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Emprego: será a formação uma porta aberta?

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Maria Inês Coelho


  1. Ruimafla says:

    O problema não se encontra na formação, mais sim da forma como se “oferece” qualificação… É comum em algumas “formações” o formandos passarem a vida a curtir CS e NFS… Noutras fazem um dossiê com o resumo da sua vida e toma lá o 12º ano, nem curso profissional foi!!! E nos cursos profissionais nota-se que alguns andam lá por ver andar os outros, empurrados ou não vão passando e quando chegam ao estágio esbarram-se ao comprido… E prontos, esta é parte da nossa geração mais qualificada de sempre.

    • Freitas says:

      Esse toma lá o 12° é relativo, quando tens gente com o 4° ano a dar baile aos que tem 12°, ou como eu já vi gente com o 9° ano a dar cabo de gente com a licenciatura, neste caso passaram por burros a frente de muita gente. Muitas das vezes o papel de nada significa.

      • Paulo Baptista says:

        Não é credível que esses exemplos sejam generalizáveis. As excepções servem para confirmar a regra. Caso contrário, o melhor é só darmos formação até ao 9º ano e assim darmos cabo dos licenciados que ainda existirem. E fica mais barato. Sobra dinheiro para fazer estradas e mais estádios de futebol, as catedrais da maior religião deste país.

        • JJ says:

          O ponto aqui é que as empresas deviam deixar de olhar para os cursos, licenciaturas e afins, como o mais importante, e passarem a olhar para as reais qualificações das pessoas.

          Problema é vender-se a ideia que só se tem conhecimento, quem vai para a faculdade. Uma mentira, muito bem vendida pela sociedade!

  2. JJ says:

    Pois claro que não há candidatos… as empresas de TI pedem mil um skills para o candidato, skills esse que na sua maioria não vão ser aplicadas no trabalho realizado pela empresa. Ou então, são skills que deviam estar distribuídos por 3 ou 4 funcionários, e eles querem tudo num só, para pagarem apenas um ordenado que em muitos casos nem é o mais justo para a função de 1, quanto mais para 4 em 1.

  3. Alvega says:

    JJ tendo tu razão no teu post, lembro que o mesmo se passa em TODAS as profissões, os CEO (é chique, por isso escrevi) querem GALINHA GORDA por pouco dinheiro.
    Podes ser o melhor e mais bem formado profissional, tens tudo o que a empresa necessita e mais, mas quando chega a parte de declarares o ordenado pretendido….esquece, já foste. A menos que estejas disposto a trabalhar sem horário e pelo ordenado mínimo, ai sim nem querem saber se és do clube A ou B.
    Claro que existem excepcoes, pudera, mas a regra é a descrita. Mesmo as excepcoes, somente o sao ate aparecer alternativa, pois nesse dia passas de BESTIAL a BESTA e ou vais a bem (embora) ou sofres tal pressão que te vais passar.
    O mundo real, é lixado.

    • Rui says:

      1º, o CEO normalmente não é dono da empresa e obviamente qualquer empresa quer pagar o mínimo possível.

      2º Vou fazer uma pergunta ao contrário, tu como consumidor, quando vais comprar algo, compras o mais barato ou o mais caro? Não vale a pena fugires à questão, vais tentar pagar o mínimo possível. As empresas não são diferentes, para oferecerem os produtos o mais barato possível (o Tuga quer tudo barato ou de borla), tem de cortar nos custos!

      Diz lá se estou errado?

      • danny says:

        Por acaso estas quase errado. Mas vai do pensamento de cada um.

        1º Não é óbvio que qualquer empresa pague o mínimo possível. Podem começar no mínimo, é verdade, mas o problema aqui é que muitas destas ficam sempre pelo mínimo, nao valorizando o trabalhador. Felizmente há quem seja valorizado, mas é preciso acertar bem na empresa.

        2º Como consumidor, nao te podes basear no mais barato ou mais caro mas sim no preço que te parece adequado ao produto pois o que é barato para uns, pode ser visto caro como outros. As empresas nao sao diferentes mas deveriam ser pois de que serve pagares X a alguém e depois essa pessoa nao cumprir com seus objectivos de forma satisfatória? ou seja, o que interessa é atingiu o objectivo, mais nada.

        O problema em Portugal nao é so económico. é a nivel educativo e social onde sao poucos que dão o valor, desprezando as habilidades e conhecimentos dos outros em funçao do lucro. Dai, claro esta que essas mesmas minusculas empresas nem cresçam.

        Por exemplo, existem instituições que poderiam ter docentes a exercer funções educativas que iriam contribuir para o bem estar e melhoria de muitos dos seus utentes, mas infelizmente as coisas nao sao vistas assim. O professor é caro, nao contratamos e se quiser estamos de braços abertos e com muito para o receber….de borla.

      • MarioM says:

        Rui
        A isso chama-se pensar pequeno, característico da mentalidade da grande maioria das empresas em Portugal e em quase tudo o que se vê na sociedade Portuguesa.
        Se tivermos uma estrada larga, logo alguém a torna pequena, carros pequenos,prédios pequenos, elevadores pequenos, etc,etc, uma visão pequena, depois somos o que vemos.
        Porque recebes o que pagas, se pagas pouco não esperes muito de alguém, na 1º oportunidade já fostes.

      • Rui says:

        Têem de aprofundar mais os conhecimentos de português.
        Mas onde é que eu digo que concordo com os baixos salários e baixos preços?

        Estou a relatar a forma de ser do português, quer gostem quer não gostem. A culpa não é do político, não é do empresário, porque eles são portugueses como os outros.

        Vão a uma grande superfície e vejam lá e dentro da mesma gama de produtos, quais são os que têem maior quantidade exposta (logo maior rotatividade e vendas), são os produtos mais baratos!

        Já não digo o mesmo se se tratar de bens para se exibirem (carros, roupas…… telemóvel).

    • JJ says:

      Há uns 6 meses atrás, mandei o meu CV para uma empresa que desenvolvia sites, que pedia dezenas de skills. Quando fui ver o site dessa empresa, percebi logo que nem metade desses skills eles utilizavam, e até encontrei erros algo graves no próprio sites deles (nem quis imaginar no sites dos clientes). Tive o cuidado de mencionar esse erro no email que mandei.
      Ainda hoje, estou a espera de uma resposta.

      E pergunto-me: para é que eles querem mil e um skills, se nem o site deles feito em wordpress funciona bem?

      As empresas pequenas, copiam os anúncios de emprego das grandes empresas e querem ter empregados como as grandes empresas, mas depois querem pagar o ordenado como uma empresa pequena. Muitos empresários portugueses são irrealistas, querem ser grandes, quando o seu nível é serem pequenos.

      • JJ says:

        Nota: As empresas até podem querer sem grandes, tem de se começar por baixo, pelas bases. Não é logo querer começar em grande. Normalmente isso não dá bom resultado, na esmagadora maioria dos casos.

  4. Obobopo says:

    Uma pergunta muito importante: Que bixo é aquele na primeira foto? Tem apoio estilo Surface Pro com teclado de portátil normal

  5. Valdemar Santos says:

    Enquanto as universidades continuarem a fazer os cursos para os professores que têm em vez de os fazerem para os alunos, isto não vai mudar. Já a questão dos candidatos também tem muito a ver com os empregadores. Trabalho em IT há uma década mas só trabalharei em programação neste país se não tiver o que comer, pois regra geral é escravidão.

    • Paulo Baptista says:

      Absolutamente de acordo.

    • António says:

      Exacto, vejo muitas verdades aqui mas a verdadeira ferida reside também na falta de visão do corpo institucional e docente que recusam a ter uma menta aberta e elástica para interligar todo o conhecimento. Muitos cursos apresentam uma grave falta de multidisciplinaridade de conteúdos desafiantes para fomentar o próprio conhecimento na área. Não me estou a referir ao interesse pelo que estudo mas sim por criar coisas novas, o que faz com que o próprio estudante saia da faculdade um pouco indiferente. Temo pelo futuro de algumas faculdades, mas quando acontecer, cá estaremos para apontar os culpados e quem falhou, pois serão por culpa própria.

  6. NT says:

    Infelizmente a “formação” dada é quase nula por isso temos o Sr. Dr. Eng. que nem sabe escrever uma carta, fazer um resumo ou o que é uma minuta. Depois temos o “ti manel” que é ‘burro’ porque só tem a quarta classe e sabe fazer as coisas.
    Acho que não é tanto a formação que têm, mas sim o gostar do que faz e ser bem pago (não tendo que ser necessariamente um ordenado maior, muitas vezes um desconto, horários flexíveis, formações especificas ou outras vantagens podem ser aliciantes!).

    Como se costuma dizer “pagam amendoins, têm macacos a trabalhar”

    • Rui says:

      Nem mais. Muitas das vezes basta começar com o currículo, para percebermos que estamos à frente de um amador!!!!! (apesar de achar que aí a culpa é mais da formação, falha no essencial que é por exemplo preparar os futuros profissionais para uma entrevista e ensinarem a fazerem um currículo modelo europeu com o MÁXIMO DE 2 PÁGINAS!!!!!)

  7. Manuel says:

    A meu ver o problema não está na oferta de um emprego com um ordenado baixo para um primeiro emprego. A questão está que na maioria das empresas não existe a gestão de carreira. Se a pessoa é boa no que faz progride. Não me parece ser frequente cá.

  8. Belmonte says:

    Em Portugal a formação Profissional vale mais do que licenciaturas. Quem sai da Escola Profissional arranja logo emprego na sua área de formação enquanto a malta da universidade anda às moscas. Para eles só serve a emigração. Cursos de contabilidade, turismo, hotelaria e gastronomia é que tá a bombar!

    • JJ says:

      Arranja logo emprego, porque aceita receber o ordenado mínimo. Enquanto alguém licenciado, alem de teoricamente deve de receber mais, não aceita a primeira oportunidade uma oferta de emprego com um ordenado baixo.

      • Rui says:

        Não é totalmente verdade. Muitos profissionais que conheço e com curso profissional, apesar da ascendência bastante humilde, com menos de 40 anos só o património imobiliário já ultrapassa o 1 milhão de euros! E começaram do zero (pais pobres)! Obviamente que chegaram a este ponto porque trabalham para eles e já dão emprego a quase 100 pessoas!

  9. Miguel says:

    Citando: “Se olharmos para um setor como as Tecnologias de Informação, existe de facto emprego – não há é candidatos. Cada vez é mais difícil recrutar perfis qualificados nesta área que, apesar de estar numa onda de progresso, o número de profissionais com formação não tem seguido a mesma tendência. ”

    Isto é totalmente mentira e basicamente é que os Sr’s CEO’s e gestores das empresas de outsourcing/trabalho temporário vendem/inventam para justificar a sua existência.

    A verdade é que é uma vergonha o estado em que está o sector da engenharia/informática neste país. Os Sr’s do outsourcing até chegam a desperdiçar o tempo das pessoas a fazer entrevistas sem emprego só para “registar na base de dados”. Horários são um nojo, e recebemos meia dúzia de trocos enquanto o lucro do nosso trabalho é distríbuído por pessoas que nem sequer têm conhecimentos na
    àrea de computadores.

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