máquina de guerra norte americana. Segundo o Navy Surgeon General Vice Adm. Adam Robinson, os jogos podem efectivamente ser auxiliares importantes do bem-estar físico (e psíquico) dos recrutas e marinheiros, e que inclusive, já se encontra em marcha um processo para potenciar essa relação.
Segundo Robinson, "Today’s tech-savvy young people could use their video game skills to get physically fit as new Navy recruits, using the equivalents of Nintendo’s Wii Fit or Konami’s Dance Dance Revolution, to get started in boot camp, the Navy’s."
Robinson adianta mesmo que usando versões deste tipo de jogos, em combinação com os tradicionais treinos mais físicos, os novos recrutas mais facilmente conseguirão manter um estado de forma adequado e mesmo aumentar os seus níveis de endurance e stamina. “There are lots of programs now that people can [use to] become very physically active while they’re using interactive computer games,” declarou Robinson a 18 de Maio, numa entrevista à Navy Times “So, in other words, this isn’t about [starting] with computers and stopping [everything else] — because we’re not going to do that. This is about incorporating those types of activities into something that people can use to become more physically active.”
Aproveitando o cada vez maior enraizamento dos videojogos na sociedade, a Marinha norte americana tenta assim juntar o útil ao agradável ...enquanto que se por um lado os recrutas continuam a ter um ambiente altamente militarista com as suas doses de treinos físicos mais puxados, por outro lado, ganham agora mais uma arma para de forma divertida e mais cool se manterem em forma ... (aliás, o próprio aumento de competitividade patrocinada pelos videojogos, pode mesmo ser benéfica)
“I have no doubt that today’s youth and the people that we’re talking about are capable of becoming physically fit,” afirma Robinson “But I think that there has been a definite difference in the amount of time that people have devoted to physical activity, and I think that is a manifestation of physical education in the school systems in America.”
Um dos rastilhos que despoletou todo este processo, foi precisamente o facto de se estarem a começar a revelar bastantes casos de lesões ósseas (especialmente em recrutas femininas) provocadas em grande parte pela falta de hábito às inúmeras horas de treino em corrida ou a fazer exercícios físicos mais exigentes. Com o recurso a estes jogos de fitness e endurance o objectivo será justamente o de tentar que os recrutas ganhem maior resistência levando assim a que esse tipo de lesões acabe por diminuir ou mesmo desaparecer. “There is an issue in terms of physical fitness. There have been more fractures and femur fractures and long-bone fractures in some of our young female recruits, and that’s related to the amount of activity and a sedentary lifestyle that they’ve had before they’ve entered the service and then the uptick in physical activity after they’re in the service.” Neste contexto o Porta-voz do Naval Service Training Command, Lt. Charity Hardison adiantou ainda que por ano, 115 mulheres padecem deste tipo de fracturas ou lesões e que "Officials have tried to tackle this problem by issuing new running shoes and letting people run on padded surfaces."
No entanto Robinson, sabe bem que um processo destes não poderá, jamais ser um processo rápido e imediato e, que necessita de vários estudos e pesquisas, não só para determinar quais os tipos de jogos que podem vir a ser realmente úteis, como também quais as efectivas necessidades efectivas da frota norte-americana que podem ser satisfeitas com os videojogos.
Se isto é uma árvore que irá dar frutos, só o futuro o dirá .. mas que pode vir a ser mais um tremendo e importante passo para a industria dos videojogos, isso é verdade.
Entretanto e em jeito de nota de rodapé, creio que será de todo conveniente indicar que, num passado não tão recente assim, já existiram alguns outros exemplos de videojogos que de alguma forma se aliaram a entidades militares, do qual o expoente máximo será provavelmente o Americas Army, que supostamente, teve a sua génese num projecto militar de treino para os soldados norte americanos, tornando-se posteriormente num caso sério de sucesso entre a comunidade online.
Fonte aqui.
Site da US Navy aqui.
Site do Navy Times aqui.
Site Oficial do America's Army aqui.
Este artigo tem mais de um ano
Interessante..
Se eu morasse nos EUA compraria ações da Nintendo.. Uma compra de milhares de Wii’s deverá dar um acréscimo legal no valor da empresa..
Sinceramente, quando é que se começa contribuir para paz entre os póvos,naçoes,religiões? Depois de alguem conquistalas ,todas?Sim depois da conquista do mundo para 1 Governo único,realmente havera lugar para paz em ditadúra se não o presente que se passa. A paz não se conquista,mas se consente!
E estes Sr´s de Guerra desenvolvem estratégias para capturar os recrutas.
Outravez,não para trazerem Democracía ,que sempre foi uma farça, para outros países, mas para conquistar território,recursos,alienar cultura escravisando as mentes dos póvos, para estes se integrarem no mercado.
Guerra é máquina que mais lucro dá.
Atentamente para com todos utilizadores de PPWare
PS: também curto de games de tiros, etc. Não se pode se esquecer onde é o jogo, o melhor é deixalo para o lado.
O Gosto é um problema pessoal, o lado racional tem que prevalecer.
Ex:Gosto casa de madeira , mas vou moro numa de tijolo porque sei que este não pega fogo…
Respondam…
O exército serve os governos e não o povo, tirando as situações de defesa (e mesmo esta às vezes), nunca o fez.
Quem tem poder (ou está no poder) faz o que lhe apetece em prol de seu próprio beneficio e raramente ou nunca em prol do seu povo, raça ou espécie, porque se assim fosse nunca haveriam guerras, pois estas só trazem a morte e a miséria.
E o mais ridículo é que lutamos constantemente contra nós próprios (como espécie) sem necessidade absolutamente nenhuma.
Posto isto, é claro que não sou a favor de nenhum meio que promova ou incite ao exercito, ou outros actos, seja eles quais forem, pois na minha terra, ser humano que mata outro é considerado assassino (ponto final). Ao contrário do que Maquiavel diz, nenhum meio deve justificar os fins.
Arde mais depressa uma casa em tijolo que uma casa em madeira ( não confundir madeira com lenha).