Meta impede ex-funcionária de promover um “relato explosivo dos bastidores” da empresa
A Meta alcançou uma vitória inicial na sua tentativa de travar a divulgação de um livro controverso escrito por uma antiga executiva de políticas da empresa, agora denunciante. Um árbitro de emergência decidiu a favor da gigante das redes sociais e determinou que a autora deve cessar a venda e promoção da obra, que foi lançada esta semana.
Ex-funcionária da Meta afirma ter um "relato explosivo dos bastidores"
A polémica gira em torno do livro "Careless People", da autoria de Sarah Wynn-Williams, que anteriormente trabalhou na gestão de políticas do Facebook e que, segundo a Meta, foi despedida em 2017.
A editora descreve o livro como um "relato explosivo dos bastidores", no qual Wynn-Williams revela detalhes sobre os esforços de Mark Zuckerberg para expandir o Facebook na China há cerca de uma década.
A autora também faz acusações sobre a conduta inadequada de Joel Kaplan, atual responsável pelas políticas da Meta, e expõe situações embaraçosas que envolvem Zuckerberg e líderes mundiais.
O livro só foi anunciado na semana passada, mas a Meta reagiu de imediato e conduziu uma agressiva campanha de relações públicas contra a obra, classificando-a como "um livro novo de notícias antigas". Vários ex-funcionários também contestaram publicamente as versões dos factos apresentadas pela autora.
Sarah Wynn-Williams hasn't worked at Meta in eight years. She was fired for poor performance and toxic behavior and an investigation at the time determined she made misleading and unfounded allegations. Her book is a mix of old claims and false accusations about our executives.
— Andy Stone (@andymstone) March 10, 2025
Paralelamente, a Meta recorreu a um processo de arbitragem para tentar impedir a divulgação do livro, alegando que Wynn-Williams violou um acordo de não denegrir a empresa. O árbitro de emergência, Nicholas A. Gowen, determinou que a autora deve cessar imediatamente a emissão de comentários negativos sobre a Meta, assim como interromper a distribuição da obra.
No entanto, não está claro como esta decisão afetará a comercialização do livro, que já se encontra à venda. A Flatiron Books, editora do livro e também visada na queixa da Meta, ainda não comentou o caso.
Esta decisão confirma que o livro difamatório e falso de Sarah Wynn-Williams nunca deveria ter sido publicado.
Foi necessário recorrer à justiça devido às ações de Williams, que, mais de oito anos após ter sido despedida da empresa, ocultou deliberadamente a existência do seu projeto literário e evitou o habitual processo de verificação de factos da indústria, de modo a lançar apressadamente o livro.
Afirmou Andy Stone, porta-voz da Meta.
Leia também:
Se calhar é de interesse público que se saiba o que se passa naquele queijo suiço
Se não tiver provas, tudo o que escreveu pode ser mentira, logo não tem interesse nenhum.
A editora diz que vai continuar a venda do livro – porque a ordem do juiz-árbitro impede a autora de o promover e de dizer mal da Meta, mas não proíbe a venda do livro 🙂
https://www.theverge.com/news/629347/meta-careless-people-flatiron-books-macmillan
Nesse caso, a editora esfrega as mãos de contente. Tudo isto é marketing gratuito.
Curioso não é. Isto mostra o quê. Acabem com esse tipo de coisas, faces, x, etc,etc,etc. Ai velhos tempos.
“[…] Ela foi demitida por mau desempenho e comportamento tóxico”
Só isso aqui já diz muito.
Cultura típica em muitas empresas.
Vê se que ainda não teve de lidar com essas dos cabelos florescentes senão não fazia esse comentário.
Se calhar foi classificada como tóxica por tentar mudar a toxicidade já presente? Um polícia no meio dos ladrões, vai ser “tóxico” com certeza.
Não entendo, não conseguiram fazer-lhe uma espera à saída? Não tiveram tempo? Não contrataram ninguém para o serviço?
Nao trabalhava para a Boeing
Ou seja, a Meta quer fazer censura, e manipular a opinião pública. Um ex-funcionário não tem obrigação nenhuma perante a sua antiga empresa.