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Huawei sofre novo revés com os seus smartphones Android na Europa

Ainda que o bloqueio dos EUA à Huawei não tenha afetado a capacidade da fabricante fazer chegar os seus smartphones Android aos consumidores, a incerteza já paira no ar. Em boa verdade, o pior cenário possível para a empresa advém sobretudo dos temores dos consumidores e isso já se verifica na Europa.

Mais concretamente na Alemanha, um dos maiores mercados da Europa, as vendas caíram a pique.


Uma incerteza que abalou a confiança dos consumidores neste mercado europeu. Sobretudo quando se trata de um dos maiores mercados internacionais da tecnológica e que viu nascer a sua parceria com a Leica. No entanto, de acordo com o relato da WinFuture, as vendas caíram drasticamente.

A Europa é crucial para a Huawei

E ainda que o continente não se esgote neste mercado, certo é que a Alemanha é um dos motores da economia europeia. Ao mesmo tempo, era um dos mercados que mais procurava os smartphones desta empresa. Contudo, nas semanas que se seguiram à decisão executiva de Trump, o medo instalou-se.

De acordo com a mesma fonte, os smartphones Android da Huawei representaram 6% do volume de vendas nos últimos dias de maio. Na Alemanha, o mercado reagiu quase de imediato à direção tomada pelos EUA. A fabricante passou de 26% para 6% de quota de mercado neste país da Europa.

Por oposição, as demais fabricantes de smartphones viram as suas quotas de mercado a estabilizar nesse mesmo período. Algo que nos mostra o escopo restrito desta reação por parte dos consumidores. De igual modo, nos primeiros dias de junho a situação ter-se-á mantido nos moldes supracitados.

A Alemanha está a rejeitar os smartphones Android da Huawei

O consumidor alemão, à semelhança de grande parte da Europa, opta por adquirir smartphones desbloqueados. Cenário completamente oposto à realidade norte-americana onde a grande maioria dos dispositivos é vendido com um vínculo à operadora, sendo este outro dos fatores a ter em conta.

Portanto, quando fontes próximas da indústria apontam uma queda de 50% no volume de vendas de smartphones Huawei em superfícies físicas como a MediaMarkt, os sinais de alerta são óbvios. Ao mesmo tempo, as vendas na cadeia de venda a retalho da Saturn também terão registado uma queda similar.

 

 

As consequências afetam ainda a empresa satélite da Huawei, a Honor. Esta, viu os seus dispositivos Android a registar uma quebra em torno dos 40% na procura. Note-se que, em todos estes casos o fenómeno foi registado ao longo das últimas semanas, retratando a realidade alemã.

Podem as operadoras segurar a Huawei?

Ainda que a maioria dos smartphones adquiridos seja além das operadoras, estas continuam a ser preponderantes para o sucesso, ou insucesso de uma fabricante. Não obstante, também neste segmento as notícias são cruéis para a Huawei. Ao que tudo indica, o setor empresarial está a retrair-se.

A mesma fonte aponta uma ausência de procura por parte de clientes empresariais para os smartphones da Huawei. Além disso, estão a evitar qualquer tipo de acordo significativo com a empresa, face à sua gradual, mas consistente, ostracização pelos EUA e por toda a sua esfera empresarial.

Muitas outras empresas estarão a fazer adendas à última da hora para precaver novas quedas da empresa, precavendo já os seus interesses. Na prática, colocando no papel a possibilidade de troca dos seus terminais pelas ofertas de marcas rivais, não visadas pelo bloqueio dos EUA.

 

 

Como resultado, a procura pelos smartphones da Huawei caiu, por conseguinte, o preço dos seus dispositivos também. Com menor procura, os preços de venda ao público também estão a ser reduzidos. Ao propósito, vemos acima um gráfico representativo do preço médio de venda do Huawei P30 Pro.

Uma espiral recessiva, alimentada pelo medo?

Assim, em poucos meses após a sua apresentação, o Huawei P30 Pro já baixou para cerca de 742 euros na Alemanha. Uma tendência que se pode alastrar aos demais mercados da Europa. Tudo isto alimentado pelos naturais temores dos consumidores.

Num cenário normal, quando a procura diminui, o preço do produto costuma diminuir também para voltar a estimular o interesse. Aqui, contudo, os preços em baixa dos smartphones Android da empresa podem não ser o suficiente. Enquanto isso, o futuro da empresa pode passar pelo seu novo Ark OS.

Veja-se ainda, referente agora ao Reino Unido, o seguinte trecho:

Mas o medo por parte dos consumidores em relação à Huawei já se faz sentir também por cá. Nas últimas semanas, quase diariamente chegam ao Pplware leitores a expressar as suas reticências quanto à marca, principalmente de quem até estava a ponderar trocar de smartphone para um novo modelo Huawei.

Este receio acaba por fazer sentido dada a quantidade de notícias em torno da marca. Contudo, a marca e mesmo as próprias empresas que trabalharam até então ao lado dela, já vieram garantir que os modelos disponíveis no mercado, mesmo os que ainda não foram comprados, não serão afetados, sendo garantida segurança e as atualizações que forem sendo lançadas.

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