Cheque-livro de 20 euros? Plataforma não funciona e prazo está a acabar
Em 2023 falámos aqui de uma medida com o nome Cheque-livro, que o objetivo era dar 20 euros aos jovens para comprar livros. No entanto, a plataforma para a emissão de cheques-livro para jovens de 18 anos está ainda em testes. Prazo para pedir o apoio acaba a 30 de setembro de 2024.
Cheque-livro: prazo termina a 30 de setembro de 2024
Em 2022, no final do confinamento por causa da pandemia da COVID-19, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) entregou aos ministérios da Cultura e da Educação, à secretaria de Estado do Comércio e Turismo, e à Presidência da República um documento com “três medidas” que considerava importantes para mitigar problemas das famílias no acesso à Cultura e ao livro, e para dinamizar o setor livreiro.
Entre as propostas estava “a criação de um cheque-livro de 100 euros para todos aqueles que façam 18 anos”, além da redução da taxa do IVA de seis para 0%, além do “reforço do investimento nas compras das bibliotecas quer sob a tutela da Cultura quer sob da Educação”.
Numa audição no Parlamento sobre a proposta de Orçamento do Estado (OE) para a Cultura para 2024, Pedro Adão e Silva, Ex-ministro da Cultura de Portugal, disse que esta medida teria uma dotação de 4,4 milhões de euros e que o cheque-livro seria de 20 euros.
Segundo o que foi publicado em Diário da República a 21 de março "o montante do cheque-livro para a edição de 2024 é de vinte euros, podendo ser utilizados pelos beneficiários até 30 de setembro de 2024".
No entanto, a plataforma para a emissão de cheques-livro para jovens de 18 anos está ainda em testes, sem data de início de funcionamento, disse à Lusa o subdiretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Bruno Eiras.
É criminoso a forma como se esbanja dinheiro neste país
O preço da ignorância é muito pior.
Com alguma sorte a plataforma entra em funcionamento a 1 de outubro de 2024 com a informação de que o período da medida terminou e que o Estado poupou (até) 4,4 milhões de euros com o atraso do lançamento da plataforma.
As famosas cativações.
Foi interessante ver a indústria querer que o Estado apoiasse a indústria dos livros com 100 euros, o Estado chegou-se à frente com 20 euros, e no fim foi como se não tivesse acontecido nada.
Os livros de graça já existem há décadas. Há uma coisa chamada Biblioteca. Uma não, centenas pelo país fora.
A indústria dos livros não precisa de apoios. Precisa é de gerir o seu negócio. Os livros, os jornais e outros não podem fazer o mesmo que faziam há 50 ou 100 anos atrás. O mundo mudou e eles agarrados ao mesmo. Já desapareceram as cassetes, CDs, DVDs. Porque raio andamos agarrados aos livros? Já não compro um livro em papel há anos e leio que me farto, escolho o que quero (até consigo ter mais escolha). Andamos a gastar papel para quê?
Posso te dar razão numa coisa. O gasto de papel. De resto, posso dar te mil e um argumentos para não te dar razão. “O mundo mudou” lol..
O papel em teoria continuará a existir daqui a 1000 anos, já as cassetes, CDs, DVDs provavelmente ou desapareceram ou ninguém saberá como ter acesso aos conteúdos dentro desses formatos arcaicos… basta umas explosões solares que destruam a electrónica toda, ou explosões de armas nucleares um pouco por todo o mundo e lá se vai a electrónica toda ou quase toda à vida… mas os livros que sobreviverem continuarão legíveis por qualquer pessoa que compreenda o idioma.