Poderá a IA ajudar a gerir a confusão nas urgências hospitalares?
A enchente de utentes com que se deparam as urgências hospitalares é uma realidade que conhecemos bem, por cá. Será que a Inteligência Artificial (IA) poderá ser aplicada neste sentido, ajudando a gerir as multidões?
Urgências hospitalares cheias não beneficiam os utentes e podem, em muitos casos, resultar em danos significativos, pela confusão, pela rapidez do atendimento e pelos diagnósticos errados. Sendo a IA uma arma que já atua em tantas frentes, um novo estudo procurou perceber como pode ajudar os médicos em contexto de urgência.
Uma investigação conduzida por investigadores da Icahn School of Medicine at Mount Sinai pretende perceber se os médicos podem utilizar a IA para analisar dados e prever se um doente que visita o serviço de urgência deve ser internado no hospital.
Tecnologias como esta poderão otimizar os processos e ajudar os profissionais de saúde. De facto, os investigadores esperam diminuir a carga sobre os médicos, permitindo que modelos avançados, como o GPT-4, ajudem a tomar essas decisões com precisão, mesmo com dados limitados. Afinal, modelos deste tipo fornecem resultados, mesmo com pouco treino e uma quantidade limitada de dados.
Para testar o conceito, os investigadores analisaram registos de sete hospitais do Mount Sinai Health System, utilizando dados estruturados, como sinais vitais, e dados não estruturados, como notas de triagem tomadas por profissionais de saúde, de mais de 864.000 visitas às urgências, excluindo os dados identificáveis dos doentes. Dessas visitas, 159.857 (18,5%) levaram o paciente a ser admitido no hospital.
Os investigadores compararam o GPT-4 com modelos tradicionais de aprendizagem automática, como o Bio-Clinical-BERT para texto e o XGBoost para dados estruturados em vários cenários, avaliando o seu desempenho na previsão de internamentos hospitalares de forma independente e em combinação com os métodos tradicionais.
Para Eyal Klang, coautor do estudo e Diretor do Programa de Investigação de IA Generativa do Icahn Mount Sinai, os resultados do estudo foram surpreendentes, uma vez que o modelo de IA foi capaz de fornecer raciocínio para decisões muito críticas. Na sua perspetiva, a IA pode melhorar a tomada de decisões dos profissionais de saúde em contextos de grande volume, como as urgências.
Esta capacidade de explicar o seu raciocínio distingue-o dos modelos tradicionais e abre novos caminhos para a IA na tomada de decisões médicas.
IA como facilitadora e não como substituta dos profissionais
Conforme ressalvado diversas vezes noutros contextos e por outras entidades, de acordo com os investigadores, o uso de IA para determinar a admissão de pacientes nas urgências continuará a ser, apenas, uma ferramenta para auxiliar os médicos, não sendo objetivo substituir os especialistas na tomada de decisões.
Mais do que isso, os investigadores partilharam que modelos de IA podem ser inseridos noutros contextos médicos, uma vez que, pelas suas capacidades, podem fornecer informações valiosas em ambientes complexos.
O que faz falta é médicos e enfermeiros cada vez fecham mais hospitais em certas horas devido a falta de médicos, está tudo a ir para o privado e para o estrangeiro o PS e PSD arrebentaram com o SNS, não vejo um futuro bom para o SNS.
O PS ter acabado com as PPP que funcionavam melhor que o público a mando da cegueira ideológica do BE e PCP também não ajudou nada!
Mas sim urge investir no SNS, mas a praga das cativações e o exércitos de mamões boys em administrações locais, empresas públicas ruinosas (TAP) observatórios e fundações inúteis seca tudo!
Qual IA qual carapuça, metam a IA no dito cujo. Juntamente com bitcoins, spacex ou blue origin, facebook e afins, Temos voz e cérebro para comunicar e interagir, oceanos para mapear, resolver questões climatéricas, agricultura sustentável e afins, esses são os problemas do Homem e devem ser resolvido pelo Homem, não pela IA. Relativamente ao problema das urgências é resolvido com contratação de médicos, enfermeiros, auxiliares, macaqueiros, administrativos e por ai fora e com ordenados bem renumerados, bem como, reconhecimento de profissão de desgaste para reforma antecipada. Podemos poupar em tudo e mais alguma coisa, agora na saúde, forças de segurança e educação, não podemos olhar a custos ou poupanças. A Humanidade vive o seu prior momento, com decisões importantes que tem de ser tomadas e que vão decidir o futuro na nossa existência e andamos com as nossas prioridades completamente trocadas e desfocadas.
Eu concordo com IA, com calma, ponderação e deixar mexer para quem é útil como cientistas, investigadores e afins. Tempos terríveis se adivinham e não fazemos nada para contrariar.
A humanidade vive o seu pior momento? Um bocadinho de noção sff.
Não passa? Noção? Guerra Israel / Palestina e Ucrânia / Rússia e o risco iminente de uma guerra nuclear, estamos perto de atingir 5 ou 6 pontos sem retorno (só esses ponto serviam de argumento, ameaça das abelhas que são cruciais para humanidade, a OMS anuncia um aumento de 20% de incidência de cancro, vicio digital, segurança alimentar….. Estaria aqui até amanha… Noção?????? És prova real da ignorância ou do não quero saber ou o proximo que se lixe… Over and out.
Pronto, afinal não vive o pior momentol…vive o momento em que se prevê que venha a chegar esse pior momento. São coisas diferentes, MUITO diferentes.
O que falta são médicos, enfermeiros, equipamentos, centros de saúde em primeira linha , médicos de familia e um sistema de saúde digno desse nome e para o qual todos contribuem. Só falta porem robots a fazer banco de urgência. Tanta inteligência artificial para tanta falta de inteligência natural … !
Como? Fai fabricar médicos? Vai fabricar camas?
Assim rápidamente so me ocorre algo com IA que faça diagnósticos para atribuir prioridades, pois parece que já andam a atribuir pulseiras verdes a pessoas com sinais claros de enfarte!
Sim, quando usarem IA para escolher políticos 🙂
Políticos para quê!?…todo o governo poderia funcionar de forma autónoma seguindo-se por parâmetros de social democracia.
Acho um silêncio ensurdecedor não se falar pelos mass media das aplicações que a IA podia ter em questões governamentais e administrativas! Deve ser do interesse de quem está no poleiro não ser substituído por uma máquina que não aceita subornos e trabalha em prole da sociedade na vez do me first!
Dos 18,5%, quantos é que a IA acertou?
Dos 81,5% quantos é que a IA mandou para casa e acabaram por piorar?
É necessário ler bem o relatório para perceber as entrelinhas.
E sim, comecem a pagar bem aos enfermeiros e médicos para parar a sangria de profissionais de saúde a fugir para o particular ou a contratação de tarefeiros – profissionais de saúde que são contratados a recibos-verdes e que só trabalham o que querem e não fazem horas extra e ganham mais – que só faz encher os bolsos das empresas e devidos contactos que ficam a engordar.