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Britânico condenado a 3 anos de prisão por incendiar antena 5G devido à COVID-19

No início de abril noticiámos que várias antenas 5G haviam sido destruídas por manifestantes que associavam a rede à propagação da doença COVID-19. Muitas das antenas nem sequer eram da rede de quinta geração mas acabaram por ficar em mau estado, comprometendo a comunicação nalgumas zonas.

No seguimento das investigações a estes delitos e identificação de alguns responsáveis, Michael Whitty um britânico de 47 anos foi condenado a 3 anos de prisão pelos atos de vandalismo.


A pandemia do coronavírus fez despertar várias teorias sobre a sua origem e a sua propagação. Uma das mais populares é a associação da rede 5G à disseminação da COVID-19. Os apoiantes destas teorias acreditam que as antenas da rede de quinta geração enfraquecem o sistema imunológico, deixando as pessoas mais propensas à infeção.

Apesar de algumas destas e de outras teorias da conspiração já terem sido desmentidas pela ciência, muitos preferem continuar a acreditar nestas ideias. E isso tem trazido consequências no mínimo graves.

Interior de uma antena danificada no Reino Unido.

Ao todo, até meados de maio, haviam sido destruídas 77 antenas 5G no Reino Unido. No entanto, de acordo com as informações, a maioria das antenas atacadas nem sequer fornece serviços da rede 5G.

Mas não foi só no Reino Unido, pois também na Holanda várias antenas 5G foram também destruídas por manifestantes com base na mesma teoria.

Britânico condenado a 3 anos de prisão por ter incendiado antenas 5G

No decorrer das investigações a estes crimes, alguns dos criminosos foram identificados. Entre eles, Michael Whitty, um britânico de 47 anos e pai de três filhos.

Nesta segunda-feira, dia 8 de junho, no tribunal Liverpool Crown Court, o britânico declarou-se culpado de ter incendiado uma antena 5G e foi condenado a 3 anos de prisão.

Whitty disse acreditar que a rede 5G poderia causar a transmissão da COVID-19, após ter lido sobre o assunto na Internet. Ao fazer várias pesquisas online de teorias que associavam o 5G à propagação do coronavírus, o britânico decidiu incendiar uma antena 5G da Vodafone em Kirkby, Merseyside. Ao todo, neste local foram feitos 13 ataques a antenas de telecomunicações.

As antenas atacadas ficaram inativas durante 11 dias e o custo dos danos vai de 11 mil a 17 mil euros.

De acordo com o juiz Thomas Teague:

Na minha opinião, há aqui um elevado grau de planeamento e premeditação.

Houve utilização de acendalhas e, com o objetivo de colocar a antena fora de ação, houve a intenção de causar danos muito graves à propriedade.

Michael Whitty, britânico condenado a 3 anos de prisão por incendiar antenas 5G no reino Unido.

Nas buscas feitas a casa de Whitty, a polícia encontrou acendalhas. E através da análise do seu telemóvel foram comprovadas as pesquisas do britânico pela tecnologia 5G. Para além disso, o telemóvel de Whitty também tinha vídeos de outras antenas na zona de Liverpool.

Whitty já tinha outras condenações no passado

Mas esta não foi estreia do britânico nos tribunais uma vez que, segundo o juiz, Whitty conta já com um histórico de 29 condenações, entre elas de agressão e porte de arma de fogo. Por outro lado, para o juiz, o facto de Whitty ser voluntário numa instituição de caridade e depois de ter mostrado remorsos, mostrou um lado positivo do seu caráter.

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