The Things Network – Rede para IoT que não usa 3G/4G nem Wi-Fi
O segmento do IoT (Internet of Things) continua em larga expansão e além dos dispositivos que têm chegado ao mercado, têm vindo também a ser desenvolvidas plataformas de suporte bastante interessantes.
Conheça a plataforma The Things Network para IoT.
A The Things Network é uma plataforma aberta com o objetivo de criar uma rede direcionada para o segmento do IoT.
Apesar do protocolo Wi-Fi ser usado na maioria dos dispositivos da Internet of Things, a The Things Network usa um protocolo designado de LoRaWAN (tecnologia criada e mantida pela LoRa Alliance) que permite que os dispositivos “comuniquem” entre si e com a Internet sem que tenham suporte para redes 3G/4G ou Wi-Fi. A tecnologia LORAWAN é um tipo de LPWAN (Low Power Wide Area Network).
The Things Network - Rede para IoT em vídeo
A The Things Network foi das primeiras redes a usar esta nova tecnologia de longo alcance (na ordem dos 10 km) e de baixo consumo energético.
A primeira versão da rede foi criada em Amesterdão, em 2015, pelo empreendedor holandês Wienke Giezeman que acreditava que, com apenas 10 gateways, conseguiria cobrir toda a capital Holandesa. Participaram algumas empresas, como por exemplo, a KPMG, Deloitte, entre outras, que permitiram instalar gateways nos seus edifícios.
Comunidades em Portugal
Na The Things Network é possível criar comunidades, registar Gateways e dispositivos. Para verem as comunidades existentes em Portugal, podem aceder aqui.
À data da escrita deste artigo, a The Things Network tem:
- 73082 membros
- 7519 gateways registados
- 138 comunidades
Num próximo artigo iremos mostrar como criar uma conta na The Things Network e como registar um gateway suportado por esta rede.
Este artigo tem mais de um ano
Apesar de gostar da ideia em teoria, o problema parece ser a segurança.
Apenas é mencionado o AES128 ( https://www.thethingsnetwork.org/docs/network/security.html ) na documentação.
Qualquer um que se interesse por segurança sabe que AES128 não significa nada por si só. Não significar nada não é bem o caso, em teoria lá para o ano de ~2028 deixará de ser considerado seguro utilizar tal nível de protecção… por tanto em cerca de 9 anos passará a ser considerado obsoleto, mesmo que tudo o resto tivesse bem concebido.
E o problema é que não é mencionado a integridade, o tipo de chave que protege o segredo, como são gerados os números aleatórios que protegem as comunicações, etc.
Falta ainda um relatório de empresas especializadas em segurança e independentes nesta área para se saber se isto está bem concebido ou se nem do ponto de vista teórico pode ser seguro.
O que não falta para aí é supostos protocolos e padrões de segurança que quando analisados por quem os quer atacar de verdade revelam-se autênticos “queijos suíços” tal é a quantidade de “buracos” que contêm.
Boas questões João.
Mas quem quer implementar as coisas bem e com segurança, fa-lo-há, independentemente da criptografia deprecada do TTN.
Quem quer despachar qq coisa para a rua e não se importa com isso, não há AES4096 que nos salve.