Teclados: Conhece todos os géneros existentes?
Quando me perguntam porque é que os teclados, QWERTY, não têm as letras dispostas por ordem alfabética, respondo aquilo que li algures num livro de curiosidades: as letras começavam por estar por ordem alfabética mas, devido às pessoas já as decorarem, escreverem rápido e se atrapalharem, decidiu-se trocar as letras para que o ritmo e velocidade da escrita fosse a mais adequada. Mas será que só existe o teclado QWERTY? Não! Vamos então conhecer que outros géneros de teclados existem e quais as diferenças mais proeminentes.
Teclado DVORAK
O teclado Dvorak é a mais famosa e conhecida alternativa ao teclado QWERTY, no entanto é usado por muito poucas pessoas. O layout é da autoria do americano August Dvorak, na década de 1930. Para o criador, este teclado teve necessidade de existir devido ao aumento da velocidade da escrita e assim devia ser criada uma nova disposição de letras e números. A ideia era, então, aumentar o conforto do utilizador e diminuir os erros. O layout do Dvorak foi criado também a pensar na língua inglesa, concentrando as letras mais usadas no alfabeto inglês. A quem interessar, este teclado pode ser encontrado para compra, e há mesmo softwares que permitem o seu uso.
Teclado COLEMAK
Tendo por base o QWERTY, o teclado Colemak foi desenvolvido por Shai Coleman em Janeiro de 2006, sendo a principal diferença a mudança de 18 letras e manutenção das posições da maior parte dos caracteres não-alfabéticos. O grande objectivo do Colemak é concentrar a maior parte das letras usadas na língua inglesa na linha central do teclado, de forma a agilizar a digitação. Como se pode verificar, é inexistente a tecla Caps Lock, e, por sua vez, existe um botão adicional de Backspace. O Colemak é suportado pelos SO Chrome, GNU/Linux e Mac X Lion.
Teclado MALTRON
Este ‘estranho’ teclado, mas referenciado como ergonómico, foi desenhado por Lilian Malt e Stephen Hobday, na década de 1950, com o intuito de prevenir problemas causados por movimentos repetidos com muita frequência, durante a escrita. O teclado Maltron foi pensado também para a digitação de duas mãos, estando estas de palmas abertas. A empresa criadora desenvolveu vários formatos deste teclado. Existem géneros de Maltron para se digitar com apenas uma mão, com a direita, com a esquerda, outro com três grupos de caracteres e ainda dois grupos de teclas deslocadas, como se vê na imagem, para uso dos polegares.
Teclado JCUKEN
Este curioso layout foi criado, especialmente, para uso da URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Uma vez produzido internamente, a distribuição só foi realizada para países do Leste Europeu. A grande vantagem do Jcuken, é permitir a combinação do alfabeto cirílico com o alfabeto latino. O Jcuken é apenas compatível com computadores UKNC, computadores soviéticos.
Teclado NEO
Desenvolvido pela empresa alemã Neo Users Group, o teclado Neo suporta todas as línguas latinas, para além da linguagem vietnamita e ainda algumas línguas africanas. O seu layout foi pensado na língua alemã, (podemos ver o ß, característico do alemão), e ainda teve como objectivo deixar mais próximas todas as letras mais usadas nesse idioma. O Neo ainda hoje é produzido e já teve duas actualizações.
Decerto existem muitos outros géneros de teclados com o objectivo de responder a necessidades específicas de uma determinada população ou culturas. Será algum destes mais adequado que o QWERTY? Como seria o teclado ideal?
Este artigo tem mais de um ano
Falta o AZERTY… de resto tem ai alguns que nunca tinha ouvido falar…
Sim! e o QWERTZ 😀 obrigada
Realmente é o único para além do QWERTY que conheço (conhecia). A antiga máquina de escrever era AZERTY. 😉
coco… obrigado pelo reparo…. 😉
Aqui na Hungria usam um diferente (não sei o nome), mas que contém obviamente os caracteres que são aqui usados e em Portugal não e, para além disso, por exemplo na parte numérica que está sobre as letras, começa do 0-9 e não de 1-0!
Falta o teclado Português HCESAR que era usado nas máquinas de escrever …
Boa! Obrigada, desconhecia 🙂
Marisa só para ti 😉
http://pt.wikipedia.org/wiki/HCESAR
Layout criado por….. Salazar, imagina.
O homem ainda criava umas coisas. Os de hoje só destroem, eheh 😛
Obrigada!
O gajo era um fanatico das tecnologias xD Se fosse vivo ainda tinhamos aqui o SalazarPhone HEHEHEH
e o layout foi quebrado. 😛
Ia também referir esse, mas compreende-se que não esteja no post por já não ser utilizado actualmente.
Criado por decreto quer dizer que ele mandou fazer e não que foi ele que fez. Mas pela disposição das letras dá a entender que quem o fez foi a tirar as teclas do saco e encaixa-las ao calhas.
Não foram colocadas ao calhas. Quem escrever num HCESAR nota que a maioria das palavras se escrevem recorrendo à zona central do teclado, usando os dedos indicador e médio (os dedos que têm mais força).
O Dvorak é uma ótima alternativa, mas é muito pouco usado por aí. A oferta de teclados nesse formato é muito pequena, o que eu vejo são pessoas que compram teclados em branco pra usá-lo ou compram adesivos, porque é realmente um saco usar um layout com outro impresso nas teclas.
Conhecia o teclado Dvorak, os outros nem por isso.Nunca escrevi com um, contudo. Mas o QWERTY já está tão enraizado em nós que mesmo que não seja o mais optimizado para a língua portuguesa, mudar de layout seria contraproducente. É mais um monopólio no mundo informático, mas deste não me queixo 😉
Também podiam ter mencionado o teclado alfabético e o ‘recente’, mas em breve extinto, teclado de telemóvel/telefone…
tec tec tec
tec tec tec tec tec
tec tec
tec tec tec
tec tec tec tec
tec tec
tec tec tec
tec
tec tec
tec tec tec tec
tec tec tec
tec
Possivelmente o usado para escrever este artigo tinha umas teclas trocadas.. eheh 😛
Mas acima de tudo gostei. Não conhecia nenhum para além do DVORAK.
Abraços \o
O que eu acho engraçado é que o teclado usado em Portugal é diferente daquele usado no Brasil. Deveria ser a mesma coisa.
Apesar de ambos serem qwerty, os acentos e outros caracteres estão em locais diferentes. Penso que é diferente em quase todos os países, mesmo utilizando o qwerty. Não percebo porque variam esses caracteres de país para país.
Variava-se muito de país para país eram as letras, para facilitar os caracteres mais utilizados a não encravar aquando a digitação rápida.
A língua é a mesma, e até os assentos não usados no Português de Portugal (Pré AO 1990 no Brasil) como o trema, estão presentes na mesma.
Os assentos, não sei; mas os acentos são os mesmos
🙂
Acho que é uma questão de nos enraizar o layout.
Já me aconteceu trocarem-me algumas teclas do teclado e só reparar alguns dias depois. Nunca olho para lá.
Por vezes, a trabalhar em máquinas que tem Windows XP em Francês, temos o teclado configurado para o idioma Português. Então, temos teclas de um AZERTY a responder a uma configuração QWERTY. Aí, nem pensar em olhar para as teclas para não se confundir!
Bom artigo, desconhecia alguns.
Também já me aconteceu, mas foi na escola… os putos mais novos têm a mania de andar a trocar as teclas todas dos pc’s de lá, certo dia dei por mim a escrever num desses pc’s (não tinha levado o meu…) – e já tinha um enorme texto escrito. Entretanto vem um colega, para trocar comigo, e este ficou todo “WTF” ao ver que as teclas estavam todas trocadas de sitio, e eu não tinha dado por nada.
Lá está, é uma questão te “enraizar” o layout do teclado… como se tivesse-nos uma imagem dele guardada no cérebro.
Para quem está a olhar para o ecrã ao mesmo tempo que escreve, dá logo conta das teclas trocadas 😛
“Quando me perguntam porque é que os teclados, QWERTY, não têm as letras dispostas por ordem alfabética, respondo aquilo que li algures num livro de curiosidades: as letras começavam por estar por ordem alfabética mas, devido às pessoas já as decorarem, escreverem rápido e se atrapalharem, decidiu-se trocar as letras para que o ritmo e velocidade da escrita fosse a mais adequada ”
Penso que este paragrafo não esteja correcto pois o motivo pelo qual os teclados qwerty terem esta disposição vem do passado em que se escrevia recorrendo a maquinas de escrever onde cada tecla tinha um mecanismo “tipo catapulta” o que levava a que ao escrever certas palavras mais rapidamente essas ficassem presas umas nas outras. Pois as primeiras maquinas de escrever tinham mecanismos tão rudimentares que se teve de “dividir” as letras em duas partes. De resto muito bom =D
eheh, eu não coloquei como sendo uma “verdade científica”, mas sim o que li num livro de curiosidades algures. No entanto ambas as “teorias levam à mesma explicação, a de que o objectivo do QWERTY era a de colocar os utilizadores a procurarem as letras, de forma a escreverem mais calmamente. Parece que hoje voltou tudo ao mesmo, uma vez que quem está habituado a escrever, já nem olha para o teclado, eheh 🙂
Marisa, o objectivo da disposição desses teclados não era para se escrever mais calmamente, mas sim o inverso,conseguir escrever o mais rápido possível.
Como o Kenny disse, para evitar que as letras ficassem presas umas nas outras,chegou-se àquela disposição de letras, que evitava ter de esperar que uma tecla voltasse ao lugar para carregar noutra.
Para quem já escreveu numa máquina de escrever mecânica percebe perfeitamente o problema 😉
Estás a induzir que nunca escrevi numa máquina de escrever mecânica? 🙂
A wikipédia é fenomenal, mas não é certa.
Exato pelo que sei é mesmo isso para aumentar a velocidade de escrita nas maquinas de escrever reduzindo a probabilidade de ficarem encravadas
O AZERTY é uma falha imperdoável, foi o teclado mais usado em Portugal até aos anos 90…
Credo.. imperdoável é muito..! AZERTY e QWERTZ são mais conhecidos. Quis, com o artigo dar a conhecer alguns menos comuns, menos conhecidos. Já estou perdoada? eheh
O “imperdoável” não foi em sentido pejorativo, mas apenas sublinhando o facto de ter sido o teclado mais usado em Portugal até aos anos 90. O artigo é muito bom, e falhas ou esquecimentos haveria sempre.
O layout PT é muito pouco produtivo para programar C porque temos de fazer shifts e alts para as teclas mais usadas: ({[]})_”;/
Neste momento tenho o meu próprio layout para não ter de usar shit ou alt para escrever código.
Bom tema!! Alguns desconhecia! Contudo… é melhor rever o texto… pois existem bastantes erros!! =P Continuação de bom trabalho!!
Bastantes erros é muito vago 🙂 A que erros te referes? Ortográficos/coerência..?
Obrigada! 🙂
“albetado inglês” em Teclado Dvorak. 😉
Além dos já referidos:
“Shai Cokeman a Janeiro de 2006” em vez de “Coleman” e “em Janeiro”?
“para países como o Leste Europeu” em vez de “para países do Leste Europeu”
Nos velhos tempos das “Práticas administrativas” o máximo era usar uma máquina Olivetti com teclado azert em vez das mais velhas (não recordo a marca…) de teclado hcesar!
“americado August Dvorak”, pressupondo que não houve troca de vogais :), mas antes de consoantes e se pretendia dizer “americano”
acho que era mais a troca de vogais – amaricado. 😀
eheh, 😀 Já nem sabia com que teclado estava a escrever!
Por acaso já andei durante umas duas semanitas com o layout estilo DVORAK modificado para a língua portuguesa (PT-BR mas é quaaase a mesma coisa) e sem dúvida já estava a “entrar” no esquema e a escrever bem mais rápido e sem levantar tanto as mãos (preguiça). Infelizmente tive que deixar de lado essa prática pois trabalho a dar assistência a computadores o que nos primeiros dias de trabalho, depois de estar de férias umas semanitas parecia que tinha os dedos atrofiados e ainda andei, tipo galinha a escrever só com dois dedos… É pena que não se ande mais para a frente com layouts alternativos, penso que para muita gente (principalmente programadores ou pessoal que passa o dia a escrever no PC) deveriam experimentar essas alternativas mas tenham sempre em atenção se vão usar sempre o mesmo computador ou que conseguem mudar o layout rapidamente.
Marisa Pinto, uma curiosidade, nesta frase: “…as letras começavam por estar por ordem alfabética mas, devido às pessoas já as decorarem, escreverem rápido e se atrapalharem, decidiu-se trocar as letras para que o ritmo e velocidade da escrita fosse a mais adequada.”
Não é bem assim, o grau de dificuldade na decoração das teclas será quase a mesma e a velocidade de escrita é também quase a mesma, depende de pessoa para pessoa.
Acho que até desta disposição QWERTY é mais fácil para decorar a posição das teclas devido ao posicionamento dos dedos.
Era só uma curiosidade, nada mais.
Em relação aos teclados, conhecia quase todos com a excepção do teclado português, DVORAK e do MALTRON.
Apesar de só ter “trabalhado” com o QWERTY, AZERTY e COLEMAK.
Boa noite 🙂
Bem, de facto não conhecia assim tantos géneros de teclados O.O
E não duvido que exista mais, se não for mais, inventados pessoalmente 😛
Apenas uma pergunta, porque nenhum tem o travessão?
Pois.. penso que o ‘tracinho’ (-) faz essa função em todos eles 🙂
Muito bem visto, Rui!
O travessão é um sinal de pontuação, e muito importante (http://pt.wikipedia.org/wiki/Travess%C3%A3o), ainda para mais utilizado em todas as línguas ocidentais. Poupava-se muito trabalho e evitavam-se erros básicos de tipografia (p.ex, o uso de “–” em documentos oficiais), se existisse uma tecla para ele.
Aquela coisa entre aspas era suposto serem dois hífenes…
Apenas um complemento/correcção:
A disposição das letras no teclado não tem a ver com o facto de obrigar as pessoas a procurar as mesmas no teclado, antes pelo contrário, é uma forma de optimização de escrita. As teclas estão dispostas por forma a que as combinações de letras mais digitadas estejam mais próximas dos nossos dedos (for assim dizer) evitando que as mãos tenham de percorrer todo o teclado apenas por uma simples letra, daí o AZERTY estar optimizado para o português enquanto que o QWERTY está para o inglês.
De recordar que estas disposições foram criadas quando a máquina de escrever era rainha e quando era exigido às dactilógrafas serem capazes de escrever um texto A4 sem olhar sequer para o teclado e a um ritmo de X letras por segundo.
Artigo muito interessante!
Faltou apenas os outros dois muito conhecidos, de que já se falou nos comentários… de resto, foi total novidade, pois não conhecia nenhum dos outros. 😀
BTW, a história sobre os teclados QWERTY não está muito bem apurada.
Os teclados QWERTY nasceram da necessidade de tentar que as máquinas de escrever encravassem menos na fita (separando-se as letras mais utilizadas em dois blocos – esquerda e direita).
Os teclados de acordes é que em principio são os mais rápidos de escrever. No entanto são os mais complicados de aprender =X.
http://www.gizmodo.com.br/conteudo/este-disco-voador-com-cinco-botoes-poderia-substituir-o-seu-teclado-inteiro/
Boa dica, não conhecia, mas duvido que seja o mais rápido. Se reparares, mesmo com treino tas concentrado em apenas uma letra de cada vez, já num teclado “normal” pensas na palavra e os teus dedos automaticamente digitam a palavra toda.
Estes é quase o mesmo que estar a escrever o ASCII em binário directamente. Talvez para smartphones seja utilizável.
A ver quando é que aparece um teclado optimizado para o novo acordo ortográfico, sem acentos nem ‘h’.
Que é feito do HCESAR? O teclado português?!
Eu não sei se no Brasil já existiu algum outro além do QWERTY, mais mesmo assim, achei bem legal o DVORAK e o MALTRON…
Acho que hoje em dia ainda é possível usar as antigas máquinas de escrever.
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1387779/Who-needs-keyboard-plug-typewriter-computer.html
😀