O Top 5 de avanços científicos de 2017
Todos os anos as mentes brilhantes colocam os seus conhecimentos ao serviço da ciência, de modo a fazer novas descobertas que nos inspiram e nos fazem querer ir mais longe. Com o fim de 2017 a aproximar-se a passos largos, certamente não há melhor altura para relembrar as mais incríveis descobertas e avanços científicos e tecnológicos feitos durante este ano.
A humanidade está cada vez mais de mãos dadas com a tecnologia e há desenvolvimentos incríveis.
Preparamos uma lista de alguns, sim, são apenas alguns dos muitos avanços e das muitas inovações que 2017 viu aparecer. Alguns são tão fantásticos que é incrível como não são mediáticos na mesma proporção. Mas para isso estamos cá, para lhe trazer até si estas novidades e deixar que se delicie a imaginar o futuro com estas tecnologias ao seu serviço.
Transformar ar em água
No mês de abril deste ano, investigadores do MIT e da Universidade da Califórnia (Berkeley) desenvolveram um sistema capaz de transformar o ar que respiramos em água. Para ser capaz de funcionar, o dispositivo recebe a energia do sol e usa redes metalomecânicas (metal organic frameworks, MOFs) feitas de zircónio, capaz de retirar o vapor de água do ar.
Basicamente as estruturas metalomecânicas são bastante porosas e esses poros armazenam o ar atmosférico. A energia solar é posteriormente usada para condensar a humidade do meio. Desta forma a água é retirada do ar.
Os testes levados a cabo por equipas envolvidas no desenvolvimento deste incrível sistema mostraram que 1 Kg do composto metalomecânico foi capaz de recolher aproximadamente um litro de água a partir de ar com 20% de humidade.
Imagine um futuro onde em cada casa existe um sistema que apenas precisa de energia solar e de um composto químico para produzir água, mesmo em zonas secas ou em climas dos desertos. Os cientistas acreditam que esta invenção será capaz de mudar para sempre a vida das pessoas que não têm acesso a água potável.
Sem dúvida, a ciência salva vidas!
Astrónomos testemunham a colisão de Estrelas de Neutrões
Este ano, no mês de agosto, instrumentos do Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO) detetaram ondulações relativamente grandes da curvatura Espaço-Tempo. Tratou-se de uma kilonova, uma colisão de duas estrelas de neutrões, vista pela primeira vez pelo homem.
Foi este tipo de colisões, envolvendo estrelas de neutrões, que produziu muitos dos metais pesados presentes no Universo, incluindo metais valiosos como o ouro.
A kilonova produziu ondas rádio, raios gama e raios-x, para além de ondas gravitacionais, tal como tinha sido previsto pelos físicos teóricos.
As duas Estrelas de Neutrões encontravam-se a 130 milhões de anos-luz da Terra na galáxia NGG 4993, vizinha da nossa Via Láctea. Assim, pela primeira vez, foi possível observar uma kilonova, uma explosão mil vezes mais luminosa que uma supernova, resultado da colisão das duas estrelas de neutrões.
Esta descoberta veio mais uma vez provar que ainda há muito por observar e descobrir no nosso Universo.
Cientistas conseguiram modificar com sucesso um embrião humano
Em julho de 2017, investigadores em Portland (Oregon), alcançaram uma extraordinária meta relacionada com modificação genética. Tirando partido de uma revolucionária técnica de modificação genética (CRISPR), os cientistas envolvidos no projeto foram capazes de eliminar um gene ligado a doenças cardíacas de um embrião humano.
Esta técnica permite alterar o ADN, que é nada mais nada menos que o “código-fonte” da vida. Talvez um dia, a técnica CRISPR permitirá ao Homem apagar genes de modo a acabar com algumas doenças, acrescentar novos genes para melhorar certas funções biológicas ou até modificar embriões para criar uma nova raça humana… Super Homens, talvez…
Sem dúvida, este avanço científico é um grande passo em frente para criar os primeiros Seres Humanos modificados geneticamente.
Descoberta de 7 planetas do tamanho da Terra que podem ter vida
Em fevereiro deste ano, cientistas descobriram 7 planetas do tamanho da Terra pertencentes à constelação Aquarius e orbitando uma estrela. Tendo em conta a proximidade dos planetas em relação a esta estrela e o seu tamanho médio, os investigadores acreditam que estes planetas podem conter vida.
Os planetas em questão estão a cerca de 40 anos-luz de nós e orbitam uma estrela anã que não produz tanta energia como o nosso Sol. Ainda assim, os cientistas estão confiantes de que esta recente descoberta pode vir a provar que, de facto, não estamos sozinhos neste imenso Universo.
Os investigadores e astrónomos envolvidos no projeto mostram-se confiantes de que em cerca de 10 anos seremos capazes de verificar com toda a certeza se existe, ou não, vida nestes planetas bastante semelhantes à Terra.
Este é um passo crucial para descobrir se existe vida por aí.
Referiu Amaury Triaud (Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge).
SpaceX prova que a reciclagem de foguetões é o futuro da Exploração Espacial
Há muito tempo que a empresa de Exploração Espacial de Elon Musk fazia questão em afirmar que seria capaz de reutilizar um foguetão. Este ano, em março, a SpaceX fez história ao ser capaz de reutilizar o propulsor do Falcon 9 que transportou uma casa insuflável expansível para o espaço.
Este foi um importante passo dado pelo Homem no grande desafio que é a exploração Espacial.
Isto é revolucionário! A reutilização tem sido o “HolyGrail” do acesso ao espaço durante muito tempo.
Referiu John Logsdon (Especialista em Espaço).
Em resumo...
Toda a ciência que se encontra à nossa volta faz-nos vibrar, questionar e entender fenómenos que se parecem com pura magia. Esperemos que tenha gostado deste pequeno conjunto de descobertas e avanços científicos e tecnológicos que a equipa do Pplware selecionou para si de modo a recordar o melhor de 2017.
“A Ciência de hoje é a tecnologia de amanhã…” - Edward Teller (Pai da Bomba)
Este artigo tem mais de um ano
Em relacçao ao ADN, não é assim tão linear, o corpo tende a adaptar, e modificar, o que torna as modificações complicadas! Se num caso é sucesso, em mil, nada acontece.
reciclar reutilizar
Transformar o ar em agua?
Algo mais económico do que isto e com provas de precisão…
http://www.disup.com/warka/
100 litros por dia ?! É difícil de acreditar, mas o conceito está muito interessante.
duvido que ai o ar tenha apenas 20% de humidade…
Piada do ano. . .
“Transformar ar em água”
Desumidificador .
Se este novo método for económico em comparação a um desumidificador então é ideal para zonas que não têm acesso a eletricidade , Mas há um problema a mineralização da agua .
A questão é que um desumidificador não funciona eficazmente (ou não funciona de todo) em zonas com 20% de humidade… Aqui estamos a falar de ambientes extremamente secos (tipo deserto).