EyeWriter – Computador controlado com os olhos
Por Marisa Pinto para o Pplware O desafio de controlar um computador com o olhar já não é novo, pois existe um excelente projecto português ao qual o pplware dá toda a atenção, realizado no Instituto Politécnico da Guarda pelo Eng. Luís Figueiredo, denominado de MagicKey, e que visa ajudar as pessoas tetraplégicas, permitindo controlar o computador apenas com o olhar.
Num outro projecto,o laboratório Graffite Research, bastante conhecido devido às investigações que realiza na área das inovações tecnológicas em manifestações artísticas, tinha como desafio criar uma ferramenta para que o artista lendário de LA, Tony Quan aka TEMPTONE, portador de uma doença designada de ELS (Esclerose Lateral Amiotrófica – doença neuromuscular rara caracterizada pela progressiva perda da força muscular até à completa paralisação), pudesse continuar a expressar-se no mundo do grafitti.
Nesse sentido, membros da Free Art and Technology (FAT), OpenFrameworks, Graffiti Research Lab e The Ebeling Group, uniram-se num trabalho em prol do lendário TEMPT ONE, ou seja o mestre do graffiti Tony Quan, que foi diagnosticado com ALS em 2003, e a doença deixou-o quase totalmente paralisado, com excepção dos olhos.
EyeWriter é um projecto de investigação colaborativo em curso, com o objectivo de capacitar as pessoas que sofrem de ALS, de poderem voltar a desenhar (só com os olhos), com recurso à tecnologia. Para este projecto de baixo custo, open-source foi desenvolvido um sistema de monitorização, que permite ao utilizador desenhar, recorrendo apenas aos olhos e assim expressar as suas capacidades e estados de espírito.
Através deste sistema, TEMPTONE conseguiu a partir de um quarto de hospital realizar um graffiti, com recurso a um projector de alta potência que apresentava imagens na fachada de um edifício a milhas de distância.
O resultado foi surpreendente pois o seu estilo pessoal foi mantido, sendo este trabalho realizado exclusivamente por seus movimentos dos olhos.
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Homepage: EYEWriter
Este artigo tem mais de um ano
Projecto de grande valor, mas para mim “o que é nacional é bom”:)
Excelente artigo Marisa !!!
Este tipo de ajudas técnicas são sempre uma mais valia para o mundo !!!!
Pedro Pinto
Grande post. Gosto de ver campo vai a tecnologia aplicada numa área tão sensível.
Excelente Marisa (alguém obrigue esta jovem a entrar para a equipa de editores sff). 🙂
Para mim só vem confirmar a pretinência do projecto Magic Key e a necessidade urgente do País lhe dar mais apoios.
São este tipo de projectos e iniciativas que me faz admirar a evolução e inovação da tecnologia. Há tecnologia criada que é “mais do mesmo” ou para nos “satisfazer as necessidades fúteis”; Mas esta tecnologia é tão pertinente que acaba por ser quase um milagre na vida de quem dela usufrui. Nós, que visualizamos, podemos apenas apreciar as reacções destas pessoas quando se vêm novamente capazes de criar algo, de serem novamente activas, de fazerem o que gostam, mas apenas eles conseguem sentir a alegria que isso lhes proporciona, bem como lhes levanta a auto-estima que por vezes está tão frágil.
Estas iniciativas são de louvar e aqui não interessa qual é o melhor.
Este tipo de produtos devem ser apoiados para quem precisa deles poder usufruir dos mesmos.
GREAT POST MARISA
É bom dar a conhecer os avancos que se consegue ter deste tipo de tecnologias nunca se sabe quem poderá necessitar mais tarde.
bom post marisa
IPG bate palmas e bate palmas…. é IPG..
é giro ver que afinal ainda há quem se lembre que em Portugal existe gente com muito valor e com muito para dar…
Já não ouvia o nome do Magic Eye desde 2006 e pensava que era mais um dos fantásticos projectos desenvolvidos no seio do IPG (Instituto Politécnico da Guarda) que tinham caído em esquecimento…
Pelos vistos não!
Parabéns Marisa
Mais um bom artigo de quem já nos habituou a bons trabalhos nesta área, e mais uma vez o pplware a dar-lhe “voz”.
Parabéns Marisa e esperamos mais artigos…
o artigo devo já dizer que esta bem conseguido, relativamente ao projecto é inovador pena é que são caros e difíceis de se porem por vezes em pratica.
bjs Marrise
Um optimo post Marisa, continua assim.
Projecto interessante 😀
Penso que o famoso Stephen Hawking vai agradecer esta engenhoca.
Espectacular!
Excelente artigo! 😉
Gostava de saber, é onde é que os gajos foram buscar um projector com tanta potência!?! xD
Os meus parabéns pelo excelente artigo!
Desconhecia este projecto que será, com certeza, uma mais valia para quem sofre desta patologia terrível.
Já existem alguns outros projectos com o intuito de permitir que estes doentes possam comunicar já que esta patologia não afecta as suas capacidades cognitivas.
Como alguém referiu e muito bem, o Stephen Hawking é o melhor exemplo disso!
Gostaria de fazer apenas um apontamento (visto trabalhar nessa área)que ALS significa Amyotrophic Lateral Sclerosis e que a sua tradução para PT é ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica e não como está referido.
Continuem com o excelente trabalho!
Viva José Castro,
Muito obrigado pelo seu feedback e correcção. Desde já lhe faço o convite, uma vez que trabalha nesta área de escrever um artigo para o pplware sobre quais as vantagens que um sistema destes tem realmente para alguém com os problemas referidos.
No meu entender acho que era importante alertar os investigadores para determinados problemas que existem e quem sabe no futuro alguns deles não se dedicam as estas causas. Muita das vezes os projectos que realizam não são motivantes e acabam “na gaveta”.
Dê-me algum feedback sff.
Pedro Pinto
Com todo o gosto Pedro.
Diga-me qual a sua ideia para poder delinear um rascunho sobre isso.
José Castro
Realmente é sempre imprescindivel que se conheçam estes projectos. Nomeadamente quem trabalha nesta àrea propriamente dita.
Pessoalmente a tecnologia que ajuda o outro, a pessoa que se encontra limitada por alguma razão, ou que pelo menos, a possibilita a ter mais autonomia, a levantar a auto-estima, é a melhor e a mais bem conseguida tecnologia.
E é essa, mais que todas, que me dá vontade de promover. Talvez também por no curso de psicologia ter aprendido, sob outro ponto de vista, o porque, as causas de certas doenças, e as suas consequências, mas o certo é que se a tecnologia poder servir para colmatar certas limitações… que tecnologia seja feita!
Mais uma vez os meus parabéns… deixem me ficar babado pois é desenvolvido no “nosso” interior que muitas vezes é esquecido…
Por acaso já tinha visto este vídeo à algum tempo (como utilizador assiduo do vimeo, este é um dos vídeos mais “featured”.), não deixa de ser absolutamente fantástico, e inspirador!