Depois de forçarem a venda do TikTok, os legisladores norte-americanos viraram as suas atenções para a DJI. As autoridades consideram que a empresa de drones é uma ameaça à segurança nacional, pelo que vão tentar encerrar a sua atividade a todo o custo.
Depois do TikTok, poderá ser a DJI
De acordo com o The New York Times, a DJI enfrenta uma possível proibição de voo nos Estados Unidos (pela 2ª vez). O projeto de lei colocaria os drones numa lista da Comissão Federal de Comunicações, o que os impediria de operar na infraestrutura de comunicações do país. A proposta tem um forte apoio bipartidário, alimentado pela ansiedade em relação ao acesso da China a dados sensíveis.
Os legisladores suspeitam que os drones da DJI poderiam estar a recolher informações sobre infraestruturas críticas e a enviá-las para a China. A DJI nega veementemente estas alegações e sublinha a segurança dos seus produtos. No meio do fogo cruzado estão os utilizadores comuns, uma parte significativa do negócio da DJI.
A guerra comercial entre os EUA e a China é fundamental para aumentar a pressão e a recente venda forçada do TikTok reforça ainda mais o argumento a favor de uma regulamentação mais rigorosa da tecnologia chinesa nos EUA.
A empresa está a lutar, mas as probabilidades estão contra ela
Há alguns meses, o Ministério da Defesa proibiu a compra de drones da DJI, enquanto outras agências federais a deixaram de fora dos seus orçamentos. A luta contra a empresa chinesa começou no final de 2021, quando o Departamento do Tesouro dos EUA adicionou a DJI à sua lista negra por promover a vigilância biométrica e espiar as minorias chinesas.
De acordo com a agência governamental, a empresa-mãe da DJI forneceu drones ao Gabinete de Segurança Pública de Xinjiang. Ao ser colocada na lista negra, as empresas norte-americanas não podem investir na DJI, embora esta não esteja impedida de vender os seus produtos.
A DJI representa um risco inaceitável para a segurança nacional e está na altura de os drones fabricados pela China comunista serem retirados dos Estados Unidos.
Afirmou Elise Stefanik, representante republicana de Nova Iorque. John Moolenaar, um republicano, acrescentou que é necessário construir uma indústria de drones robusta e competitiva nos EUA. A ameaça não foi bem recebida pela DJI, que afirma que os seus drones cumprem as regras de segurança.
Os nossos produtos são concebidos e destinados a promover o bem geral e a beneficiar a sociedade.
Afirmou Regina Lin, porta-voz da DJI.
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