Já é mais do que sabido que os EUA não mostram grande empatia para com os produtos e marcas chinesas. Apesar de a Huawei ser a empresa mais fustigada neste cenário, outras marcas do país asiático são também prejudicadas com as várias barreiras impostas.
No entanto agora um juiz bloqueou as restrições dos EUA contra a Xiaomi. Para além disso, o juiz diz não acreditar que a fabricante chinesa seja uma ameaça à segurança nacional norte-americana.
Foi ainda antes de Donald Trump deixar o seu cargo de presidente que o Departamento de Defesa designou a Xiaomi como uma “empresa militar comunista chinesa”. A marca chinesa foi assim sujeita à ordem executiva de Trump que proibia os Estados Unido de investir e negociar com estas empresas.
Como resposta, a Xiaomi colocou os EUA em tribunal para evitar estar banida. Segundo a chinesa, as restrições dos Estados Unidos causariam “danos extremos e irreversíveis” aos seus negócios. Além disso, a marca defende que funciona “em conformidade com as leis e regulamentos relevantes das jurisdições onde os seus negócios atuam”. Na altura um porta-voz da Xiaomi afirmou mesmo que a empresa “não pertence, não é controlada nem afiliada aos militares chineses, não sendo assim uma empresa militar comunista chinesa”.
Juiz suspende restrições dos EUA à Xiaomi
Um juiz federal impediu nesta sexta-feira (12) o Departamento de Defesa dos EUA de impor restrições à Xiaomi. Estas restrições deveriam ser aplicadas já a partir da próxima semana, mas assim ficam para já suspensas.
O juiz Rudolph Contreras emitiu uma liminar para evitar aquilo que apelidou de “dano irreparável” à Xiaomi, referindo que a designação dada pelo Departamento de defesa era “arbitraria e caprichosa”. Contreras questionou o argumento de Trump de que as “empresas civis chinesas”, como a Xiaomi, permitem que o governo chinês “ameace diretamente a pátria dos Estados Unidos”.
O tribunal está um tanto cético de que importantes interesses de segurança nacional estejam realmente implicados aqui.
Referiu o juiz Rudolph Contreras.
Em comunicado, a Xiaomi disse que continuará a solicitar que a designação CCMC (Chinese Communist Military Company) seja removida permanentemente.