PowerOFF: autoridades policiais interrompem 27 booters DDoS
As autoridades policiais de todo o mundo interromperam uma tradição festiva dos cibercriminosos: o lançamento de ataques de distribuição de negação de serviço (DDoS) para colocar os Websites offline.
PowerOFF: Plataformas permitiram que os cibercriminosos e os hacktivistas inundassem os alvos com tráfego ilegal
No âmbito de uma ação repressiva internacional em curso, conhecida como PowerOFF, as autoridades apreenderam 27 das plataformas mais populares utilizadas para levar a cabo estes ataques.
Conhecidas como Websites “booter” e “stresser”, estas plataformas permitiram que os cibercriminosos e os hacktivistas inundassem os alvos com tráfego ilegal, tornando inacessíveis os Websites e outros serviços baseados na Web.
Esta operação multifacetada, coordenada pela Europol e envolvendo 15 países, visou todos os níveis de pessoas envolvidas neste crime. Foram detidos quatro administradores destas plataformas ilícitas e foram tomadas várias medidas contra numerosos utilizadores destes serviços.
A época festiva é, desde há muito, um período de pico para os hackers efetuarem alguns dos seus ataques DDoS mais perturbadores, causando graves prejuízos financeiros, danos à reputação e caos operacional às suas vítimas. As motivações para lançar tais ataques variam, desde a sabotagem económica e o ganho financeiro até razões ideológicas, como demonstrado por coletivos hacktivistas como o Killnet ou o Anonymous Sudan.
A operação PowerOFF demonstra um esforço coordenado e contínuo das autoridades policiais para combater esta ameaça de forma abrangente, desde o desmantelamento de plataformas ilegais até à prevenção de futuros ataques através da educação e da dissuasão.
Na edição deste ano participam na Operação PowerOFF as seguintes autoridades:
- Austrália: Polícia Federal Australiana (AFP)
- Brasil: Polícia Federal
- Canadá: Real Polícia Montada do Canadá
- Finlândia: Polícia Nacional (Poliisi)
- França: Polícia Nacional (Police Nationale – OFAC), JUNALCO (Tribunal Nacional de Combate ao Crime Organizado)
- Alemanha: Serviço Federal de Polícia Criminal (Bundeskriminalamt), Gabinete Penal do Estado de Hesse (Hessisches Landeskriminalamt), Procuradoria-Geral da República de Frankfurt am Main - Centro de Cibercriminalidade (Generalstaatsanwaltschaft Frankfurt am Main – ZIT)
- Japão: Agência Nacional de Polícia (NPA)
- Letónia: Polícia Estatal (Valsts policija)
- Países Baixos: Polícia Nacional (Politie)
- Polónia: Gabinete Central de Cibercriminalidade (Centralne Biuro Zwalczania Cyberprzestępczości)
- Portugal: Polícia Judiciária, Polícia de Segurança Pública
- Suécia: Autoridade Policial Sueca (Polisen – SC3), Centro Regional da Cibercriminalidade Região Oeste (RC3)
- Roménia: Polícia Romena (Poliția Română)
- Reino Unido: Agência Nacional do Crime (NCA)
- EUA: Departamento de Justiça dos EUA (US DOJ), Serviço Federal de Investigação (FBI), Investigações de Segurança Interna (HSI), Serviço de Investigação Criminal da Defesa (DCIS)
Quatro administradores foram detidos em França, na Alemanha e na Polónia. Mais de 300 utilizadores identificados por atividades operacionais planeadas.
Gaiola com eles.