Análise Warhammer 40.000: Space Marine (Xbox 360)
WarHammer 40.000 é um daqueles exemplos de sucesso na transição de conteúdos entre realidades distintas. Inicialmente um jogo de tabuleiro, foi com grande furor e também, sucesso que passou a fronteira do digital e entrou pelos nossos computadores dentro. Quando foi lançado, como um potente motor gráfico e de processamento que permitia que milhares de unidades se digladiassem em runtime neste RTS futurista, Warhammer 40K causou mossa e pode-se dizer que se transformou numa influência para variados jogos posteriores.
Agora chega a vez de voar para as consolas, e com a chancela Warhammer 40K aparece este Space Marine. Mas será que esta transição é assim tão simples?
Começando pela história, somos um Space Marine, Capitão Titus, que é enviado para um planeta distante de nome Graia, predominantemente industrial a tentar salvar os restantes humanos lá aprisionados por uma súbita invasão de Orcs. Com o apoio de dois outros companheiros de armas (em algumas missões) encetamos então a nossa missão, onde acabamos por nos ir apercebendo do verdadeiro intuito da invasão.
Gráficos: 8,8
Graia é um planeta imenso, e os cenários por onde andamos também o são. A sua magnitude é tal que por vezes existe a tentação em apenas olharmos em redor e nos deliciarmos com esse mundo alienígena, altamente industrializado, e que se encontra repleto de pormenores. Houve um grande trabalho da Relic em dar conteúdo e dimensão ao seu Mundo e conseguiram-no.
Os nossos Space Marines encontram-se também eles deliciosamente retratados, e tanto os seus fatos, como acessórios (Jump Pack por exemplo) e armamento encaixam perfeitamente no cenário.
Quanto aos nossos adversários, os Orcs, e embora as suas diferentes classes tenham tido grande trabalho visual e estando perfeitamente diferenciáveis durante a acção, é um pouco maçador que os Orcs tenham todos a mesma fuça (dentro da sua classe). Ok que são para matar, mas poderiam ter acrescentado um pouco mais de variedade.
Som: 8,3
Quanto ao som, nada a dizer. Uma banda sonora adequada que se encontra algures entre o transparente e o ocasionalmente saltitante conseguem fazer a acção fluir de forma natural.
Os efeitos sonoros como as explosões e tiros das diferentes armas encontram-se também eles bastante aceitáveis e com poder …
As vozes dos personagens, tirando os grunhidos desalmados dos Orcs, percebe-se que estão concentradas chegando por vezes a sentir-se um pouco da emoção e adrenalina, no calor do conflito.
Jogabilidade: 8,2
Um dos grandes trunfos deste Space Marine é, sem dúvida, a extrema facilidade de encaixe na mecânica do jogo. Com controlos simples, práticos e intuitivos sem grandes complexidades, nem mesmo nas próprias combos o jogo flui num avassalador corropio de chacinas, desmembramentos e outros tipos de atrocidades para com os maléficos Orcs.
Embora no primeiro par de horas, a acção seja demasiado repetitiva e sempre com os mesmos tipos de inimigos a trucidar, a partir de certa altura começam a aparecer outros desafios mais exigentes que nos obrigam a repensar a nossa táctica e modus operandi.
Aliás queria deixar aqui uma advertência, no sentido de avisar que o jogo, apresenta variadas secções de alguma violência pelo que se encontra catalogado para maior de 18.
Embora o jogo tenha bastante de hack’n slash de extrema simplicidade e com um ritmo acelerado não significa que não existam alguns pormenores deliciosos no meio do frenesim sanguinário. As mortes causadas pela nossa Chainsword são sempre empolgantes e quando o nosso Titu’s Fury (barra que se enche com as mortes que causamos) se enche permite-nos causar ataques de extrema brutalidade e de grande beleza visual. Essas secções são deslumbrantes e fazem lembrar, por exemplo, as secções de finalização do jogo Warrior: Legends of Troy (que o Pplware analisou aqui).
Particular menção aos ataques Stun que provocam um nocaute temporário do adversário, ficando à mercê do nosso, sempre agradável de se ver, ataque finalizador.
Uma das coisas que não gostei foi do sistema de I.A. dos Orcs. Ou pelo menos da maioria deles. Está bastante fraco. Embora algumas classes mais poderosas sejam só por si, difíceis de eliminar, acabam invariavelmente por optar por avançar em força na nossa direcção em tsunamis autênticas de carne para a nossa mira.
Um dos ataques mais porreiros do jogo encontra-se enquanto equipamos o Jump Pack. Trata-se dum aparelho que nos permite voar por determinado tempo e assim adicionar uma completa outra dimensão aos nossos ataques, uma vez que com o Jump Pack os mesmos podem ser lançados a partir de … cima.
Uma tentativa que a Relic fez de variar um pouco o tipo de jogabilidade e que de certa forma foi conseguida, foi a inclusão de diversos objectos escondidos pelos cenários (áudio logs) que resulta na nossa necessidade de investigar os cenários até ao mais ínfimo pormenor. Esses Audio Logs acabam por também ser um auxiliar na interpretação da história do jogo e da sucessão de eventos que se nos deparam.
Uma das coisas que achei menos positiva, embora bastante útil em determinadas alturas é o excessivo número de Caixas de Munições/Armas espalhadas pelos cenários. Quando morremos, reiniciamos no último checkpoint e com esses itens tão disponíveis, acaba por se tornar demasiado simples o nosso progresso na aventura. Embora por um lado possa acrescentar outra dimensão táctica, acaba por tornar as coisas, aparentemente, um pouco simples demais.
Longevidade: 8,2
Space Marine apresenta-nos bastante conteúdo para nos manter entretidos por bastante tempo. Quer seja no modo História, com mais de 10 horas de chacina despregada para concluir, ou pelos tradicionais, mas implementados modos online, há muitas horas para desfrutar… sendo talvez, o modo Online o que mais facilmente nos impelirá a voltar e voltar uma vez e outra. Com diversas opções de customização para as diversas classes à escolha do jogador e variados conteúdos desbloqueáveis, será no online que o maior vício se fará sentir, com certeza.
Nota Final- 8,3
[0................10]
Embora tenha uma tradicional tendência a suspeitar destas transições de jogos tradicionalmente clientes de PC, para as consolas, o que é certo é que gostei bastante de Warhammer 40k: Space Marines. Gostei do poder libertador de chacinar centenas de Orcs das mais variadas maneiras e de ser presenteado com Killings simplesmente épicos, gostei da aventura e do seu ritmo, gostei do ambiente massivo e imponente que nos rodeia …. Gostei do espírito de Warhammer que se encontra em todos os pixels do jogo. Para todos os que gostam de shooters com um pouco de hack’n slash à mistura, e de carnificinas este jogo é uma boa escolha, particularmente para apreciadores do Universo Warhammer. Desgostei da estupidez da maior parte dos Orcs, da linearidade das missões e da falta de profundidade táctica do jogo.
Género: Third Person Shooter Plataforma Analisada: Xbox 360 Outras Plataformas: PC, Playstation 3 Homepage: Warhammer 40000: Space Marine
Este artigo tem mais de um ano
Agora so falta a analise do Gears of war 3
melhor jogo do ano
melhor exclusivo
melhores graficos
melhor multiplayer
Gears of war 3 10:10
cumps
Boa review!
Apenas uma correcção: Warhammer 40K não é inicialmente um jogo de tabuleiro, mas um wargame de miniaturas. Preciosismos, eu sei, mas em brincadeiras, temos de ser sérios 😉
Haverá alguma versão que funcione no Windows 7?
Creio que sim …
No entanto, deixem-me indicar-vos que já saíram Patches para o jogo.
Correcto! Chamar jogo de tabuleiro ao Warhammer é … incorrecto. É preciso normalmente uma mesa inteira 🙂