Euribor: Prestação da casa vai finalmente descer! Saiba quanto
Depois de quase dois anos a subir, a prestação da casa vai descer já em fevereiro para créditos com Euribor a 3 e 6 meses. A redução é ligeira e deve-se à ligeira queda das taxas Euribor em janeiro. Conheça as simulações.
Simulação Euribor a três e seis meses
De acordo com a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar a partir de fevereiro 795,36 euros, o que significa menos 4,56 euros do que paga desde agosto.
Se o empréstimo for indexado à Euribor a três meses, a prestação da casa – para as mesmas condições – desce para 798,37 euros, menos 3,93 euros mensais face à última revisão, em novembro.
Estas simulações foram calculadas tendo em conta as médias da Euribor no mês de janeiro, tendo sido a seis meses de 3,892%, a três meses de 3,925%
Quem tem um empréstimo indexado à Euribor a 12 meses, vai pagar mais a partir de fevereiro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois do Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas EURIBOR (do inglês Euro Interbank Offered Rate) são as taxas de juro de referência do mercado monetário do euro para os prazos compreendidos entre uma semana e um ano.
Estas taxas são também usadas como referência em vários produtos financeiros, como no crédito à habitação com taxa de juro variável e nos instrumentos de taxa de juro (obrigações e derivados). Correspondem às taxas às quais as instituições de crédito dos países pertencentes à União Europeia e à Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA, no acrónimo em inglês) podem obter fundos em euros no mercado monetário por grosso sem garantia, para os diferentes prazos.
Uma palavra: ‘palhaçada’. Depois de tanto tempo os bancos registarem lucros de centenas de milhões nunca antes visto, não os vejo a fazer o mínimo esforço para atenuar (já não digo acabar) com as varias comissões que estão a cobrar. Já para não falar nos juros de depósitos a prazo que são simplesmente vergonhosos…
é sobre isto….
Verdade
Para quem não percebe nada de banca é isso que pensam, mas é tudo uma questão de se informarem.
As comissões têm de ser um “negócio” independente da situação do banco, servem para gastos correntes de manutenção de conta.
Os lucros quando existem servem para reinvestimento ou para dar dividendos a investidores que muitas vezes aguentaram e investiram durante maus anos precisamente para mais tarde retirarem lucros.
Os juros dos depósitos a prazo é mera gestão de risco, não seria expectável aumentarem juros de depósitos num período de contração económica.
O sistema financeiro está montado assim e é a única forma que todos no mundo sabem como manter as coisas minimamente funcionais.
Quem não gosta dizem por aí que há alternativas, boa sorte.
Apeasr de acreditar que a banca conseguiria fazer um “esforço maior” para ajudar os clientes aumentado juros de depositos a prazo ou com outros produtos mais apelativos, é importante perceber que a banca não é só lucros. Há uns anos não foi preciso muito para ver bancos a suar e quase a cair (não só em PT mas por esse mundo fora). A malta devia era estar contente com bancos a ter lucros porque a alternativa não é melhor.
É preciso é começar a apontar esse tipo de julgamento para reguladores, como o Banco de Portugal, que diz que “vai tudo bem” quando não vai. Que por um lado diz que está tudo bem e raramente incentiva à poupança. Ou apontar o dedo aos (des)governos que, eles sim, ficam com o nosso dinheiro e se fazes investimentos e tens luros eles vêm buscar mais uns impostos mas se ficas sem o dinheiro desse investimento o governo diz ” azar.. correste o risco, problema teu.”.
Ajudar? Os negócios não existem para ajudar. Para ajudar existem instituições de caridade, e a banca não se inclui. Os bancos existem para obter lucros, para pagar as suas operações, remunerar os seus acionistas. Os bancos e qualquer negócio que se preze.
Sim, os bancos não existem para ajudar, mas curiosamente os contribuintes servem para ajudar a salvar bancos quando estes estão prestes a falir.
Se calhar devemos é começar a deixá-los afundar de vez quando estiverem em dificuldades. Afinal de contas, nós, contribuintes, também não somos uma instituição de caridade.
Comissões, lucros e juros, é tudo feita da mesma massa – euros -, e no fim do dia vai todo parar ao mesmo sítio, o bolso do banqueiro. Que vai tirar daí o estritamente necessário para cobrir os custos, o mínimo dos mínimos possíveis.
Se registam centenas de milhões de lucros para o Estado é bom, pagam mais impostos. Além disso já existe a contribuição solidária do setor bancário (um imposto extra) que foi iniciada na Covid e que parece que fica permanentemente. As comissões não vão diminuir certamente, e quem quiser não pagar comissões tem opções, é só procurar. Eu nunca paguei manutenção de conta nem de cartões. Os depósitos a prazo são produtos sem risco associado, logo nunca podem ter grande rentabilidade. Se quiser maiores rentabilidades tem outras opções.
dá vontade de rir
A ideia da “política monetária” da UE e dos capitalistas é muito simples: sobem à bruta aos juros de todas as prestações, esvaziam-te os bolsos e tu deixas de comprar e de consumir. E deixando de consumir, não há inflação. Só que essas políticas depois fazem ricochete, e se os capitalistas exageram na receita podem arranjar sarilhos, no limite até passar à história. É o que eles estão agora a tratar de controlar, baixando ligeiramente as taxas, mas não esperes grande generosidade desse pessoal.
Não é da UE, é do mundo, é a única arma conhecida para travar inflação