Spotify: Assinantes pagos atingem 155 milhões, mas a empresa continua a perder dinheiro
O Spotify é o maior serviço de música por streaming do mundo em utilizadores. Apesar de ter uma grande margem que são assinantes apenas da versão gratuita, a versão Premium, os que pagam, atingiu agora 155 milhões. Este é um número muito interessante face à sua plataforma concorrente mais direta, a Apple Music. Apesar da Apple não partilhar o número de utilizadores, estima-se que terá mais de 60 milhões e menos de 70 milhões.
Este números do Spotify mostram um aumento em cerca de 24% neste último trimestre face ao período homologo de 2019. Contudo, a estratégia da empresa em apostar em "ofertas e promoções", continuam a trazer perdas financeiras.
Spotify soma e segue
O total de utilizadores ativos mensais do Spotify, que incluem pessoas que têm o serviço gratuito financiado por anúncios, atingiu 345 milhões, um aumento 27% face ao mesmo período do ano anterior. Estes números foram partilhados pelo Spotify através do relatório de receitas para o quarto trimestre de 2020.
No entanto, o WSJ observa que a empresa ainda está a perder dinheiro como resultado de ações promocionais em novos mercados, como é o caso da Índia. Segundo o jornal, grande parte deste crescimento do Spotify obteve-se com a entrada para a versão Premium de utilizadores que pagaram um valor muito mais baixo e terão essa assinatura vitalícia.
A empresa registou uma perda de 125 milhões de euros, ou 66 cêntimos por ação, em comparação com uma perda de 209 milhões de euros, ou 1,14 euros por ação, no ano anterior.
A receita média por utilizador para o negócio de assinaturas caiu 8% para 4,26 euros, face há um ano, uma vez que a empresa continuou a atrair novos assinantes através de planos com descontos e a cobrar de preços mais baixos em novos mercados como a Índia e Rússia.
Em outubro, o Spotify aumentou o preço do seu plano familiar em sete mercados, um movimento que a empresa disse não ter afetado a rotatividade ou a angariação de clientes. Em fevereiro, expandiu os aumentos de preços para outros 25 mercados, incluindo a Europa, América Latina e Canadá.
As receitas das subscrições aumentaram 15% em relação ao ano anterior, para 1,89 mil milhões de euros. As receitas da publicidade cresceram pelo segundo trimestre consecutivo após deslizarem no primeiro semestre do ano como resultados da pandemia, subindo 29% para 281 milhões de euros. A publicidade, historicamente menos de 10% da linha superior do Spotify, representou 13% das receitas. Tornou-se uma área de crescimento à medida que a empresa expande o seu negócio de podcast.
Mais vale ter um pássaro na mão... que utilizadores sem pagar
Nesta equação dos utilizadores, é mais importante ter assinantes a pagar, do que ter utilizadores que são financiados pela publicidade. É sempre preferível ter o certo do que apostar no incerto. Assim, a empresa sueca quer colocar mais utilizadores a pagar mesmo que sejam a preços inferiores.
Além do esforço de chegar a mercados emergentes, o Spotify tem aumentado a sua oferta de produtos. Conforme foi notícia, a empresa tem desde há um ano a oferta dos podcasts, além dos seus audiobooks. Ambos os produtos oferecem potencialmente formas de manter uma maior proporção de receitas.
A Apple tem estado notavelmente silenciosa em relação aos seus próprios números de assinantes. Historicamente, a empresa tem anunciado marcos de sucesso em incrementos de 10 milhões, pelo que o facto de não ter havido anúncio desde os 60 milhões em 2019 sugere que ainda não atingiu os 70 milhões.
A Apple tem uma oferta de vários produtos, entre eles o Apple Watch e HomePod que são trunfos que a marca tem para trazer mais utilizadores ao seu serviço. Claro, o serviço da Apple não contempla utilização gratuita.
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Não percebi se a Spotify perde mesmo € , isto é, dá prejuízo, ou se prefere ter mais utilizadores e receber menos por de cada um. Se for este último caso não é verdadeiramente “perder dinheiro”.
Depois, do que sei, a Apple Music, várias referida no artigo também oferece 3 meses grátis de teste, e promoções a estudantes, que podem durar 48 meses! (com outras ofertas a acompanhar).
E alguém me explica o sentido das últmas frases?
“A Apple tem uma oferta de vários produtos, entre eles o Apple Watch e HomePod que são trunfos que a marca tem para trazer mais utilizadores ao seu serviço”. Mas o artigo não é sobre o spotify?
E o Apple Music não está disponivel fora do mundo “Apple”? Porque razão esses produtos são trunfos?
O Spotify tem apostado em trazer mais utilizadores a preços mais baixos, fazendo o preço angariado por utilizador, depois de abatido o custo de cada um, ser uma perda de dinheiro face ao período anterior. Agora, essa parece ser a estratégia, trazer mais, até porque depois poderão ir buscar mais receita a outro tipo de produtos, como os Podcasts.
A Apple oferece 3 meses mas não é o mesmo que o Spotify gratuito. O utilizador Apple após os 3 meses, acaba de sai do numero de utilizadores, no Spotify ele é gratuito para sempre. Não se pode comparar.
No caso dos estudantes, com acordos com a Vodafone, por exemplo, esses valores trazem uma verba por cada um, mais baixo certamente, mas haverá contrapartidas, até porque a Vodafone tem alternado, entre o Spotify e o Apple Music.
Sobre os produtos da Apple, versus os do Spotify, a Apple tem vantagem na oferta de alguns produtos onde limita o acesso ao Spotify, e quando se avalia uma marca que tem no seu maior concorrente, no sistema operativo, plataforma mais rentável, iOS, obviamente que faz sentido enquadrar o mercado onde foi obter os seus resultado. Tens de ter mais atenção à informação, estás muito limitado na avaliação que fazes.
Afinal não perde mesmo dinheiro no sentido literal. No presente, recebe menos do que poderia receber, para depois colher os frutos no futuro, se a estratégica for vencedora.
Quanto à Apple, não se trata de limitação da minha avaliação…eu compreendo perfeitamente a chamada da Apple Music a este artigo, enquanto principal rival de negócio, assim como a Amazon Music o poderia ter sido, pois a diferença entre estas duas não é assim tão grande (19% vs 15%, na ultima vez que consultei dados).
Como a Apple não revela números é difícil saber quantos dos seus users são aqueles que pagam o plano normal (sem descontos e ofertas de mensalidade). Numa pesquisa rápida percebi que há inúmeras operadoras, e serviçõs que oferecem Apple Music gratuito durante x meses – vi ofertas ate 6 meses).
No artigo apenas não tinha entendido a referência aos produtos Apple. Agora percebi que a mensagem que queria ser transmitida era: Apple limita o Spotify nalguns dos seus produtos, e então esses utilizadores terão de usar Apple Music.
Se no texto fala no valor por ação, não percebo a dúvida. Antes não percebias, agora já percebes a chamada da Apple ao artigo. Hmmmm… depois, estranho ires falar na Amazon quando é com a Apple que o Spotify tem disputas, onde o Spotify ganha mais dinheiro e é a plataforma concorrente direta. Tens problemas estranhos com a Apple, mas isso deturpa a tua perceção das coisas.
Qual desconto de mensalidade? A Apple tem os seus users dentro dos vários pacotes, por exemplo, o Apple One é um novo que vem diluir as mensalidade dos vários serviços, não tem uma mensalidade mais baixa. Não aposta nos mercados, como o Spotify fez na Rússia e índia, a baixo preço. São estratégias diferentes, mas com o objetivo de angariar utilizadores.
Voltas novamente a confundir, mas deliberadamente, as coisas. Oferta trial de 6 meses, não é ter o plano gratuito como tem o Spotify (sem falar na “permissão” de haver um APK que dribla os sistema e os utilizadores Android podem ter o Premium a custo zero). Nada disso existe na Apple, por estratégia da empresa. Continuas a teimar só porque sim, estás errado 🙂 mas teimas.
“No artigo apenas não tinha entendido a referência aos produtos Apple. Agora percebi que a mensagem que queria ser transmitida era: Apple limita o Spotify nalguns dos seus produtos, e então esses utilizadores terão de usar Apple Music.”
Não foi isso que não entendeste… como vimos, não entendeste muita coisa. Não é que não esteja bem explicado, tu é que focaste a tua atenção no ataque à Apple 😀 as usual 😀
Vitor, por favor não vamos entrar novamente em “acusações” de não percebeste isto ou aquilo, nem em conversas como se fossemos um hatter e um fanboy.
Se no meu comentário, interpretaste algum ataque à Apple, interpretaste mal! Não fiz qualquer ataque, nem avaliação.
Na minha sinceridade, da primeira vez que li o artigo, tinha ficado com dúvidas se havia mesmo perda de dinheiro por parte da Spotify, se falávamos de prejuizo! Na tua resposta deixaste isso claro!
Da mesma forma não tinha percebido a chamada dos Apple Watch e HomePod, que também percebi quando respondeste!
A partir desse momento, esses assuntos morreram.
Nunca coloquei em causa a chamada da Apple music, que acho natural. E não é por ter sugerido que Amazon Music também poderia ter sido chamada, já que a quota de mercado é proxima da da Apple music, que estou a fazer ataques!
Também nunca disse que a Apple Music tem uma opção totalmente gratuita e vitalicia como a Spotify!
Apenas que tem bastantes ofertas de mensalidades e promoções, que fazendo a mesma análise feita para o Spotify lhe “poderão levar a estar a perder €” -(tu nao sabes a % de users que usufruem de descontos de esutdante, ou quantos usufurem das mensalidades grautitas ofereciadas pelas operadoras e serviços (como por exemplo o Shazan queaté é da Apple), e qual o custo dessas ofertas para essas operadoras e e serviços (retorno para a Apple).
Nada disto é um ataque à Apple. É uma análise no contexto do artigo, e imparcial…
Não, nem sequer vou por aí, foste tu que entraste nesse campo (indeliberadamente, como referes). Porque certas “insinuações” não são inocentes, mais em alguém, como tu, que vejo que segue de alguma forma estes mercados. Mas adiante.
Sobre as perdas, no texto referi até o preço por ação, antes e depois, para se perceber onde a empresa perde dinheiro. E referi que é de trimestre a trimestre. Claro que não perde dinheiro se o saldo final são milhões de lucro. O que está referido é mesmo o valor cobrado por conta, versos o número total de pagantes, em linha com o valor nominal.
Sobre o mercado concorrencial… claro que quando se analisa este mercados dos “outros produtos”, o Spotify tem equipado a sua oferta com mais produtos, tal como a Apple (entre outras empresas) o fez, e deixei o exemplo do HomePod e do Apple Watch. Neste dois estão limitadas as ações do Spotify. Razão também pela qual o Spotify mantém uma relação abrasiva com a Apple.
No caso da Amazon, não faz aqui sentido, se não tínhamos de ir buscar o Tidal também, assim como outros serviços. Mas a ideia usar exemplos de serviços com quem esta empresa lida diretamente. Aliás, a Apple é concorrente e fornecedora.
No caso do Apple Music, pois não disseste, mas usaste como exemplo comparativo da oferta do Spotify nos modelos gratuitos. E não, não há comparação. O Spotify é muito mais agressivo e eficaz nessa área e a Apple tem outra política. Nem são comparadas em termos de promoções. E dei-te como exemplo o Apple One. Aqui o caminho do Spotify é angariar mais, ao menor preço, para depois expandir o cardápio de produtos a vender. Claro que isto resulta se estes países emergentes crescerem no poder de compra. Mas pode ser um trunfo.
De imparcial certos argumentos teus não têm nada 🙂 mas já estão melhores sim. O que beneficia o diálogo. 😉
Nao percebo como é que perdem dinheiro sinceramente com a quantidade de utilizadores que têm muito mais do dobro que o apple music e que qualquer outro serviço e mesmo assim perdem dinheiro
Não perdem dinheiro nenhum Goncalo. Tiverem receitas positivas, e que cresceram relativamente as periodos anteriores, tanto das subscrições como de publicidade.
Apenas ganham menos do que potencialmente poderiam ganhar, fazendo uma análise a curto prazo, algo que é opção estratégica da empresa. Só o futuro dirá de acertada ou não.
Não perdem? Perdem pois, na ótica dos investidores, cada conta premium abaixo do valor nominal, é uma perda. Está lá no texto, não é o Galo que diz, é mesmo o WSJ 🙂 que tem uma ótica de análise financeira. Cuidado que o Galo relativiza as coisas e passa uma mensagem que não está correta.
Aiii oh Vitor. Não estou a passar nenhuma mensagem incorreta!
As duas análises são igualmente válidas e corretas. Se bem explicadas! E verdadeiramente perder € é diferente de não o ganhar.
Vou fazer uma analogia:
Se eu não jogar no Euromilhões estou ao mesmo tempo a perder € e a ganhar €!
– Tendo em conta que se não jogar, não estou habilitado a vencer um dos prémios, estou a perder €! É dinheiro que podia ter ganho e nao ganhei!
– Tendo em conta que ao não jogar não gastei os 2,5€, e que a probabilidade de jogar e nao ganhar nada é maior do que aquela de ganhar, eu estou a poupar!
Como explicaste, a Spotify tem apostado no caminho de “angariar mais, ao menor preço, para depois expandir o cardápio de produtos a vender.” Ao vender uma conta premium a metade do preço, está a deixar de receber a metade do valor da conta premium, mas está a cativar mais um cliente, cuja probabilidade de se manter fiel, e até adquirir outros serviços é maior!
As perdas de valor de mercado, valor bolsista, ou na óptica dos investidores é outra conversa, que depende de muitos outros fatores. Por exemplo, tu melhor que ninguém saberás, recentemente várias empresas grandes do sector tecnologico tiverem perdas enormes no valor de mercado, sendo a Apple a teve a maior queda.
Perspectiva Vitor. Não é mensagem incorreta 😉
🙂 é errado porque está a subverter o relatório de contas. Uma coisa é não ganhar, outra coisa são os títulos da empresa perderem por conta de vendas mais baratas. Não relativizes para não caíres no erro. Tanto trabalho a explicar e vens tu subverter a realidade? 😀
É dito assim: “A empresa registou uma perda de 125 milhões de euros, ou 66 cêntimos por ação, em comparação com uma perda de 209 milhões de euros, ou 1,14 euros por ação, no ano anterior.”
A mensagem que estás a passar é totalmente errada sim.
lá está 😉 não é nada errado!
Perda no valor de acção (que tal como sabes até aconteceu aos gigantes tecnológicos recentemente, depende de outros fatores adicionais) é diferente de ter prejuízo, de perder clientes, etc.
Ora vai lá ao relatório citado, e apresenta aqui os números do lucro do ano 2019 e do de 2020, assim como do numero de clientes, e de clientes premium no mesmo periodo 😉
Aliás os numeros que colocaste agora no comentário até indicam que as perdas no valor de cada acção foram menores do que no ano anterior 😉
O errado é achar que num titulo tão vago como “empresa continua a perder dinheiro” só cabe o valor de cada acção…
Andam a ler os livros das empresas publicas portuguesas.
As empresas públicas portuguesas seguem livros de orientação? /s
Tô nem aí, um apkmod premium resolve meu problema.