As regulamentações definidas pela China são, normalmente, mais apertadas do que aquelas a que as empresas estão habituadas. Então, por essa razão, a Microsoft vai encerrar o LinkedIn no país, no final deste ano.
A novidade foi partilhada numa publicação no blog do LinkedIn.
A Microsoft vai encerrar o seu serviço LinkedIn na China, no final deste ano. Esta decisão surge na sequência do estreitamento das normas da Internet no país. Numa publicação feita no blog oficial do LinkedIn, a justificação prende-se com um “ambiente operacional significativamente mais desafiante e maiores requisitos de conformidade na China”.
Aliás, em março, o LinkedIn disse que iria suspender a adesão de novos membros na China, devido a questões regulamentares que não foram especificadas. Mais do que isso, em maio, um responsável pela supervisão da Internet na China disse que o LinkedIn e o Bing, bem como cerca de 100 outras aplicações, estavam envolvidos na recolha e utilização indevida de dados dos utilizadores, tendo-lhes sido ordenada a resolução do problema.
Apesar da saída do LinkedIn, a Microsoft não vai deixar a China sem uma aplicação direcionada para o mercado de trabalho. Assim sendo, o primeiro será substituído por uma nova aplicação chamada InJobs. Esta terá algumas características semelhantes, mas “não irá incluir um feed ou a capacidade de partilhar posts ou artigos”.
De acordo com a Associated Press, este ano, vários académicos relataram que estavam a receber avisos do LinkedIn que alertavam para o conteúdo proibido que vinha a ser partilhado por si. Então, embora pudesse ser acedido noutros locais, na China seria ocultado.
O LinkedIn desempenhou um papel crucial, sendo a única rede social em que os colegas chineses e ocidentais podiam comunicar longe da censura e olhos curiosos.
Disse Eyck Freymann, um académico que recebeu um aviso de censura este ano.
Recorde-se que também a Google retirou o seu motor de busca da China, em 2010, depois de o governo começar a censurar os resultados de pesquisa e os conteúdos no YouTube.