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Estamos a ficar sem noite! A culpa é da iluminação LED

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Pedro Pinto


  1. ElectroescadaS says:

    Só a iluminação LED é que é a culpada da ausência da Noite?

    • Hugo Gomes says:

      A iluminação nao é a culpada nos seres humanos é que somos fomos nos que a inventamos e a distribuimos a nosso belo prazer. Porque poupamos nas nossas contas da luz mas nos o fazemos porque vivemos no mundo que o que manda é a coisa pior do mundo, o dinheiro, precisamos dele para sobreviver, mas muitos e pelo poder,gansncia, ego. E nao vem que estamos a prejudicar muita coisa

      • ElectroescadaS says:

        Na questão de iluminação de lâmpadas tubulares de LEDs (60,1.20 & 1,50m) tenho reparado que estas lâmpadas sendo mais fracas de potência também irradiam menos Lumens que as fluorescentes actuais…

        • AJEIRAS says:

          Boas, isso é porque compras lâmpadas de fraca qualidade e baixo preço.
          As que eu vendo tem mais lumens e muito menos potencia que a tubulares.
          Não compares lâmpadas led com lâmpadas de filamento e muito menos de halogéneo.
          Vai ao GOOGLE e aprende um pouco antes de falar ok.

          • ElectroescadaS says:

            Diz o vendedor de banha da cobra… 😈

          • ElectroescadaS says:

            Não sabia que lâmpadas da marca PHILIPS são de baixa qualidade e fraco preço. Foram adquiridas lâmpadas tubulares de 60, 1.20 e 1.50m para o meu emprego (do qual não tenho poder de decisão sobre compras de equipamentos/materiais) e já tive a oportunidade de alterar algumas armaduras fluorescentes duplas de 58 Watts (obrigado Google pela ajuda nas ligações) para tubulares LEDs de 20Watts (com o mesmo comprimento). A nível de Lumens notei grande diferença (fluorescente com 5000 Lumens e LED com 2000 Lumens do mesmo tamanho), a nível de cor é idêntica. O que me parece nas lâmpadas tubulares é que se consegue melhor claridade se forem colocadas em armaduras duplas e não simples dependendo claro está da divisão que vai ser iluminada. Na questão de Iluminação exterior (publica) tenho passado por ruas onde se nota a iluminação de LEDs e para mim a claridade é a ideal para o que se se pretende duma iluminação deste tipo.

    • Pedro Pinto says:

      Não dever ser só…mas o estudo diz que a iluminação LED é uma das principais.

      • Miguele says:

        nao faz sentido visto que o artigo fala da iluminação publica, que usa lampadas HPS que estao a ser trocadas por LED.

        Se for-mos ver uma tabela de fabricantes W por lumens, nota se que o LED nao é mais eficiente que as antigas limpadas de HPS.

        Conclusão: o empreiteiro mete pampadas LED de mais baixa potencia (que acaba por ficar com menos luz a rua) mas como a lampada dá uma cor mais branca desfarca bem. e la se vai a teoria do LED

      • Mlopes says:

        @pedro pinto talvez se não tivesses apagado o meu post de ontem que dizia que nada dobque está no artigo coincide com o título e que a culpa é da ignorância quase generalizada dos decisores, já tivesses percebido a barbaridade que é atribuir a “culpa” aos led.
        não é o facto de se poupar utilizando led que faz aumentar a poluição luminosa.
        o que faz aumentar a poluição luminosa é o aumento da área iluminada, muitas vezes desnecessáriamente, iluminar recorrendo a luminárias que que não focam a luz apenas onde é necessária (no chão) e utilizando temperaturas de côr totalmente desajustadas.
        tudo isto é fruto da ignorância dos decisores e é um problema que vem, pelo menos, desde a inteoduçãp das lâmpadas de vapor de sódio.

      • manuel says:

        Em minha opinião deveria ser regulada a intencidade da luz LED, tanto em iluminação pública como em semáforos ou reclamos, como os das farmacias que estão sempre no máximo que quase não se conseguem ler…
        Até parece que já se fizeram contas em relação à poupança na redução de intencidade dos LED.

  2. Ricardo Sampaio says:

    Infelizmente é verdade, cada vez mais é complicado uma pessoa se dedicar a astronomia / astrofotografia sem tem de fazer dezenas e centenas de km por uma area escura…

  3. Pedro says:

    Mas afinal, qual a relação entre o LED e a poluição luminosa?

    • Vítor M. says:

      Dizem os entendidos que é o brilho.

    • Luis Rodrigues says:

      O problema não está nos LEDs mas sim em quem escolhe a cor branco frio (menos amarelo) para colocar nas ruas. Esta cor, branco frio, tem mais componente azul que as lâmpadas que até agora eram usadas (vapor de sódio), que tinham bastante componente espectral na região do amarelo. Segundo vários estudos, a luz azul altera o ciclo circadiano dos seres vivos uma vez que estas grandes concentrações de luz azul só se verificam na natureza durante o dia. Isto é uma forma muito grave de poluição luminosa: não só é em excesso (devido ao mau planeamento e à falta de respeito pela natureza), como também é exatamente aquele “tipo” de luz que faz mal aos seres vivos.
      Para quem tiver mais alguma curiosidade sobre o assunto fica aqui este artigo: https://spectrum.ieee.org/green-tech/conservation/led-streetlights-are-giving-neighborhoods-the-blues

      • PSS says:

        Esse espetro azul do branco frio, acima dos 5000K (aproximadamente), “excita” mantendo-o em alerta.
        (apenas complemento a (boa) explicação dada por Luis Rodrigues)

        • Mlopes says:

          não é uma questão de excitação, é uma questão da desregulação do ciclo circadeano (vigilia/sono) através da alteração da produção da melatonina

        • Miguele says:

          exite leds de cor amarela, em vez do branco/azul, só que como o led tem uma eficiência inferior as lampadas tradicionais o que se faz é meter leds brancas para “pintar” que se esta a consumir menos luz, mas no fundo o que se esta a fazer é a projectar uma luz azul apenas numa regiam(a estrada), enquato as lampadas antigas davam uma luz amarela mais dispersa .

        • Mlopes says:

          ser led é totalmente irrelevante.
          podem ser lampadas do que quiseres que o problema de fundo, poluição luminosa, existirá sempre se optares por iluminar desnecessáriamente e/ou com as luminárias erradas que não concentram a luz exclusivamente onde ela é necessária e/ou utilizares a temperatura de côr errada.
          esquece a “culpa” dos led, isso é desinformação

        • Luis Rodrigues says:

          Até há uns anos atrás tinha à minha porta uma luminária pública de cor branco frio que não era LED. Eram as lampadas de vapor de mercúrio de alta pressão que tem uma eficiencia cerca de metade dos LEDs. Portanto, a culpa é de quem coloca LEDs com esse tipo de branco em vez de optar por LEDs mais “amarelos” que não prejudiquem tanto a saúde das pessoas como do resto da natureza. Talvez devesse haver normas europeias a regular a iluminação pública (não sei mesmo se há ou não).

      • XYZ says:

        Eu por acaso ja me apercebi disso das cores… Ainda no outro dia anfei a mudar as lampadas todas para led can em casa, troquei as velhas lampadas redondas De 40W port umas equivalentes em LED mas só com 3W, que comprei no bricomarché.
        Meti branco na sala e cozinha, quartos e casa de banho foram amarelas assim a fugir para o vermelho tipo pôr do sol para nao prejudicar tanto o sono. Agora durmo ainda melhor que com as lampadas redondas que ofereciam aquela luz amarelada tipo sol ao meio dia, muito melhor…

        • Luis Rodrigues says:

          Belo exemplo. Aqui vai outro: um bar na minha zona mudou de proprietário que colocou LEDs branco frio. Nas primeiras semanas muitas pessoas sentiam um desconforto/ansiedade, algumas dor de cabeça e não sabiam porquê. A explicação é simples: o cérebro estava num local de relaxamento mas tinha indicação, pelo tipo de luz ambiente, que era suposto manter-se alerta e focado. Para piorar a situação é um bar de fumadores e o branco frio a refletir no fumo causa uma sensação de grande desconforto porque fica tudo baço. O proprietário desligou algumas dessas luminárias e colocou filtros coloridos em outras tantas, diminuindo a quantidade de luz azul no ambiente e já não é frequente haver tantas “queixas”.

  4. F Gomes says:

    Poluição luminosa e poluição ambiental são os dois piores inimigos para os astrónomos. A luz que irradia da iluminação pública das cidades e vilas fazem “perder a noite”, ou seja, o escuro do céu, para poder visualizar astros, planetas, constelações, etc..

  5. Alfie says:

    A causa não está nos LED’s mas na cabeça de quem planta este excesso de luminárias. São crianças que ainda não perderam o medo do escuro!

  6. Hugo Gomes says:

    Como o led tem maior luminosidade a noite deixa de ser noite. Imagine se quem nasceu em 1980 apanhou aqueles candieiros da edp com os chamados olhos de boi que nao iluminavam nada, a noite nao se reflectia tanto no ambiente. Mais tarde por conta do ano 2000 ja se começava a ter muitas lampadas de vapor de sódio que iluminava de uma cor cor de laranja, iluminava uma grande área nas auto estradas entao na altura eram as melhores. Nos dias de hoje o led é bem melhor basta nas nossas casas susbtituir uma lâmpada de filamento de 40w por uma economizadora de 40w e se a substituímos por uma led de 4w vai se notar bem a diferença na intensidade da luz. Isso ao ser humano tem influência, de notar que se a noite tivermos num sítio com luz branca ta a dizer ao nosso organismo que é dia apesar de ser noite. É o mesmo que antes de nos deitar mos estamos de luz apagada a ver tv ou ao telemovel ou a jogar pc a luz que incide no nosso globo ocular vai dizer que ainda não é noite. Claro que muitos vao dizer e tal que dormem na,mesma mas nao é a mesma coisa, o ser humano é um ser diurno o nosso corpo trabalha consoante a luz. Quem trabalha num emprego por turnos ou trabalho nocturno pode fazer a experiencia. Quem trabalha de dia tirem uma foto a essa pessoa durante uma semana ou 2 e se a meterem a trabalhar duas semanas so a noite tirem outra foto. Os resultados sao bem visíveis. Ora se sao visíveis em nos na meio ambiente que nos rodeia faz o mesmo

    • Joao says:

      Excelente comentário!

    • Mlopes says:

      desculpa mas os led não “têm maior luminosidade”
      a iluminância dos led será apenas e só a que os decisores quiserem que tenha, tal como a direção da sua luz. de resto concordo com o teu comentário

    • XYZ says:

      Esta provado cientificamente (nao posto link porque vi no discovery channel – ou foi no odisseia? Foi nalgum canal desses) que se tivermos de dormir iremos dormir, o nosso organismo nao distingue dia e noite, tem de dormir dorme…
      Porem, habituamo-nos a dormir de noite, entao quando nos sentimos cansados o nosso corpo esta a espera que esteja escuro…
      Por exemplo, até, peguem numa pessoa que esta sempre a dormir a diferentes horas, seja noite ou dia, essa pessoa dorme e fica cansada e dorme bem. Claro esta, que mesmo com os olhos fechados, estes continuam a “gravar”, entao mesmo fechados continuamos a ver a luz…
      No entanto, é para isso que as portadas, cortinas e assim servem, para meter o quarto escuro…

      • Luis Rodrigues says:

        Concordo em parte. A forma como a luz afeta o sono deve-se à libertação de hormonas do sono quando estamos perante uma condição específica de luz (mais amarela). A parte dos olhos estarem fechados e continuarem a ver é verdade. Penso que também o resto do nosso corpo “vê” (teoria minha não pesquisada nem validada), ou pelo menos consegue captar luz do sistema que complemente alguma informação. O mesmo acontece com o som: temos percepção sonora em todo o nosso corpo. Veja-se o exemplo de um concerto de uma banda com um sistema de som potente onde todo o nosso corpo vibra. Podem testar isto ouvindo musica em casa, fechando os olhos e vêm que as frequências mais graves sentem-se no abdómen/tórax, as médias na zona do pescoço/boca e as agudas sentem-se acima dos olhos. Há algumas pessoas que estudaram este tipo de percepções. As plantas não têm olhos e percebem até que hora do dia é pela luz que recebem.

  7. AFontes says:

    Na minha sincera opinião a culpa de estarmos a ficar sem noite é do encerramento do Urban, Lisboa está mais vazia!

  8. Asdrubal says:

    Engraçado de como as luzes em Portugal são mais amarelas do que em terras castelhanas.

  9. Arlindo says:

    As luzes LED, apesar de fazerem poupar na fatura da Luz, têm algumas consequências nefastas! Está estudado.

    Comparando com as lâmpadas incandescentes, o conforto visual é menor. O LED Azul (que é um dos componentes da luz branca) está provado que tem efeito agressivo no sono.

    É por isso que não concordo com a decisão europeia de proibir a compra de lâmpadas de halogéneo já em 2018. Ou pelo menos não concordo que deixemos de ter essa opção. Podiam agravar os impostos, mas não extingui-las. Afinal, também é isso que se faz com o tabaco (sobretaxar, mas não proibir!), não é? Porque é que aqui têm logo que proibir?

    • PSS says:

      Se a indústria conseguiu infiltrar em massa a fluorescente compacta (das piores fontes de luz), consegue extinguir a melhor fonte de luz artificial que temos, a de incandescência. Alem do índice dw restituição cromático baixo e emissão de UV, sempre que descartamos uma lâmpada, descartamos componentes electrónicos bons (ainda em funcionamento).

    • Luis Rodrigues says:

      “o conforto visual é menor”
      Talvez te estejas a basear em lampadas baratas em que o tipo de cor, flickering, diagrama de radiação, etc, não seja grande coisa. A acrencestar existe o Color Rendering Index que é uma métrica do quão bem consegues percepcionar as cores. No caso do LED é superior a todas as lâmpadas que tinhamos normalmente em casa.
      “efeito agressivo no sono”
      O halogéneo também tem luz azul. Caso contrário não era luz branca. O problema está na temperatura de cor dos LEDS. Seleciona LEDs mais amarelos em zonas da casa mais usadas à noite e onde não seja necesserário realizar trabalhos de precisão ocular. Estou a falar de salas de estar e quartos. Cozinhas recomendo luz fria, uma vez que há diversas operações que requerem um maior esforço ocular e a luz azul ajuda-nos a isso.
      Aposto que tamém concordas em controlar remotamente todos os outros dispositivos que emitem luz azul a partir de uma determinada hora (computadores, telemóveis,…). Essa questão da proibição tem componente parte politico-económicamuito forte, como refere o PSS. Mas não são necessárias lâmpadas de halogéneo uma vez que têm muito baixas eficiências. Se eu mandasse também proibia todo o tipo de lâmpadas fluorescentes devido a todos os problemas ambientais como o mercúrio. LED gasta pouco, ilumina melhor, tem maior longevidade, baixo impacto ambiental na produção e fim de vida, etc…

  10. Joao ptt says:

    Pensava que existia uma directiva europeia que supostamente forçava as iluminarias públicas a só iluminar para baixo precisamente para reduzir o problema da “poluição luminosa atmosférica” que impedia nomeadamente de ver o céu estrelado… mas o problema é que nos municípios é tudo uma cambada de burros e continuam a deixar colocar/ a promover iluminarias que iluminam mais que o chão e iluminam tudo à volta e muitas até claramente para cima em direcção ao céu… em especial aqueles de jardim em formato de bola transparente é um “mimo”… e se alguns ao início têm protecções quando mudam as lâmpadas as protecções tendem a desaparecer e então é a loucura da iluminação para todo o lado.

    E sim, a luminosidade também pode ser um problema se incidir nos passeios brancos/ claros que tanto gostam de “plantar” cá em Portugal que quando está Sol só se consegue andar na rua com óculos de Sol.

  11. Asdrubal says:

    Coitado do pessoal da noite…

  12. B@rão Vermelho says:

    A culpa é das discotecas e dos bares 😉

  13. KNIGHT says:

    Quando fecho a porta do meu quarto tudo fica escura, esta matéria é falsa e o homem não pisou na lua, e meu teclado é iluminado na cor azul, boa noite.

  14. Belmiro says:

    Por isso há tantas agressões na noite, é da luz …

    Mais uma vez muita confusão: este estudo é da iluminação toda e não só LED. A poluição luminosa em grandes cidades com painéis de publicidade estilo nova Iorque ou cidades asiáticas ligados 24h/dia, essa sim é muita em Led.

  15. JM says:

    Nada de novo debaixo do Sol.

    In 1865, the English economist William Stanley Jevons observed that technological improvements that increased the efficiency of coal-use led to the increased consumption of coal in a wide range of industries. He argued that, contrary to common intuition, technological progress could not be relied upon to reduce fuel consumption.

    https://en.wikipedia.org/wiki/Jevons_paradox

    • Luis Rodrigues says:

      Uma coisa é o avanço tecnológico e outra completamente paralela é o “avanço económico”. Veja o caso dos carros elétricos que aparentemente poluem muito mais no momento do seu fabrico que um carro a gasolina a circular por uns anos (artigo lido talvez por aqui pelo pplware). Veja-se o caso já aqui falado nos comentários das lâmpadas económicas fluorescentes que consomem menos mas são altamente prejudiciais ao ambiente.
      Se para todos os produtos que fossem lançados no mercado, a dizer que eram mais eficientes e amigos do ambiente, houvesse uma confirmação científica de que todo o processo e uso do mesmo fosse realmente assim, aí estávamos no caminho do desenvolvimento tecnológico. Neste momento é só mesmo marketing, porque as empresas que os produzem sabem perfeitamente que não são assim tão bons para o ambiente.

  16. bola says:

    Como seisto fosse uma preocupação importante como o aquecimento global, a desflorestação etc… Enfim….

    • Luis Rodrigues says:

      Percebo que olhe de lado para as afirmações que foram feitas porque à partida parece não haver relação, mas sugiro uma leitura de um artigo de um link que postei acima e alguma pesquisa da sua parte antes de rejeitar completamente observações feitas por cientistas que perdem o tempo da vida deles a tentar fazer com que a sua seja um pouco melhor.

  17. Lisbon lover says:

    Daí o céu laranja em Lisboa pelas 20 e picos…

  18. Hughz says:

    O problema é a temperatura da luz que escolhem para a iluminação pública, que está mais perto do ultra-violeta do que deveria estar, uma vez que é uma iluminação que é usada para iluminar ambientes nocturnos. Este tipo de luz “fria” é bom para iluminar ambientes públicos durante o dia (túneis, por exemplo) e objectos durante a noite e é excelente quando se iluminam objectos reflectores e por isso tem sido opção das marcas de carros para os faróis, apesar de ser pouco eficaz com chuva e nevoeiro precisamente pela mesma razão que acabei de referir: ser muito boa a iluminar objectos reflectores, porque a chuva e o nevoeiro reflectem a luz. Todos as vantagens que a tornam boa para iluminar objectos, transformam-se em desvantagens quando se tentam iluminar ambientes nocturnos mais vastos onde qualquer tipo de reflexo parasita é indesejado (como ruas, estradas, praças, etc.) com este tipo de luz “fria”. Todos os objectos que possam reflectir luz para onde quer que seja, vão fazê-lo com muito mais intensidade perturbando os condutores e os peões, pois aumenta a poluição luminosa em todas as direcções.

    Não sei se por uma questão de moda ou se porque acham mais bonito, os municípios têm escolhido LEDs de cor azulada para a iluminação pública, quando nunca deveriam ultrapassar os 4000K e já estou a falar de casos extremos para locais onde fosse necessário maior percepção das coisas por parte das pessoas (como grandes praças, intercepções importantes em auto-estradas ou nas cidades, cruzamentos mais movimentados, etc.). O ideal seria mesmo 3500K para a maioria das ruas, que oferece uma temperatura de luz que não é excessivamente amarela mas que continua a ser confortável para os olhos sem perturbar os ciclos naturais de plantas e animais por ser uma temperatura mais próxima do infra-vermelho, e que permite a visualização correcta das cores durante a noite (não é que isso seja muito importante para quem anda na rua, desde que se distinga o verde, amarelo e vermelho, é suficiente. A distinção de todas as cores durante a noite é uma falsa questão quando se fala de iluminação pública).

    Pelo menos no Porto, cidade onde habito neste momento, a introdução de luminárias LED nas ruas tornou a iluminação pública completamente desconfortável devido ao facto de usarem luz “fria” sendo assim reflectida por tudo o que está a iluminar e inadequada em muitas das ruas pois não emite iluminação suficiente nuns casos e emite iluminação excessiva noutros. Já para não falar no foco da luz não ser uniforme e que em algumas ruas incide logo abaixo da luminária, noutras incide mais à volta e ainda há outros casos em que parece que incide onde calha. É o verdadeiro “far west” da iluminação.

    • Pedro Alves says:

      é uma questão de gosto ou sensibilidade. dou-me mal com luz amarela, para mim tem que ser o minimo 6000k, principalmente em casa. ate cheguei a ter leds a 9000k e 12000k, que ja é raro de se encontrar!!

      • Luis Rodrigues says:

        Não me leves a mal mas serás daltónico? 9000k é azul e 12000K é quase só ultravioleta. Preferir branco frio (6000k) a branco quente (3000k) é uma questão de gosto. Mas esses valores que falas são completamente fora dos padrões.

        • Pedro Alves says:

          depende do espectro de cada fabricante. hoje quando vais comprar nas lojas comuns a realidade é 3000k warm white, 4500 natural white e 6000k cool white. acho que já arranjaram um “consenso” da cor, mesmo por vezes o espectro em “k” da cor seja diferente. mas eu faço caixas de luz e ja fiz umas quantas para fotográfica, e tinha um fabricante que fazia 9000k que se comparares com as convencionais de hoje de 6000k, verificavas que são azuladas as de hoje. as que tinha de 9000k era tao branco tao branco que não se conseguia olhar directamente!

    • Luis Rodrigues says:

      Excelente comentário. Completamente de acordo. Não conhecendo o caso do Porto posso dizer que um pouco por toda a zona centro/norte se vê muita asneira feita tanto a nível da temperatura de cor como do diagrama de radiação das luminárias completamente desajustado aos locais.

    • Dirk_Diggler says:

      Tem a ver com o IRC – índice de restituição de cores. A cor não pode ser demasiado quente nem fria. Antigamente as luzes eram amarelas porque eram ou de vapor de sódio – super baratas, baixo consumo e duravam anos.
      A melhor lâmpada com o melhor IRC era e são as lâmpadas de halogéneo (IRC perto do 100 – por isso é que exitem muitas nas lojas de roupa sobre as prateleiras), mas não vais colocar lâmpadas dessas nas vias públicas, caríssimas. Com a diminuição do preço do material electrónico, os LED tornaram-se num produto acessível. A luz é perto da branca para identificar eficazmente todos os objectos num ambiente nocturno.
      Segue a imagem para veres a diferença.
      http://cdn.cnn.com/cnnnext/dam/assets/140206225650-02-los-angeles-led-horizontal-large-gallery.jpg

  19. Dirk_Diggler says:

    Treta.
    Não é pelo LED. A substituição das lâmpadas de vapor de sódio por lâmpadas LED, pode não significar maior luminância.
    É pelo excesso de luminárias que existem em vários países. Portugal é um deles. Se viajarmos de avião sobre a Alemanha e a França, não têm nem 1/10 da nossa iluminação nas zonas rurais e nas zonas urbanas é parecido. Trabalho numa empresa alemã e costumo lidar periodicamente com várias nacionalidades, mas nomeadamente alemães. Já falamos sobre isto uma duas ou três vezes, e eles dizem que nós temos demasiada iluminação, que a distância entre os postes é demasiado pequena.

    Mas para nós existe uma simples justificação. Basta verificar quantos fabricantes de luminárias existem na zona de Águeda, quantas marcas internacionais têm cá fábricas e como são os cadernos de encargos dos concursos nas câmaras municipais, e que os controla ultimamente.

    Existem muitos interesses.

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