Hacker mais valioso do mundo em 2024 é português
Numa competição que decorreu em Las Vegas, Estados Unidos da América, nos passados dias 6 e 7 de agosto, e onde só participam hackers éticos por convite, André Baptista, voltou a revalidar o título de hacker mais valioso do mundo.
Em ano de olimpíadas, André Baptista trouxe o ouro, em cibersegurança, dos Estados Unidos. Na competição em Las Vegas, o desafio consistia em descobrir vulnerabilidades no TikTok e na EPIC Games. André Baptista (0xacb), que fez equipa com o americano Ben (nahamsec) e com o inglês Alex (ajxchapman), foram os únicos a descobrir vulnerabilidades com impacto nas duas empresas.
André Baptista é co-fundador da start-up portuguesa de cibersegurança Ethiack. Este título de Hacker Mais Valioso (MVH) coloca-o agora num grupo restrito de 5 hackers no mundo que se orgulham de ter conquistado este título duas vezes. A primeira foi em 2018 e, na altura, valeu-lhe o título de “Cristiano Ronaldo da cibersegurança”.
As equipas de segurança do TikTok e da Epic Games classificaram as vulnerabilidades descobertas como de elevada criticidade e as mesmas acabaram por ser resolvidas e corrigidas com o apoio do André Baptista e dos seus colegas de equipa para, assim, assegurarem a integridade da correção.
O prémio de Hacker Mais Valioso é atribuído segundo vários fatores:
- número de vulnerabilidades encontradas
- a severidade das falhas encontradas
- o espírito de entreajuda
- originalidade do processo de pesquisa das vulnerabilidades.>
André Baptista está orgulhoso deste segundo título que, na sua opinião “volta a pôr Portugal no mapa mundo da cibersegurança pela qualidade do talento que sai das universidades e pela criatividade que é tão característica dos portugueses.”
André Baptista é um hacker ético. Nasceu em Coimbra, em 1994, onde cresceu e se licenciou. Começou a pregar partidas na escola desde muito cedo e a programar desde os 11 anos de forma autodidacta. Para além de informática, o André sempre foi um curioso sobre a natureza da realidade, o que o levou a ter que tomar uma decisão no fim do ensino secundário: ir para Física ou Engenharia Informática. Dada a paixão pelo hacking, optou por Engenharia Informática, e em 2015 rumou à Universidade Porto, onde se especializou em Segurança Informática.
Atualmente é professor convidado na Universidade do Porto, onde ensina jovens a serem hackers éticos no Mestrado em Segurança Informática. É co-fundador e CTO da empresa Ethiack, uma empresa de segurança informática que está a construir um produto revolucionário na área.
É ainda também um dos treinadores da seleção nacional do Cyber Security Challenge, competição organizada pela ENISA - uma espécie de Europeu do Futebol, mas para hackers.
Seria muito interessante o nascimento de um antivírus/pacote de segurança informática para os utilizadores/empresas de uma empresa nacional uma vez que existe competência e capacidade de concorrência a este nível com empresas internacionais, como se comprova.
qual é a cláusula de rescisão?
Ponham este tipo à frente do Departamento de Ciberguerra das Forças Armadas. Pode ser que assim deixem de ser um joguete nas mãos dos hackers russos e chineses.
Um criminoso nunca será um polícia, até porque o melhor a atacar, pode não ser grande coisa a defender.
Há muita subcontratação no mundo do cibercrime e os verdadeiros produtores de código malicioso, nem sempre são os que atacam.
Não sabe do que fala, o que não falta é criminosos que decidiram mudar de vida e tornaram-se polícias, alguns até competentes… afinal quem melhor que um criminoso para saber como os outros criminosos costumam pensar.
Pode é claro alegar que uma vez criminosos, para sempre criminoso, mas isso é a sua forma de pensar que não necessariamente é verdade… alguns realmente mudam a sério… o que não impede que outros realmente não mudem.
Ena um português como sendo o melhor do mundo! Pessoal… isto é motivo de orgulho!
E não é dos futebóis
O maior e mais antigo hacker português é o Nelson Bonito. Foi o unico com quem tive o prazer de conviver. Grande Homem e grande senhor e expert em TI. Atualmente acho que trabalha como freelancer. Desenvolve soluções informáticas para empresas.
O melhor hacker do concurso, passou pela universidade?
E dá aulas numa universidade? Incrível.
Pessoal que acha que é inútil, olha, este deve ser a exceção.
Não tirando o mérito ao André, que é um grande profissional e sábio da arte, este tipo de evento não é de todo o evento de elite dessa arte do hacking. Nem de perto é o tipo de vetor ou tipo de utilização mais realista em cenários ditos reais. Não é de todo. Os produtos testados e o tipo de teste em pouco é considerado realista e prático. Quando vemos ataques organizados das nation state sponsorships, não é por nada desse tipo. São outros tipos, outros métodos, outros níveis de conhecimento.
Hacker ético é como ser um bom jogador que joga dentro das regras, numa pequena fração do campo de jogo e faz isso das 9 às 17 sem ter medo de ser apanhado porque o scope é os nda assim o permitem. Ser um hacker não ético, principalmente de países que alimentam essa máquina em uso próprio, não são nada assim.
Para eles é muito dinheiro gasto em ter o que de melhor se arranja e treina pelo mundo fora, e esses trabalham muito e muito para serem ultra eficientes e ainda têm de ter o trabalhao de não deixar rastros e não serem apanhados pelas maiores e melhores forças policiais dos mais variados países. É todo um outro nível e realismo. Uma coisa é descobrir bugs numa plataforma que pode ou não ser válido de alguma forma num ambiente totalmente controlado. Outra é ter de invadir uma Microsoft, Fortinet ou outra coisa e usar isso em massa a favor de um estado ou organização. Não é tirar o mérito, mas é claramente a esclarecer muitos dos comuns mortais que por aqui passam, de que estes ditos títulos por vezes são muito mas mesmo muito mal medidos.
Orgulho!
Idem ver o secret story