Portugal: Tribunal condenou a Worten! Saiba qual a razão
A Worten é uma empresa portuguesa de eletrónica de consumo e do entretenimento. Pertence a Sonae e tem a sua sede em Carnaxide.
O Tribunal Judicial da Comarca do Porto condenou recentemente a empresa, sendo que esta não poderá usar determinadas cláusulas contratuais.
Tribunal anulou sete cláusulas contratuais da Worten
O Tribunal Judicial da Comarca do Porto declarou nulas sete cláusulas contratuais gerais utilizadas pela Worten - Equipamentos para o Lar e condenou a empresa a abster-se de as usar em futuros contratos que venha a celebrar com os clientes, revelou o Jornal de Negócios.
A decisão foi conhecida na passada terça-feira, sob forma de anúncio na imprensa, tendo sido desencadeada por uma ação interposta pelo Ministério Público.
Entre as clausulas, a empresa fica interdita de utilizar estão preceitos relativos ao tratamento e entrega do pedido, as devoluções e respetivos prazos, assim como à responsabilidade da empresa.
Uma das cláusulas declaradas nulas é a seguinte:
Todos os artigos são entregues em embalagens seguras. Se detetar danos externos na embalagem do produto deverá reportar esse defeito ao transportador, no momento da entrega, fazendo referência também a esse dano no documento comprovativo da entrega. Deverá ainda contactar a nossa linha de apoio ao cliente 808 100 007. Atenção que um comprovativo sem referência a danos equivale a um produto entregue em embalagem em perfeitas condições, Se, após aberta a embalagem, detetar danos no produto, dispõe de 24 horas após a receção da encomenda para contactar a nossa linha de apoio ao cliente
No que diz respeito ao capítulo do prazo de devolução, a justiça condena a empresa a abster-se de usar cláusulas como a que diz que pode ser efetuada "até ao 15.º dia consecutivo a partir da entrega" e que, no caso de produto avariado, o cliente "deverá dirigir-se a uma loja física da Worten, apresentando a fatura e o artigo completo". "No caso de esta opção não ser possível deverá contactar a nossa linha de apoio (...) que o ajudará a resolver o problema", diz ainda a mesma norma.
Relativamente às devoluções por danos de transporte, a Worten estipulava que os prazos para efetuar reclamação "serão de 48 horas desde a data de entrega", deixando claro que "passado este período não se responsabilizava por qualquer defeito ocorrido no transporte".
O tribunal declarou ainda igualmente nula a cláusula respeitante a reembolsos aplicáveis em compras na loja online da Worten que indica que, "no caso de devolução, o reembolso do valor da compra será efetuado após a validação do cumprimento das condições de devolução descritos anteriormente, tendo a Worten até um prazo de 14 dias para o efeito".
A cláusula onde era referido que a Worten "não garante a ausência de vírus ou elementos similares em documentos eletrónicos e ficheiros armazenados no seu sistema informático e na sua página web, não se responsabilizando por qualquer dano provocado e derivado da eventual presença de vírus e outros elementos análogos", também foi declarada nula, assim como a medida "todos os litígios emergentes da interpretação ou execução do presente acordo serão dirimidos pelo tribunal da Comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro".
Este artigo tem mais de um ano
Worten’s e FNAC’s são EBay’s mal paridos. Qualquer problema que haja com o produto, eles não dão a cara. Só se o fornecedor se armar em cão com pulgas, e comprovares que entraste em contacto com o fornecedor, é que a FNAC/Worten entram no “ conflito”, mas até lá já muita dor de cabeça foi curada com BenUron. Se temos uma loja independência produtos externos, temos de dar a cara e não lavar daí as mãos… infelizmente é o que acontece…
O marketplace veio arruinar por completo o mercado online, são uma praga e uma estupidez quando no próprio site estão alguns artigos mais baratos que os vendidos em loja. É uma salganhada e o vale tudo para espremer mais uns euros
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Concordo 100℅
“ Se temos uma loja independência produtos externos…”
Deveria ser
“ Se temos uma loja com produtos externos…”
É por estas e por outra que só compro na Amazon. O suporte pós venda dá 1000 a zero às lojas chupistas portuguesas!
Concordo a 100% contigo.
Nem falemos da MediaMarkt. Esses nem entregam o que está contratado mesmo grandes domésticos.
O grande problema da worten até nem é esse …
Ja repararam quando se registam no site da worten passado uns dias começar a receber spam no email, telefonemas de numeros estranhos e mensagens? Ah ninguem reparou no que se passa a anos? Pois é…tenho dito!!!
Amigo, um Conselho, vê a série Netflix, dilema das redes sociais e depois falamos. Pelo teu ver nunca mais ligarias o teu telemóvel, com toda a certeza absoluta.
Worten sempre!
Todas ou quase todas das mais populares têm problemas em cumprir a lei.
Uma delas só aceita devolução se for comprado online, por exemplo, e em vez de devolver o dinheiro, obriga o cliente a ficar com nota de crédito.
Enfim.
Penso que será a proxima a levar com o MP.
Radio popular é pior que as outras todas juntas
concordo
Worten: O nosso forte é o preço 🙂
Fiquei sem saber a razão, só o que foi proibido.
Estes tribunais são uma vergonha, condenam por tudo e por nada, parece os da Rússia.
O que temos tido são noticias polêmicas de supostas meiguices nas penas de criminosos da violência doméstica, lenocínio, mas todos condenados tendem a dizer o mesmo, comparando realidades que desconhecem…
O que deveria ser proibido pelas lojas da Worten era sempre que o cliente se desloca a uma loja e quer um artigo que não existe em stock, eles vêm logo com a conversa, mas se quiser podemos mandar vir. Mas!!!! Para mandar vir, o cliente PAGA PRIMEIRO e depois vem buscar o produto à loja. Isto é completamente ridículo, querem sub-faturar com o dinheiro do cliente, não repõem o stock nas lojas e querem é que seja o cliente a pagar primeiro. Se eles vendem o produto em loja, porque não garantem stock dos produtos? É uma palhaçada e isto sim, deveria ser mudado na lei. Uma coisa é o cliente comprar na loja online e receber em casa ou ir buscar a uma loja se o assim pretender, agora um gajo vai a uma loja para comprar um produto, o produto não existe em stock e o cliente para ter o produto tem que pagar primeiro só porque a loja não repõe stock? Enfim
Todos os grupos em que trabalho só repõe o stock quando 1 cliente paga (falo de todas as lojas de Lisboa e Porto, inclusive lojas de rua)
Se comprares online e pedires entrega em loja também pagas antecipadamente… Se fores comprar um carro pagas antecipadamente… Eu já fiz compras em muitos sítios e sempre que não há stock paguei para ter… Se vamos comprar o produto vamos ter que pagar em qualquer das maneiras
E o problema nem é esse porque isso tu podes optar por comprar ou nao, o problema é que no site aparece que ainda tem stock, e depois da compra recebo uma msg a dizer que afinal não existe stock e que só passado umas semanas é que me entregam. Duas compras que fiz no site deles e aconteceu o mesmo nas duas.
Fiquei sem perceber, e quais sao os prazos legais? sempre falaram dos 15dias para devolver
Tinha visto essa cláusula em janeiro na aquisição de 2 produtos, sinceramente borrifei me pra essa clara ilegalidade. Eles até podem escrever batatas o que conta é a lei.
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Por norma não entro nessa do “só por encomenda “, vou a outra, já por não concordar com a pratica, e numa proxima vou à que serviu sem essa treta. O consumidor ou cliente tem que combater esse tipo de treta para seu beneficio, e se fizerem todos igual vão ver que as coisas mudam.
O consumidor/ cliente, acaba por ter a culpa por ir na onda. É como quando pedem e-mail e ou telemóvel ou número de telefone, ou número contribuinte, seja onde for levam com nega, mas sobre isso teria que escrever muito mais.
Bom, culpados nós claro.
Mas sem dúvida em Portugal continua a ser o deixa andar. Posso dizer que realizei em webdesign uma loja, de seguida contarei as várias entidades responsáveis, isto para saber o que era necessário para que nada faltasse no site em termos de gdpr, respostas não sei foi com fartura, mas para aparecerem depois nas lojas e multarem já as sabem, bom foi só um desabafo de como funcionamos por cá.
Basta ver ainda ontem em como numa rede social eram vendidos produtos contrafeitos para se perceber como andam as leis pelo nosso País.
Vão a lojas multar por isto é por aquilo, mas depois nas redes sociais é uma selva.
Os Tugas falam muito de direitos mas muito pouco de deveres, assim como pessoas usarem roupas para festas sem tirar etiquetas e no dia a seguir irem trocar ou devolver querendo o dinheiro de volta, o tuga é um Rato muito esperto, mas pronto leis são leis.
Já não era sem tempo.
Existem muitas marcas (lojas / serviços) que têm contratos que parecem acima da lei (MEOs, Endesa, EDP, Galp, Iberdrolas, etc… )
Já estava na hora de alguém acabar com esta palhaçada, e começar-se a legislar sobre certos tipos de contratos que se sobrepõem aos direitos do consumidor.
Se existem leis, não podem existir contratos que se tentam sobrepor á mesma.
Acho bem esta decisão! Diria mesmo essencial. Esta prática abusiva de cláusulas em claro prejuízo do cliente, violando muitas vezes direitos dos consumidores ou, quando não, claramente reveladoras de má fé, é uma realidade que deve ser combatida e claramente vigiada. As empresas que as praticam, bom, todos sabemos os nomes!
100% de acordo neste aspecto
O grande problema são os contornos à lei que essas empresas aplicam, mas não vejo qualquer problema em pagar antes, ou por encomenda, se estiver tudo bem definido. Se eu compro um produto e não existe stock a loja online só tem que dar a hipótese ao cliente de esperar ou da devolução do dinheiro. Se é por encomenda, tem que informar o tempo de entrega e está feito.
É tão simples. Ah e já comprei várias coisas na worten, antes do marketplace e nunca tive problemas, no entanto não gosto da bagunça que eles criaram agora com isto de terem tudo dentro de um site e portanto deixei de comprar, opto por outras lojas online.