One Tree, a árvore completa da vida
Animais, plantas, fungos, micróbios, todos estão de alguma forma relacionados, mas como será essa ligação?
Um grupo de cientistas elaborou, pela primeira vez, uma árvore que relaciona todos os seres vivos ao longo do tempo, desde há mais de 3,5 mil milhões de anos.
A One Tree foi publicada esta sexta-feira na Proceedings of the National Academies of Sciences. Este projecto, nada mais é que um esquema que inclui cerca de 2,3 milhões de espécies conhecidas, desde animais, plantas, fungos e micróbios, que mostra as principais relações entre as diferentes espécies, traçando ainda a evolução de cada grupo individual de espécies desde há mais 3,5 mil milhões de anos.
Karen Cranston, da Universidade de Duke, refere que esta é a primeira tentativa real de ligar as espécies num único esquema, é como se a One Tree fosse a versão 1.0 daquilo que os cientistas pretendem alcançar.
This is the first real attempt to connect the dots and put it all together. Think of it as Version 1.0.
Para a construção desta complexa árvore de toda a vida, os investigadores compilaram milhares de árvores mais pequenas que já haviam sido publicadas. Um dos grandes desafios, referem, foi a diversa quantidade de divergências em nomes, grafias e até erros ortográficos presentes nos artigos científicos.
Tal como indicou um dos responsáveis pela elaboração da One Tree, esta é ainda a primeira versão da árvore de toda a vida, pelo que irá receber actualizações ao longo do tempo, recebendo certamente novas espécies que ainda estão a ser descobertas.
Fonte: Synthesis of phylogeny and taxonomy into a comprehensive tree of life Via: Phys.org
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Noticia interessante, só falta saber como “ler” esse gráfico. Olho para ele e é muito bonito mas fico na mesma… :/
Talvez um esclarecimento adicional? 🙂
começas pela linha que está no centro do círculo e vais por aí fora de ramificacão em ramificação. quanto mais tiveres de percorrer para ir de uma espécie à outra mais elas estão afastadas em termos evolutivos, ou quanto mais no centro os seus ramos se separarem mais cedo elas divergiram uma da outra. inversamente, quanto mais próximo estiver a sua separação mais recentemente elas divergiram e menos caminho terás que precorrer, logo mais próximas evolutivamente elas estão.
algo assim!
Perfeito, era mesmo isto que procurava! Obrigado! 😉
Cada uma das ramificações corresponde a uma espécie diferente. No ponto em que uma ramificação se separa em mais ramificações, significa que a espécie deu origem a outras espécies, sucessoras da mesma (por exemplo, o lobo deu origem ao cão e ao dingo). Claro que há milhares de espécies. Como nesta imagem não temos espaço para escrever os nomes, só estão lá reinos e subreinos. Ajudei? 🙂
Sim, ajudaste! Obrigado pelo esclarecimento. 🙂
Só faltava a quantidade da espécie como área no gráfico, que iria variar consoante o tempo, ou seja, consoante fossemos descendo do centro para o perímetro iria ficando mais grossa ou mais fina, dependendo da quantidade de existência (ate podiam marcar os anos – provavelmente em milhares ou em escala logaritmica – como linhas circulares interiores)
Mas já parece excelente!
pois… é tudo muito bonito mas só pelo simples facto de estar assente num conjunto de teorias, algumas das quais falaciosas, nomeadamente os métodos de datação, já me deixa sem grande sentimento de partilha!
Mas agradeço a divulgação!