A China tem regras muito específicas quanto à tecnologia, Internet e controlo da população. Nesse sentido, a partir de hoje, todos os cidadãos chineses terão de se submeter a um scan facial para terem serviço de telefone no país.
Esta medida tem em vista reduzir as fraudes com cartões SIM e contrato de serviços, mas poderá igualmente ser usada para controlar ainda mais os cidadãos… Até quando irão continuar estas ameaças à privacidade dos utilizadores?
Pode não parecer lógico ou sequer possível, mas a verdade é que o sistema de reconhecimento facial na China está a atingir níveis de qualidade e detalhe que nunca antes tinham sido vistos. Há já registos de casos em que o reconhecimento facial encontrou homem numa multidão de 50 mil pessoas.
A contribuir para esta realidade e para a evolução notável da tecnologia neste país oriental, contribui a base de dados que o governo e empresas parcerias têm. Os dados biométricos dos seus utilizadores e cidadãos são recolhidos em larga escala, sendo depois usados para melhorar estes sistemas.
Apesar da evolução da tecnologia, que nos fascina, há perigos associados. Um dos mais óbvios é a ameaça à privacidade! Nesse sentido, a China não é propriamente um exemplo… E a partir de hoje, para poder subscrever um serviço de telefone no país, terá de se submeter a um scan facial!
As operadoras de redes móveis e o governo chinês justificam esta medida com uma tentativa para acabar com as fraudes com cartões SIM. O principal objetivo passa por usar o reconhecimento facial como identificação e autenticação. Ou seja, garantindo que se trata mesmo de uma determinada pessoa, o governo chinês acredita que assim irá ‘salvaguardar os direitos e interesses legítimos dos cidadãos no ciberespaço’.
O scan facial será usado como complemento do cartão de identificação, que já era pedido anteriormente na China tal como noutros países. Na Internet, foram vários os utilizadores do país a demonstrarem o seu descontentamento. As queixas caem sobretudo sobre as questões da privacidade, do excesso de vigilância e monitorização da população.
Para além disso, os cidadãos têm receio que ocorram fugas de informação e que os seus rostos possam ser usados por criminosos online ou para fins menos legais.
Atualmente, a China é considerada um “Estado de Vigilância” e em várias metrópoles é bastante comum encontrarem-se sistemas avançados de reconhecimento facial. Com esta nova lei, a base de dados obrigatoriamente será maior e mais precisa.