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Criadora do Cyberpunk 2077 processada nos EUA pelos problemas no jogo

Aquele que parecia ser um fim de ano fechado a chave de ouro, está a tornar-se num verdadeiro pesadelo para a CD Projekt Red, criadora do jogo Cyberpunk 2077.

Depois de toda a polémica, agora a empresa foi alvo de um processo nos Estados Unidos da América devido aos vários problemas do jogo.


Entenda a polémica…

Para contextualizar, nomeadamente para quem ainda não percebeu o que se passa, o jogo Cyberpunk 2077 foi lançado no dia 10 de dezembro. Mas desde logo começaram as polémicas.

O desenrolar de críticas iniciou quando uma revista gaming francesa divulgou a sua primeira análise ao jogo para as consolas PlayStation 4 e Xbox One, onde classificou o jogo como um autêntico fracasso. Também vários jogadores em todos o mundo teceram comentários negativos e exigiram mesmo o reembolso do seu dinheiro.

Os problemas detetados estão relacionados com várias falhas e bugs que, por conseguinte, alteram ou não mostram as texturas, provocam baixa resolução, paragens, bloqueios, atrasados na interface, etc.

A Sony acabou mesmo por remover o título da PlayStation Store e deu início aos reembolso. Por sua vez, a criadora do jogo, CD Projekt Red, anunciou várias atualizações para resolver estes problemas. E um grupo de fãs também desenvolveu uma Mod com várias melhorias para ajudar a encontrar uma solução.

CD Projekt Red processada devido aos problemas no Cyberpunk 2077

Devido a todos os problemas apresentados no jogo, a empresa CD Projekt Red foi agora processada nos EUA.

A ação foi imposta na passada quinta-feira num tribunal da Califórnia pelo escritório de advogados Rosen Law, sediado em Nova Iorque. A firma representa assim os investidores que compraram as ações da criadora do jogo entre 16 de janeiro e 17 de dezembro de 2020. Os advogados pedem que o processo seja enquadrado como ação coletiva.

No processo, os advogados acusam a CD Projekt Red de fazer declarações “falsas e/ou enganosas” acerca do Cyberpunk 2077. Em suma, a empresa é acusada de não ter divulgado informações suficientes acerca dos bugs do jogo, além de não ter mencionado que este era “virtualmente impossível de jogar” na PlayStation 4 e Xbox One.

Segundo o processo, a criadora do jogo terá alegado que o Cyberpunk 2077 estava “completo e jogável” em janeiro de 2020, embora tenha sido adiado para setembro.

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Num caso específico ocorrido durante uma videoconferência, onde foi anunciado novo adiamento, o presidente e CEO adjunto da CD Projekt Red, Adam Kiciński, afirmou que “não havia problemas” com o jogo para as versões da PlayStation 4 e Xbox One. Desta forma, num comunicado de imprensa, os advogados referem que as declarações da criadora foram “materialmente falsas” e “enganosas”.

A 11 de dezembro as ações da CD Projekt Red caíram drasticamente. E, segundo o processo, quando os problemas começaram a surgir, os investidores “sofreram danos” devido ao preço de mercado “artificialmente inflacionado”.

Como indemnização, os advogados estão a pedir um montante não divulgado. Mas, para além disso, pedem ainda que todos os investidores lesados contactem o escritório.

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