Portugal perde 8 piscinas olímpicas de água por hora, cerca de 180 milhões de m³ ano
O desperdício é abissal. Todos os anos são perdidos 180 milhões de metros cúbicos de água, quantidade dava para abastecer o país durante três meses. As perdas nas redes públicas atingem 27%.
Portugal continental desperdiça, todos os anos, cerca de 180 milhões de metros cúbicos de água potável, o equivalente a mais de oito piscinas olímpicas por hora.
Trata-se de um volume capaz de abastecer todo o país durante três meses, conforme alerta Eduardo Marques, presidente da AEPSA (Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente).
Água: perdas nas redes públicas atingem 27%
Não é novidade e muitas das vezes está aos olhos de todos, que estas perdas resultam de falhas nas infraestruturas, condutas antigas, ramais degradados ou reservatórios mal conservados, que deixam escapar cerca de 27% da água já tratada e pronta a consumir.
Enquanto isso, as concessões privadas, que servem 20% da população, apresentam perdas médias de apenas 13%. Se a mesma eficiência fosse replicada em todo o território nacional, seria possível poupar metade da água desperdiçada: 90 milhões de metros cúbicos.

Todos os anos, Portugal perde cerca de 180 milhões de metros cúbicos de água potável, um volume suficiente para abastecer o país durante três meses. Se atribuirmos a estas perdas o valor do escalão mais barato praticado em Lisboa pela EPAL (0,4458 €/m³), o prejuízo direto ascende a mais de 80 milhões de euros por ano. Este montante não inclui os custos com captação, tratamento, bombagem e distribuição , ou seja, o verdadeiro impacto económico e ambiental é ainda maior.
Reabilitação adiada por falta de interesse político
A gravidade do problema é agravada pela escassez de investimento público na reabilitação da rede. Segundo Eduardo Marques, citado pelo JN, “o país está a reabilitar um oitavo do necessário”, adiando sucessivamente obras invisíveis, mas críticas, como a substituição de tubagens antigas.
A razão? “São investimentos que não dão votos”, afirma, sublinhando o desinteresse político por infraestruturas subterrâneas.
Eficiência pode ser alcançada com gestão e sem grandes obras
Apesar dos alertas, a resposta oficial continua a apostar sobretudo em soluções estruturais dispendiosas, como a construção de barragens ou dessalinizadoras. No entanto, para os especialistas, o foco deve estar na gestão eficiente e imediata das redes existentes, onde há margem significativa para melhorias com investimentos bem mais modestos.
A AEPSA defende ainda o fim das tarifas politizadas, mais concorrência no setor e uma abordagem baseada na eficiência, tanto no abastecimento urbano como na agricultura.
Sem água, não se vive. E sem gestão eficiente, estamos a desperdiçar um recurso cada vez mais escasso e essencial.
Conclui Eduardo Marques.





















Ainda que não está mal. No Brasil a ultima vez que vi, perdiamos 31,2% na rede pública de abastecimento.
Mas o Brasil tem imensa água, poucas zonas são muito secas. Há falta de água no sertão nordestino, mas na maioria do país não. Em Portugal temos imensa falta de água.
Fim das tarifas politizadas, como se desse para meter tubos uns ao lado dos outros onde corre a água… ah! Espera, é para as empresas puderem cobrar o que bem lhes apetecer, e elevar os preços até à estratosfera… e quem não quiser que vá… para lado nenhum porque já se sabe como NÃO funciona a concorrência.
É preciso é tirar as empresas privadas do circuito. As empresas privadas na distribuição da água canalizada tratada não têm qualquer incentivo para fazer a coisa certa, antes pelo contrário. É uma posição dominante natural, que praticamente qualquer empresário vai querer tirar o máximo de benefícios económicos em óbvio prejuízo dos clientes.
Quanto às perdas de água, acho que os Espanhóis do Sul de Espanha concordam plenamente que em Portugal se desperdiça muita água, e por exemplo propõem e que eu saiba não desistiram, apenas adiaram, a ideia de desviar toda a água do Rio Tejo que viria para Portugal passar a ir apenas para o Sul de Espanha onde eles garantem que irão dar-lhe bom uso, quem sabe até nem deixando chegar uma gota de água que seja ao mar, porque isso seria um desperdício de água inaceitável.
” É uma posição dominante natural, que praticamente qualquer empresário vai querer tirar o máximo de benefícios económicos em óbvio prejuízo dos clientes.”
E por querem mais lucro querem perder água!?…há cada um… Vá investigar quanta gasolina e outros produtos hoje se consegue extrair de um barril de petróleo comparado com há 50 anos.
O desperdício aumenta quando não é preciso lucro.
As empresas privadas nunca mas NUNCA, devem gerir infraestruturas críticas. Bastas olharmos para os EUA para entendermos…
Parece que não leste o artigo.. ou então não consegues fazer 2+2.. as referências são completamente contrárias ao que apregoas.
É lógico que uma concessão privada tem sempre maioria interesse na optimização de perdas, porque essas perdas lhes saem do bolso, a gestão pública é que não tem interesse em melhorar nada, já que as concessões municipalizadas só servem para encher tachos
o preço cobrado ao consumidor, já engloba essa % de perda, ou seja, pagas o que consomes e o que eles perdem….o dinheiro está sempre garantido.
O que escrevi referia-se à frase: “Fim das tarifas politizadas”.
Não ao facto de ser boa ideia reduzir as percas de água na rede.
É triste perder assim tanta água
Mas também ao que pagamos vai compensar o desperdício infelizmente
Este Mês tenho 5 Metros cúbicos e vou pagar 47€ para esses m@moes de água é cerca de 8€ o resto voçes já sabem
Ja sabemos como isto funciona. Ganham todos menos o Ze.
Estas empresas estao aliadas a vários escândalos com autarquias e scams! É incrível a influência que estas empresas têm nas camaras! Mas como o tuga nao gosta de pagar agua e gosta de usar agua do poço e mandar para a rede de borla… ninguém reclama!
Eu acho que estes números poderão estar um bocado empolados por haver muita água que não é faturada e, como tal, é considerada perdida quando na realidade se trata de autoconsumo (edificios das autarquias, regas de epsaços verdes, escolas, etc) que não é faturado.
Mas sim.. É importante a renovação de condutas e modernização dos sistemas..
Mesmo os sistemas de rega das autarquias têm contador.
Encontrar uma fuga por vezes é muito complicado, a água pode aparecer a dezenas de km do local da fuga.
A rede Eleckra tb perde. Em Cabo Verde perde 22%.
As perdas são negligência dos serviços de água e saneamento, os custos são para os consumidores…
Na Figueira da foz, Eu já avisei Câmara municipal e Águas da Figueira, mandei fotos , mails, 6 vezes e Nada, e Continua, ao pé do ELeclerc, durante a madrugada lá está , milhares de litros de água a correr pela estrada a baixo, Absolutamente todos os dias…há 3 anos pelo menos , e não querem saber de nada… Os que lá estão, são metidos por partidos políticos, corruptos, derivados de Tachos, só querem o ordenado ao fim dos mês, e não os chatear …
Envia um email para a CMTV. Se eles pegarem na historia, vais ver que rapidamente o governo manda arranjar isso.