CiberSegurança: continuam a existir poucas mulheres especializadas
O comportamento humano relativamente às tecnologias digitais é um dos fatores mais determinantes para a segurança do ciberespaço. O Relatório Cibersegurança em Portugal – tema Sociedade tem vindo a ser publicado anualmente com o objetivo de analisar as atitudes, os comportamentos, a sensibilização e a educação em cibersegurança no país.
Segundo o documento, em 2022 verificou-se um acentuado incremento da notoriedade da cibersegurança como tema. Em 2022, houve mais empresas em Portugal com Políticas de Segurança das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Na Administração Pública, quase dois terços dos organismos definiram uma estratégia na área da cibersegurança. Em termos de medidas, houve uma medida de aplicação generalizada que foi a atualização regular de software.
Ainda na Administração Pública, a falta de recursos especializados tem consequências negativas na capacidade de proteção contra quase todas as ameaças, com particular relevância em relação às que compreendem uma maior sofisticação técnica como é o caso do ransomware e cibersabotagem.
No que diz respeito à sensibilização e educação, o ano de 2022 ficou marcado por um aumento de iniciativas. Verificou-se também um crescimento de ações dirigidas a crianças e a jovens. O tema mais frequente foi o da ciber-higiene.
Outro ponto que é destacado no relatório, é o facto do número de cursos especializados em cibersegurança no Ensino Superior continuar a aumentar. No entanto, a percentagem de mulheres inscritas e diplomadas foi relativamente baixo.
Destaques do Relatório sobre CiberSegurança do CNCS
- A percentagem de indivíduos a usar a Internet aumentou, passando de 82% dos indivíduos em 2021 para 85% em 2022 (Eurostat)
- Em 2022, houve mais artigos publicados nos media a usar o termo “cibersegurança” e mais pesquisas online com esta palavra do que em 2021, com particular incidência no mês de fevereiro, período respeitante ao registo de incidentes de elevado impacto em Portugal (Mediacloud e Google Trends).
- Associadas à pesquisa no motor de busca Google pela palavra “cibersegurança” em 2022 ocorreram pesquisas ligadas à componente educacional e institucional da cibersegurança. Aos termos como “phishing” e “ransomware” foram associadas pesquisas sobre os meios através dos quais estas ameaças se concretizam e a classe de incidentes a que pertencem (Google Trends).
- Em 2022, houve mais empresas em Portugal com uma Política de Segurança das TIC definida e revista nos últimos 24 meses (43%) do que a média da UE (32%) (Eurostat).
- A autenticação através de palavra-passe segura foi a medida de segurança das TIC mais aplicada pelas empresas em 2022 (84%), mas apenas cerca de um terço (28%) aplicou o múltiplo fator de autenticação (Eurostat)
- Mais de metade das empresas (54%), em 2022, afirmou ter recomendações documentadas sobre medidas, práticas ou procedimentos de segurança das TIC, valor bastante acima da média da UE (37%) (Eurostat).
- Menos de metade das empresas disponibilizou guiões de segurança das TIC para o acesso remoto (49%) ou para reuniões online à distância (32%) em 2022 (Eurostat).
- Na Administração Pública, 59% dos organismos afirmou ter uma Estratégia para a Segurança de Informação definida em 2022, o mesmo valor do ano anterior (DGEEC).
- A medida de segurança das TIC mais utilizada na Administração Pública em 2022 foi a atualização regular do software. Menos de metade aplicou o múltiplo fator de autenticação (DGEEC).
- A necessidade de competências em segurança das TIC continuou elevada no conjunto da Administração Pública, passando se de 69% dos organismos em 2021 para 74% em 2022 (DGEEC).
- Ao contrário das empresas, na Administração Pública, em 2022, predominou o pessoal do próprio organismo a realizar atividades relacionadas com a segurança das TIC (DGEEC).
- Menos de metade dos organismos do conjunto da Administração Pública (46%) indicou, em 2022, ter recomendações documentadas sobre medidas, práticas ou procedimentos de segurança das TIC, menos 1 pp do que no ano anterior (DGEEC).
- Em 2022, apenas 3% dos organismos do conjunto da Administração Pública tinha seguro contra incidentes de segurança nas TIC (DGEEC)
- As ações de sensibilização em cibersegurança mais frequentes, dirigidas ao público em geral por organizações que assumem essa missão, em 2022, foram as sessões presenciais e online e os cursos online (Inquérito CNCS).
- Verificou-se, em 2022/2023, um aumento das ações de sensibilização em cibersegurança dirigidas a públicos externos orientadas a crianças e jovens (Inquérito CNCS).
- Em 2023, existem 13 cursos TESP, 11 mestrados, três licenciaturas e um doutoramento especializados em cibersegurança e segurança de informação (DGEEC – recolha CNCS).
- O número de alunos inscritos em cursos do ensino superior especializados em cibersegurança e segurança da informação aumentou 24% em 2022/2023.
- A percentagem de mulheres inscritas nestes cursos foi de 10% em 2022/2023 e de diplomadas foi de 7% em 2021/2022 (DGEEC – recolha CNCS) – nos cursos de TIC o valor de diplomadas é de 20,5% (Pordata)
Será porque as mulheres não se interessam tanto por essa área como por outras áreas?
E porque isso é importante? Porque têm as mulheres de se especializar nessa área, a menos que lhes interesse?
Olha o problema nesta e noutras áreas técnicas é que em Portugal ainda existe aquele estereótipo que são só profissões para homens, em que as mulheres não são capazes de as desempenhar, pois se fosse noutros países esta noticia era um não assunto…
Conto pelos dedos aquelas que concorrem a concursos de áreas técnicas e no meio de turmas só de homens para ir contra a estatística, mas depois de feito os estudos, encontrar uma empresa que as queira já é outro problema…
Não é por acaso que Portugal não passa da cepa torta no que toca a mundo de trabalho a mentalidade de muitas empresas é como se ainda estivéssemos nos anos 70.
Orring
Deixa de dizer disparates…
Muitos de nós tivemos na universidade e politécnicos por este país fora.
Em 3 anos que estive lá, bastava ver que nas cadeiras comuns de Eng eletrotécnica e Eng Informática.
Durante os 3 anos só passou por lá 1 rapariga e era de informática.
No mesmo tempo passou lá mais de 1000 homens.
Acredito que exista outro tipo de rácios em outras universidades, mas na minha era de certeza menos de 1 para 1000.
E ela arranjou logo emprego na MS.
Agora feitas as contas, dos 1001, que acabaram o curso quem seguiu a vertente Ciber segurança ???
Provavelmente nenhum.
É fácil fazer as contas….
Então se forem para Eng mecânica, esquece deve ser 1 a cada 5000.
Não são estereótipos, é a realidade, e há que saber aceitar a decisão de cada um.
As áreas humanísticas são dominadas por mulheres e a áreas técnicas por homens, mas é por opção individual de cada um.
E não esquecer que há mais mulheres a seguir para o ensino superior que homens….
Logo mais ajuda, para ser por opção própria de cada um.
Só vem demonstrar que os meninos não sabem ponta de como as coisas realmente são, mantenho o que disse, estereótipos…
Devias ler a open letter do gajo da google sobre género e tech que causou o seu despedimento, é um abre olhos para quem fala sem pensar ou sem perceber contextos sociais e culturais
“Só vem demonstrar que os meninos não sabem ponta de como as coisas realmente são, mantenho o que disse, estereótipos…”
Tu é que tens o estereotipo politicamente correcto de não perceber que as diferenças entre homens e mulheres em mais de 1 milhão de anos de evolução dão necessariamente dão vontades diferentes e apetências diferentes. Isto sequer sem entrar em aspectos culturais que afectaram a longo prazo a genética.
Por existir esse estereótipo é que nunca vi uma mulher nas obras a carregar blocos e cimento ou a recolher lixo, ou como segurança em discotecas, é tudo estereótipos porque as mulheres são iguais aos homens #sarcasm
Nunca viste, mas olha que existem, por acaso agora correu-te muito mal…
Podes dar um exemplo de uma obra onde esteve um mulher a carregar tijolos e sacos de cimento e igualdade com os homens? É só para não te correr muito mal o comentário….
A minha avó quando ajudou o meu avô a construir a casa deles
@orring, o teu comentário é do mais infundado que pode haver….
argumentas que é por causa de um estereótipo, quando está mais do que documentado que as mulheres são naturalmente mais vocacionadas para profissões em que há uma predominância de relacionamento humano ao invés dos aspectos mais técnicos/físicos, como o caso das engenharias, no qual a ciber segurança se insere.
Ora tentemos analisar as profissões ligadas a RH… qual a predominância aqui? Creio ser das mulheres.. qual é o esteriótipo que vais argumentar aqui?
E tentamos agora analisar a questão da construção civil. Qual o esteriótipo associado à predominância de homens aqui também? Queres falar das profissões das forças armadas? Qual será também?
Em vez de entrarmos nestas demagogias como o @orring está a entrar, a competência das pessoas não se mede pela proporcionalidade do género, raça, origem, religião… mede-se sim no individuo e na sua aptência. Avaliemos cada pessoa por quem ela é, e não pelo grupo que se insere… E aceitemos de uma vez por todos que apesar de todos sermos humanos, homens e mulheres são diferentes!!! Aceitemos as diferenças em vez de sermos todos iguais…
Alguns artigos de fundamento:
https://study.com/blog/why-is-the-hr-profession-dominated-by-women.html
https://blueinknotes.wordpress.com/2021/01/05/jordan-peterson-on-gender-an-analysis/
As mulheres não se interessam por Engenharias, não é estereótipo, faz parte da diferença entre o homem e a mulher!!
As mulheres são viradas para pessoas e os homens para objectos, por esse motivo é que elas vão para humanidades, enfermagem (ajuda o doente) e estão em maioria nos recursos humanos, é por esse motivo que os homens vão para mecânica, médicos (trata o doente mas contacto é pouco), informática.
Nos países mais avançados que PT essa diferença ainda é maior.
Essa ideia que tem de ser 50/50 é absurda, pela simples razão que se há 100 homens e 20 mulheres para 20 vagas, essas 20 vagas tem de ser preenchidas maioritariamente por os homens, porque quem devia ficar com essas vagas seriam as pessoas mais competentes para o lugar e matematicamente a maior quantidade neste caso são os homens.
Amigo o tempo do machismo já foi, e você com o seu discurso bonito só demonstra que mulheres nestes cargos nem pensar…
Não é machismo são contextos sociais, trabalho com muitas mulheres nessas áreas e algumas melhores que muitos homens, no entanto não deixam de ser uma excepção.
Esquece esta pessoa è sem noção da realidade.
Como é possível!!!!!!
É o mesmo que enfermagem, há 1 homem para cada 100 mulheres.
Depois ser obrigatório ter vagas de 50/50 de gênero!
Qualquer homem liga vaga garantida, mesmo sendo o pior aluno e o mais calão e o menos apto para a função.
É isto que o orring defende…..
E achas que é justo!!!
Vai defendendo essas ideias e depois admira te que até a miss Portugal é afinal o homem (XY).
Defendem as mulheres, mas no final de contas ainda as metem mais a baixo….
Tristeza…
A obsessão igualitária dá nisto, a negação da ciência e como as diferenças entre homens e mulheres que obviamente têm como resultado a maioria dos 2 grupos querer e ter apetência para coisas diferentes.
Exactamente, quando é dado a oportunidade de seguir áreas de Engenharia elas não têm interesse.
Não ha mal nenhum, elas nao tem interesse, da mesma maneira que os homens não se interessam pelas areas que elas gostam.
Mas custa muito admitir que por norma o Homem e a Mulher nao são iguais, que nao têm os mesmos gostos e nao têm o mesmo tipo de raciocínio. Há imensos testes cientificos a provar isso mesmo mas mesmo assim teimam que elas têm que gostar de fazer o que os homems gostam.
Seja como for, conheço umas 4 na área e são boas profissionais, 2 ganham claramente a cima da média.
Incrível nem consegue manter um discurso coerente, contradiz-se a ele mesmo e no fim arremata que conhece umas 4, enfim…
Mulheres nas obras a carregar baldes de massa isso nem vê-las.
Depois vêm com a cena da igualdade.
Estou rodeado de mulheres aqui em casa e com quem eu me dou melhor é com o cão e os gatos.
Largueza….