Portugal: Burlas por MB WAY, Whatsapp e Ransomware! O que se passa?
Vivemos num mundo altamente digital e o que não faltam por aí são esquemas de burla. Portugal não é exceção, e recentemente a Procuradoria-Geral da República (PGR) fez saber que há cada vez mais queixas de cibercrimes. MB WAY, Whatsapp e Ransomware na "lista negra" das ameaças...
MB WAY: 84 denuncias em 2022! Olá pai e Olá mãe também na lista...
A PGR recebeu, em média, 177 denúncias por mês. Das 2.124 queixas apresentadas nesse ano, 359 foram encaminhadas para abertura de inquérito, um aumento de cerca de 84% em relação a 2021. MB WAY, Whatsapp e Ransomware estão na lista das principais ameaças.
Segundo uma nota da PGR sobre as denúncias de cibercrimes recebidas pelo Gabinete Cibercrime da Procuradoria-Geral da República, criado em 2016...
Em 2022, os números das participações entradas superam muitíssimo as do ano anterior.
Em 2021, o aumento foi ainda mais expressivo do que tinha sido em 2020, mais que duplicando. Em 2022 esta tendência manteve-se: foram recebidas 2.124 denúncias, quando em 2021 tinham sido recebidas 1.160. Portanto, registou-se um aumento de 73,58%. Pode dizer-se que, em termos médios, com oscilações anuais, em cada ano desde 2019, são recebidas o dobro das denúncias do ano anterior
Em 2022, o tipo de crime mais reportado foi phishing. Foram registados 358 casos, em que os autores tentam obter dados de acesso a cartões e a contas bancárias, seguido das falsas convocatórias policiais (224), uma nova modalidade de burla online, que passa pela expedição de milhões de mensagens em que o destinatário é suspeito de diversos atos relacionados com abuso sexual de crianças e, ao mesmo tempo, é advertido de que, sendo alvo de uma investigação criminal, a mesma pode ser encerrada mediante um pagamento de uma quantia monetária.
A PGR destaca também o MB WAY, da qual tiveram 84 denuncias em 2022. Segundo a PGR, a burla "Olá Pai, Olá Mãe", com recurso ao WhatsApp, surgiu em setembro de 2022 e em quatro meses foram recebidas 65 queixas e os pagamentos solicitados variaram entre os 750 euros e os 4.000 euros.
As denúncias respeitantes a crimes informáticos, ou cibercrimes em sentido estrito, recebidas pela linha do Gabinete Cibercrime representaram em 2022 “um conjunto significativo, tendo por vezes grande repercussão pública e mediática”, tendo “uma boa parte destas denúncias relatado ataques de 'ransomware'”.
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Antes burlas eram sinônimo de ignorância. Qualquer pessoa com poucos conhecimentos no mundo digital poderia ser vitima. Hoje, devido as técnicas cada vez mais sofisticadas, qualquer pessoa estará sujeita a isso.
Ainda é ignorância. Pessoas que inserem credenciais bancárias em sites com URLs muitas vezes cómicos, só podem ser ignorantes.
Muita gente cada vez mais aflita com as dificuldades do dia-a-dia associada a um elevado nível de ignorância e de iliteracia tecnológica.
Basicamente continua a ser ignorancia, o nome phishing diz tudo, emitem milhoes de e-mails e a curiosidade mata.
A grande culpada disto é a SIBS que obriga a app a estar obrigatoriamente associada a um cartão SIM que com as falhas graves de segurança permitem os perpetradores de cada vez melhor escalarem as suas burlas e ao mesmo tempo sacudir a água do capote da própria SIBS de quaisquer problemas que daí advenham. Desde há um ano para cá que a SIBS obriga ao uso da app com essa obrigação que os ataques escalaram para o triplo, não é coincidência mas sim incompetência e ocultação. Eu nunca usei a app com cartão e nunca fui burlado, agora que apaguei os dados não posso mais usar a app porque a mesma obriga a uso de cartão para ativação. Não o farei porque eles mesmos estão a promover a escalada de burlas e não a segurança dos clientes e consumidores.