Análise DE Blob 2! Vai uma demão??
Num mundo cada vez mais cinzento, quem não gostaria de lhe dar uma corzinha extra? Torná-lo de certa forma, mais alegre … mais melodioso … menos obscuro! É precisamente com este estado de espírito que Blob 2 entra em cena. Blob, a nossa bolha herói é o responsável por dar um pouco mais de cor ao Mundo de Prisma City, e contrariar assim o obscuro Comrade Black que o tingiu dum fúnebre negrume. Tudo em Prisma City se encontra descolorido e sem vida, sem calor ... desde o ambiente circundante, as árvores, as flores, os edifícios, os seus habitantes (os Gradyans). É nossa responsabilidade trazê-los novamente para a alegria que a vida pode ter se bem vivida.
Fazendo recurso a uma jogabilidade simplista, a um look cartoonesco mas altamente cativante e com inúmeros mini-jogos de dificuldade não muito exigente Blob 2 aspira a ser uma lufada de ar fresco, ou uma pincelada de tinta fresca nas nossas consolas. Será que consegue??
Gráficos- 8,0
Blob 2 não é um jogo que se possa considerar um espanto graficamente. Aliás nem ele próprio aspira a tanto. Em contrapartida apresenta-nos um mundo muito cartoon-like onde os contrastes de cor são Reis. Com uma palette de cores inicial mais escura (cinzenta) o mundo vai ganhando cor à medida que o vamos pintando e torna-se delicioso ver Prisma City florir como se duma bela flor se tratasse.
De qualquer forma não se pode deixar de dizer, em abono da verdade, que embora o jogo tenha levado um valente face-lift em relação ao seu antecessor, ainda poderia puxar mais pelas capacidades gráficas da consola (neste caso Playstation 3).
De resto, os detalhes dos edifícios e estruturas espalhadas pelos cenários encontram-se bem compostos, embora de forma por vezes muito desnudada, sem pormenores, mas não comprometem.
Os cenários são também variados. Apresentam-se cenários exteriores, esses talvez mais repetitivos, e interiores, que podem passar por interiores de grutas, de edifícios, de faróis, ...
Os Gradyans são seres simpáticos, que quase mete dó vê-los mergulhados em todo aquele negrume, pelo que pintá-los é altamente recompensador. No entanto, são seres extremamente simples, sem grandes traços ou personalidades. Limitam-se a estar ali.
Por fim o nosso herói, é uma maravilha de se ver. A andar, a pular, a pintar, a saltar de penhascos, a ensopar-se de tinta ... nunca pensei que fosse tão engraçado ser uma bolha, mas a realidade é que o é ... Faltam talvez alguns pormenores extra que ainda se poderiam tornar mais engraçados, como por exemplo o nosso Blob esborrachar-se ao cair dum precipício ... ou uma maior interacção com os Gradyans.
Já a nossa amiga Pinky, que pode ser usada no modo Multiplayer encontra-se também ela bastante bem representada e detalhada.
Som- 8,3
Blob é uma bolha, logo faz sons como uma bolha, certo? Certo. Os sons em Blob 2 estão simultaneamente realistas e cómicos, pois consegue juntar esses dois condimentos numa boa receita sonora. Desde o chapinhar, ao esborrachar objectos, ao bater nas paredes, ao apertar os gatilhos … tudo isso acompanhado pelos seus sons, mas duma forma ainda mais engraçada.
A banda sonora foi algo a que a equipa de desenvolvimento deve ter dado bastante trabalho, pois conseguiu uma associação com os eventos duma forma muito interessante e muito bem conseguida. Acompanhando a evolução normal do jogo, a melodia começa duma forma mais discreta subindo de tom e alegria à medida que pintamos os Gradyans e ambiente circundante, até à explosão de notas coloridas quando terminamos determinada secção. Impressionante ... em determinadas alturas fez-me pensar nas Caraíbas.
Jogabilidade- 8,2
Como já disse acima, o jogo apresenta um aspecto muito cartoonesco, o que aliado a uma jogabilidade simplista e fácil de assimilar faz dele um sério candidato a companheiro da família inteira, desde o mais novo ao mais velho. No entanto é precisamente aqui que se encontra a sua maior falha, e que não deixa de ser estranha, que corresponde à ausência da sua localização para português. Este tipo de jogo, que é francamente um jogo para qualquer idade, ou pelo menos assim deveria ser categorizado, é algo cruel não oferecer a tradução para português, lançando assim os mais pequenos para uma dependência desnecessária dos adultos.
O interface de DE Blob 2 é então, como já tive oportunidade de afirmar, simples. A nossa aventura por Prisma City encontra-se revestida duma mecânica extremamente simples e intuitiva.
Desde o pressionar R1 para nos ensoparmos de tinta, ao uso do triângulo para termos um arco em volta de Blob com as direcções mais importantes no cenário ao simples facto de tocarmos nos objectos para eles automaticamente se pintarem, tudo se processe duma forma muito fácil e acessivel.Aliás, para os jogadores mais exigentes, simples demais.
Um outro ponto menos bom, prende-se com a câmara que, por vezes, não se posiciona na melhor forma e em certas situações é capaz de levar ao desespero. Existe sempre a possibilidade de a rodarmos, mas em certas alturas tal não deveria ser necessário.
O recurso ao PS Move, torna a aventura muito semelhante ao interface do original para a Wii, e consegue trazer uma maior dose de divertimento ao jogo, desde que se consiga dosear bem a sensibilidade necessária para jogar.
O facto de termos um medidor de tempo para terminar as diferentes secções de Prisma City, pode trazer ocasionalmente momentos de desespero, pois em alguns casos essas secções têm de ser repetidas desde o inicio.
Convém identificar que ao longo da aventura e à medida que vamos terminando secções da ilha (pintando Gradyans, edifícios, outdoors de publicidade,...), vamos recolhendo pontos que nos permitem comprar upgrades para o nosso Blob, que podem ir desde o aumento da quantidade de tinta que podemos ensopar, a um maior ataque ... torna as coisas engraçadas e acaba por trazer ao jogo um pouco de gestão, embora duma forma extremamente simples.
Longevidade- 8,5
Que dizer dum jogo que acaba por ser bastante viciante e divertido?? Que merece a pena voltar a jogar, certo? Certo e é sempre divertido.
O Single Player apresenta perto de 12 cenários distintos de Prisma City, cada qual com várias secções que por sua vez apresentam várias missões opcionais, que representam uma boa dezena de horas de entretenimento. Se tomarmos em atenção que podemos jogar a dois num modo multiplayer, com o recurso à Pinky, ainda mais divertido se torna. O jogo é viciante e realmente faz querer voltar atrás para pintar mais.
Nota Final- 8,3
DE Blob 2 é um jogo bastante bom. Um pouco como se esperava, face ao seu antecessor e à sua história acaba por ser um jogo que consegue cativar toda a família. É um jogo que, embora à primeira vista se aperceba que é mais virado para o publico mais jovem, também consegue trazer ao adulto bastantes momentos de diversão e em algumas ocasiões (raras) dum grande desafio. No entanto, aqueles jogadores que querem outro tipo de acção ou de mecânicas mais sérias e exigentes vão fugir deste jogo.
De resto, é um titulo viciante, engraçado, divertido, sem bugs de relevo e que traz mais cor aos nossos televisores e é quase perceptível uma melhor sensação de bem estar depois de pintarmos as diversas secções de Prisma City.
Plataforma Análise: Playstation 3
Outras Plataformas: Xbox 360, Wii, Nintendo DS
Homepage DE Blob 2
Este artigo tem mais de um ano
Não há jogo semelhante para PC?
No título: “De mão” ou demão?!
Demão: Camada de tinta estendida sobre uma superfície
Vá lá, alterem o título… assim nem dá piada colaborar nas correcções!
@Paulo Ferreira!
Corrigido …
Obrigado!
“Plataforma: Playstation 3”? E o resto das consolas?
Também à para as outras consolas, provavelmente a analise foi feita na PS3, mas onde diz plataforma devia ter todas as disponíveis
*há… ;P
@João
Sim, realmente o jogo saiu tanto para a Playstation 3, como para Xbox 360, Wii e Nintendo DS.
É um jogo que recomendo para quem tenha crianças e não se importe de jogar com elas (a não ser que já entendam inglês)
eu jogei na wii ate ta porreiro o jogo
mas há melhor no genero como sonic colours
@Wiiware
Não digo o contrário, mas este DE Blob 2 no final de contas, acaba por estar muito bom também.