Muitos funcionários da NVIDIA tornaram-se milionários e agora não querem trabalhar
As ações da NVIDIA valorizaram 1200% nos últimos cinco anos. Como tal, os funcionários mais antigos, que possuem ações da empresa, já não querem trabalhar mais. E isso está a tornar-se num problema complicado para a gigante dos chips.
NVIDIA: desempenho de funcionários-chave, milionários, cai fortemente
A NVIDIA é uma das principais beneficiárias da ascensão da inteligência artificial (IA). Isso fez com que a valorização das ações disparasse e, com ela, a fortuna do seu CEO. No entanto, Jensen Huang não é o único que aumentou significativamente a sua riqueza nos últimos anos.
Os funcionários mais antigos também se tornaram milionários e vivem agora numa situação de emprego de "semirreforma". A situação está a criar tensões com os funcionários que estão na empresa há menos tempo. Foi já necessária a intervenção do próprio diretor-geral.
A liderança absoluta da NVIDIA no fabrico de processadores específicos para a IA fez com que as ações da NVIDIA valorizassem 1200% nos últimos cinco anos. E isso levou a que alguns dos colaboradores mais antigos da empresa, que receberam ações como bónus ou pagamento de salário, se tornassem milionários. Isso leva a que olhem para o trabalho com mais serenidade e menos empenho. Estes não querem cargas de trabalho como aquelas que os recém-chegados à empresa têm!
Durante a última reunião interna da empresa, Jensen Huang respondeu a uma lista de perguntas dos funcionários. De acordo com treze deles e dois profissionais de recursos humanos consultados pelo Business Insider, uma das perguntas era sobre o declínio do desempenho destes funcionários milionários.
Na sua resposta, Jensen Huang afirmou que "[...] trabalhar na NVIDIA é como um "desporto voluntário", pelo que cada funcionário deve agir como "CEO" do seu próprio tempo". O administrador referiu ainda que se tratam de decisões que devem ser tomadas por adultos. Huang acrescentou que cada pessoa deve ter consciência do seu trabalho e trabalhar tanto quanto achar necessário, mas sempre com a responsabilidade do seu cargo.
Empresa não quer despedir ninguém
A política laboral da NVIDIA é uma das mais flexíveis e permissivas do Silicon Valley. Enquanto as principais empresas tecnológicas despediram grande parte da sua força de trabalho, o fabricante de chips manteve o seu firme compromisso de manter toda a sua força de trabalho. Os últimos cortes de empregos da NVIDIA foram em 2008. Aliás, oscilações nas vendas levaram a corte no salário do CEO!
A NVIDIA tem uma cultura de trabalho que coloca o empregado no centro. Jensen Huang é o seu principal porta-estandarte e tem servido para assegurar que os empregados mais antigos da empresa são apoiantes leais do seu diretor-executivo. Os recém-chegados não concordam com o facto de alguns dos veteranos negligenciarem os seus deveres devido à falta de motivação financeira.
Jensen está a levantar uma questão importante, que é "façam o raio do vosso trabalho".
Disseram alguns funcionários ao Business Insider.
Regra geral, as grandes empresas dispõem de sistemas de avaliação e de formação que permitem determinar o nível de desempenho dos seus trabalhadores e, em caso de queda pontual do desempenho, estes são encaminhados para programas de incentivo à sua produtividade.
Os empregados da NVIDIA disseram ao Insider que tais planos não existem na NVIDIA, pelo que a empresa não avalia o desempenho dos seus empregados e raramente os corrige quando a sua produtividade diminui. Isso faz com que os novos funcionários se sintam prejudicados com o trabalho dos seus colegas veteranos que se tornaram milionários com as ações da empresa. Quando a empresa deteta um caso, simplesmente transfere o empregado para outra equipa para ver se melhora.
Novos-ricos não querem continuar uma vida de trabalho intenso
Este não é um problema exclusivo da NVIDIA. O problema de fraco desempenho, com os seus empregados milionários, não é um caso isolado. Nos últimos tempos, tem-se verificado um número crescente de casos em que os primeiros empregados de empresas em fase de arranque se tornaram milionários, fazendo das suas empresas bolas na bolsa e trabalhando apenas o necessário.
Além disso, o aumento das contratações entre 2020 e 2022 fez com que muitos funcionários que recebiam salários próximos de um milhão de dólares não tivessem tarefas atribuídas.
Então são milionários e ainda trabalham ?? Para quê ?? Eu punha-me logo a andar e ia viver à grande e à francesa, como se diz.
Deve ser uma empresa horrível de se trabalhar com uma filosofia de trabalho flexível, descontraída e para piorar os funcionários são autorizados a enriquecer. Não admira que queiram sair.
Impressionante a necessidade de estar em todas….. enfim
só são milionários se venderem as ações, mas nao as vendem porque a esse preço ninguem as compra e o estado vai buscar impostos se o fizerem
nvda entre $400/500…continuo a comprar eu, reforcei ultimo down a 450. ! Obj a 2/3 anos…660/700. Qto aos impostos n ha nada a fazer; mas ha sp a hip de nao declarar, depende onde se tem.
Para um investidor de sucesso, tens uma péssima escrita, deixa que te diga
O próximo passo é investir num dicionário para ver se, com esses lucros, consegues pagar umas aulas de português
Se meteres no tradutor entendes que ele não ganhou coisa nenhuma ainda, só espetou para lá dinheiro à espera que cresça.
Deves perceber tantos de mercados financeiros como eu de lagares de azeite. Não digas asneiras.
Na Bondora o capital financeiro rende 6,25 /ano podes levantar quando quiseres e não é declarado.
Não sabes o que estas a dizer.
Isso não faz sentido nenhum!
Eles não querem é dividir. Paguem pra alguém trabalhar no lugar deles, a questão é que tem de pagar bem…
Queixinhas da geração Gen z … Não sabem esperar e ter calma. A NVIDIA está onde está graças a esses trabalhadores que deram tudo durante os primeiros tempos. Se estão mal com as politicas da empresa o que fazem melhor é sair.
+1
Estou na casa dos 30 e esforcei-me imenso para hoje ter casa própria e um bom cargo no meu trabalho. Atualmente, vejo jovens com 20 anos ou menos a entrar na empresa e a única coisa que lhes interessa é mindfulness, saúde mental e ambiente… ah, e pausas para café intermináveis. Parecem pouco preparados para trabalhar e aparentemente não têm vontade de evoluir
desses talvez haja mesmo alguns que estão bem alerta para a importância da sua saúde mental e para o valor do seu tempo livre. trabalhar não é viver, daí dizer-se que se está “mortinho que chegue o fim de semana” ou que a “vida são dois dias” 😉 para quem trabalha, claro está
Tiveste muita sorte, não digo que não tivesses esforçado muito para tal, mas conseguir isso actualmente e principalmente em Portugal é cada vez mais raro, porque estando numa época em que os filhos de agora têm menores condições financeiras que os seus pais e avós, é porque a coisa está complicada e se há excessões é porque há um desequilíbrio cada vez maior dos que ganham muito face aos que ganham pouco e não se deve há falta ou vontade dos trabalhadores…porque há de tudo, mas também se reflete nas empresas e patrões, também há empresas que não têm vontade de evoluir, que não dão prevestidas de evolução na carreira, que são subsídio-dependentes, que descartam trabalhadores assim que aparece um a abanar com um estágio profissional ainda por usar .. haver empresas onde os recursos humanos se preocupam mais com as regalias e as botas dos seus chefes do que os trabalhos que dão o litro, o trabalho físico também devia ser valorizado e não é o que acontece, e todos querem ser chefes de alguém e se for preciso pisar alguém pisam. Se não houver reconhecimento, transparência ou justiça salarial ninguém vai gostar de trabalhar numa empresa em que as chefias/patrões têm valoraziçoes salariais/aumentos de 4% e depois os trabalhos nas hierarquias mais baixas mas que dão o litro e fazem turnos e são chamados aos fds, ou a fazer horas extras que depois ficam num banco de horas, podem ter aumentos ou não ou serem aumentos que nem chega para um café.
Alguma vez estamos numa época em que é normal alguém ainda nos 30 já conseguir comprar uma casa própria só com a ajuda do seu ordenado? Nem nas duas gerações gold anteriores! Épocas em que os bancos pagavam 20 e tal porcento de juros e agora que mal se consegue poupar para quê, para meter o dinheiro que faz falta diariamente agarrado a um produto que nem vai gerar mais de 3%… Hoje em dia, se alguém disser que não janta fora todas as semanas ou se não compra um tlm novo ou não fizer férias para fora todos os anos, já estão a queixar-se que estão a fazer grandes sacrifícios…Portugal tem pouco tecido empresarial e uma grande maioria só nascem para os concursos públicos ou são subsídio-dependentes..e por isso que há uma grande vontade de quererem ir ou que vão mesmo para fora para poderem ganhar algum ou simplesmente para se sentirem valorizados, por isso é que Portugal está sempre na cauda da UE e não culpem só a classe trabalhadora por conta de outrem
resta saber o valor do “tornaram-se milionários” mas, pelo valor certo, se fossem mesmo inteligentes passavam a viver e deixavam de trabalhar de vez
No artigo: “Isso leva a que olhem para o trabalho com mais serenidade e menos empenho”
Descordo, olhar para o trabalho e não querer trabalhar não me parece que seja nenhuma serenidade!
Serenidade do ponto de vista do desafio, do stress do incentivo. Se estão milionários, estão mais serenos e sem empenho de outrora, como dizem os colegas.
Ok, Não me parece que seja uma boa aplicação do adjetivo “sereno” para quem está com “preguiça”, “desmotivação”, “deleixo”, “moleza”, falta de profissionalismo até.
Como sabes serenidade tem em norma uma denotação positiva. Coisa que certamente estes tipos não estão a ter é uma atitude positiva.
Mas pronto tudo bem já entendi o ponto de vista.
Para uma empresa com funcionários a ganhar 1M sem tarefa atribuída parece-me que efetivamente a mão de obra não faz falta.
No entanto o desleixe que quem é antigo na empresa e devia liderar pelo exemplo, pode contaminar os outros, esse é o problema.