A presença da Google no continente europeu tem estado, nos últimos tempos, envolta em diversas situações problemáticas. A maioria das situações que surgiram estão relacionadas com a forma como a Google recolhe e correlaciona os dados dos seus utilizadores.
Surgiu agora mais um caso, desta vêz na Holanda, onde a entidade reguladora promete multas avultadas se a Google não mudar a forma como recolhe e avalia os dados dos utilizadores, sem que estes tenham conhecimento.
O novo caso tem como base a Holanda e está a colocar frente a frente a Google e a entidade reguladora deste país, a Dutch Data Protection Authority (Dutch DPA).
Segundo esta agência a Google tem estado a infringir diversas directivas da lei da protecção de dados deste país, desde que alterou a sua política de privacidade em 2012, e poderá ser multada caso não a altere.
A Dutch DPA alertou a Google que esta multa será cumulativa e poderá ascender a um valor que rondará os 15 milhões de euros caso a empresa não proceda às alterações pedidas.
O que está a ser pedido à Google que faça é que alerte os utilizadores de que os dados estão a ser recolhidos e quais são os serviços onde esta recolha é feita.
É ainda pedido que seja explicado aos utilizadores para que função vão ser usados os dados e de que forma os mesmos podem ser removidos da Google, deixando assim de serem apresentados anúncios tipificados por utilizador.
O problema, segundo o regulador Holandês está na forma como a Google recolhe toda a informação, desde termos de pesquisa, emails, cookies, localização e até hábitos de visualização de vídeos, e também da falta de informação e consentimento que é dada aos utilizadores.
As propostas da Dutch DPA para resolver este problema são bastante simples e fáceis de implementar pela Google. É pedido que seja recolhida a autorização aos utilizadores para a utilização desta informação, não a remetendo para uma qualquer alínea escondida da política de utilização dos serviços.
Mas a Dutch DPA já alertou que a multa que poderá aplicar à Google é cumulativa e que a empresa deverá iniciar o processo de alteração da recolha de dados assim que possível. A data limite imposta é o final de Fevereiro do próximo ano.
Depois de vários outros casos ocorridos na Europa, onde foram levados a permitir a remoção de dados, a ser proposto que se separasse como empresa ou simplesmente o abandonar o país com um dos seus serviços, a Google vê-se agora a braços com mais um problema e novamente sobre a recolha de informação dos utilizadores e o que faz com essa informação.