Atenção: Malware que rouba dados pessoais está a crescer em Portugal
O malware é hoje uma das piores pragas do mundo digital. A família de ameaças é vasta e todo o cuidado é pouco, pois há malware para vários cenários.
Em Portugal a categoria de malware que rouba dados pessoais cresceu quase 60%, revela a ESET.
Malware: infostealers com crescimento de quaase 60%
Os infostealers (categoria de malware conhecido por roubar dados pessoais) voltaram a crescer no primeiro quadrimestre de 2022. Globalmente, este crescimento foi de quase 12%, mas em Portugal a subida foi ainda mais drástica: 57,5%.
Outro dado relevante foi o aumento do número de deteções ao nível do spyware e malware bancário, este último responsável por roubar informação sensível às organizações financeiras e aos seus utilizadores. Já as subcategorias backdoors e cryptostealers diminuíram a sua atividade.
Estas conclusões foram reveladas pelo Threat Report T1 2022, um relatório que compila as principais estatísticas dos sistemas de deteção da ESET, empresa europeia especialista em cibersegurança, destacando exemplos notáveis da sua investigação e revelando informação exclusiva sobre ameaças atuais e tendências para o futuro.
De acordo com Ricardo Neves, Marketing Manager na ESET Portugal
o crescimento destas ameaças reforça a necessidade urgente das organizações e utilizadores protegerem os seus dados e toda a sua atividade digital
O spyware foi a subcategoria de infostealers que mais deteções registou no primeiro quadrimestre do ano, registando 64,4% do total de deteções. O trojan Agent Tesla foi o spyware mais prevalente neste quadrimestre, e propagou-se através de documentos PowerPoint maliciosos em campanhas de phishing. Em Portugal, este trojan também teve uma grande representatividade no número total de deteções de malware, posicionando-se em 7.º lugar na lista.
Embora historicamente os infostealers mais comuns sejam spywares e backdoors, no primeiro quadrimestre de 2022, a terceira posição na lista de maior número de deteções de infostealers foi ocupada pelo malware bancário JS/Spy.Banker, também conhecido por Magecart. Este malware tem a capacidade de injetar código malicioso em websites para obter dados de cartão de crédito.
Globalmente o malware bancário cresceu 75% nestes primeiros quatro meses do ano, em grande parte devido ao Magecart, contudo Portugal não foi muito afetado. Este trojan não entrou no top 5 dos infostealers mais detetados.
No que diz respeito ao tipo de soluções que os utilizadores devem usar para protegerem os seus dados, Ricardo Neves afirma que “as pessoas devem ter sempre instalada uma solução anti-malware confiável e multicamada nos seus dispositivos de forma a garantir a máxima proteção.”
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