Portugal: Web Summit vai-se realizar em Lisboa
O Web Summit é um dos eventos de tecnologia, empreendedorismo e inovação mais importantes da Europa. Decorre em Dublin, na Irlanda, desde 2010, mas Portugal estava na corrida para acolher o evento nos próximos anos.
Ontem, Paddy Cosgrave, presidente-executivo do evento e o vice-primeiro-ministro Paulo Portas anunciaram que Lisboa vai acolher o evento nos próximos três anos.
Lisboa vai acolher a Web Summit em 2016, 2017 e 2018. A capital portuguesa, em conjunto com Amesterdão era as duas cidades finalistas, tendo os responsáveis escolhido Lisboa. Espera-se que este evento traga a Lisboa já em 2016 cerca de 40 mil participantes, mais de duas mil empresas, mil investidores e 650 oradores das maiores tecnológicas globais. O apoio financeiro rondará os 1,3 milhões de euros sendo que o retorno, segundo o secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, poderá chegar aos 175 milhões de euros.
Segundo Paddy Cosgrave “Após uma análise cuidada, decidimos transferir a Web Summit para Lisboa. Este evento tem crescido para além de todas as nossas expectativas, queremos que continue a crescer e que os nossos participantes possam obter a melhor a experiência possível”.
A escolha de Lisboa deveu-se ao facto da cidade oferecer infra-estruturas, um excelente espaço para o evento (Meo Arena e na FIL-Feira Internacional de Lisboa) e também uma comunidade startup que tem vindo a crescer significativamente.
Este ano a Web Summit voltará a ser em Dublin, onde a organização espera 30 mil participantes e ainda 800 oradores. Entre eles espera-se Ed Catmull, presidente dos estúdios de animação Pixar e Mike Schroepfer, diretor de tecnologia da Facebook.
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Boa… 🙂
boa vergonha isso sim…gastar dinheiro antes em tecnologia que um evento de “gajos” onde mulheres nem ve las todos rebarbados por ver um tablet
Deves estar tão ligado a tecnologias como eu à agricultura. Se soubesses o quanto Dublin “pagava” para manter o evento e o retorno que tinha sobre ele, versus o valor irrisório que Lisboa vai pagar e o retorno esperado… E isto só na vertente económica directa, espera para Lisboa passar a aparecer no mapa em termos de indústria tecnológica (ou aparecer um pouco mais).
Deves andar a fumar cenas fortes… é um bom sinal Portugal ter sido escolhido, é sinal que quem tem papel está disposto a investir cá… Estas feiras nao se fazem por acaso…
Só é pena o preço para ir ver.. https://websummit.net/tickets#tabs3
Ainda oferecemos uns bilhetes 🙂 Estejam atentos
E mesmo assim acredita que é barato.
Eu comprei para o deste ano em Dub 😉
Qual é a lógica de praticar esses preços de bilheteira? Mais que o nosso ordenado mínimo…
Por onde começar? É um evento internacional; não é um evento para “estudantes” irem descobrir o mundo; a audiência alvo garantidamente não és tu ou pessoas como tu se tens mesmo de fazer essa pergunta.
Por esse preço mais valia ter ido para amsterdao, eu prefiro gastar os 800euros num iphone ou ipad pro que num evento. So mesmo um geek rico para ir a um evento desses
Esses preços nem são para Lisboa, esse evento ainda é para o próximo ano e ainda nem preços existem. Estes preços são para o evento deste ano, a realizar-se Dublin.
Acredita que os preços nao vao descer quando for em Lisboa. O Web Summit é um evento “global”, eles nao estao à espera que a audiencia seja ” local”, é suposto ser de todos os cantos do mundo. Queres um evento local e barato vais ao techdays ou o que houver semelhante ainda.
Isto nao é para ti… é para quem tem dinheiro para investir.
Maravilha. Uma cidade boa como Lisboa o é tornar-se-á maravilhosa com esses eventos. Parabéns.
“O apoio financeiro rondará os 1,3 milhões de euros sendo que o retorno, segundo o secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, poderá chegar aos 175 milhões de euros.”
em Potugal estas contas não sei
100 milhões é quando foi estimado em termos de impacto directo na economia de Dublin durante o evento em 2014 (com 22 mil participantes), este ano com 30 mil estima-se 150 milhões (ainda em Dublin), e isto sempre de impacto directo na economia. Mas não é difícil de perceber: são “deep pockets” que ali estão, muitos dos oradores são fundadores de empresas de sucesso e investidores ou frontmen de fundos de investimento.
Agora alguns pontos: o Web Summit não é só as workshops, palestras e apresentações, também tens o Night Summit (a festa de abertura do Web Summit) e depois durante os dias (ou melhor dizendo as noites) do evento tens festas para os participantes à noite. Embora o programa do evento seja muito de “palestras, workshops, blablablablabla” o que realmente interessa do evento é o networking… e aí entende-se perfeitamente os preços praticados, principalmente nos dois escalões mais caros que é onde se tem acesso directo aos “deep pockets” que vão participar no evento em que só tens de conseguir garantir a atenção durante alguns segundos invés de ter de rezar para arranjar uma hora na agenda dele para uma entrevista (ela ou ela, é um hipotético investidor, entrepreneur, CEO, o que seja). Tu ali não vais para saber o latest’n’greatest que as empresas de sucesso têm para dar, vais ali para deixar o ego dos oradores sairem cá para fora enquanto alimentas a esperança de conseguir dois dedos de conversa com um deles para apresentar a tua ideia e se com sorte te ouvirem ficarem interessados em dispensar uns trocos… isso tudo enquanto se divertem e passam “umas férias”. Como é óbvio isso tem um custo e os oradores fazem-se pagar a peso de ouro, e é isso que o preço dos bilhetes para o evento pagam (isso e a margem da organização).
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