Eugene, o computador que conseguiu enganar o ser humano
Especialistas já alertaram que a inteligência artificial pode ser uma arma poderosa no cibercrime
Desde há uns anos para cá que se questiona se a inteligência artificial poderá algum dia ser comparada à mente humana.
Eugene Goostman, um ucraniano de apenas 13 anos, que afinal era chatbot, conseguiu convencer 33% dos júris que o avaliaram durante o popular teste de Turing que põe à prova a capacidade das máquinas pensarem como um ser humano.
Ray Kurzweil é um visionário e é actualmente considerado como o “senhor” da Inteligência Artificial. Kurzweil é actualmente o director da área de engenharia da Google e recentemente referiu que em 2029 as máquinas vão igualar a capacidade de pensar dos humanos, concretamente na capacidade de aprenderem com a experiência. Kurzweil anteviu a vitória de um computador (Deep Blue, um computador que foi desenvolvido pela IBM) sobre o campeão mundial de xadrez (Garry Kasparov em 1996) e também previu o crescimento rápido da rede (agora chamada de Internet), quando esta era apenas usada por poucas pessoas.
No entanto, este Sábado (7/5) na Universidade de Reading, no Reino Unido, Eugeste Goostman, um suposto rapaz ucraniano de apenas 13 anos (que era afinal um computador), conseguiu enganar, num chat que durou cerca de 5 minutos, mais de 33% dos júris que o iam avaliar, passando assim no famoso teste de Turing. Este teste, criado em 1950 por Alan Turing, avalia a capacidade de uma máquina pensar como um ser humano. No caso de se obter um resultado superior a 30%, pode-se afirmar que a máquina tem capacidade semelhantes à mente humana.
Eugeste Goostman referiu que era ucraniano, que tinha apenas 13 anos, que gostava de rebuçados e hambúrgueres e que o pai era ginecologista. De referi que já em 2012 a “máquina” consegui enganar 29% dos 25 júris presentes.
Este “chatbot”, que na verdade é apenas um script de interpretação, foi criado pelos programadores russos Sergey Ulasen, Eugene Demchenko e Veselov que ao longo dos tempos têm vindo a aperfeiçoar a “inteligência artificial”, de modo a garantir uma “personalidade” à mesma.
A par de tal feito, Kevin Warwick um dos júris do evento, alertou de imediato para as implicações que tal capacidade da máquina pode ter na sociedade actual. Warwick referiu mesmo que tal inteligência pode ser usada facilmente no mundo do cibercrime para ludibriar o ser humano.
Este artigo tem mais de um ano
Skynet EP2
damn it, vim tarde demais lol
eu cheguei ainda mais tarde 🙂
e eu cheguei tao tarde que nao percebi
some1 explain?
Eu cheguei tão a tempo para te mostrar o seguinte:
http://lmgtfy.com/?q=skynet
Em rigor, a máquina não “passou” o teste de Turing, para isso teria de ser completamente indistinguível de um ser humano. O que foi atingido foi o patamar de engano de 30% previsto por Alan Turing para o ano 2000.
Mais informação: http://en.wikipedia.org/wiki/Turing_test
Sim, a “margem de erro”.
Já alguém pensou que os júris podiam ser eles próprios estúpidos.
Uma pessoa normal, se tivesse consciência que estava a ser júri num estudo deste tipo, em segundos detectaria a fraude com perguntas simples ao robot, colocando-o facilmente sempre com situações novas. Há decisões que só o homem pode tomar. Por isso a aterragem de um avião é feita por humanos. Já existem mecanismos de aterragem automáticos mas há decisões tão distintas na aterragem que bastava surgir uma para revelar logo as suas falhas.
Por exemplo, bastaria perguntar ao robot para me traduzir uma frase de uma linguagem para outra com exemplos simples, que uma criança de 10 anos já conhece, repletos de ambiguidades e apanhava-o logo. Se me respondesse que não sabe traduzir, era robot. Se tentasse, era logo apanhado. A língua tem subtilezas em palavras tão simples mas que exigem uma enorme capacidade de contextualizar o significado.
Há história do Deep Blue é completamente diferente. É um jogo com número de jogadas finito. Um dia (tal como já existe para as damas com um número de jogadas menor), todos teremos em casa um computador com capacidade computacional para testar com um algoritmo, em tempo útil, todas as possibilidades para uma profundidade de jogadas na casa dos milhares e teremos computadores pessoais que ganham aos maiores génios.
Agora, se a questão é se um dia teremos computadores para a maioria dos postos de atendimento de empresas, cafés, bares, centros de atendimento, … onde a linguagem envolvida entre intervenientes tem poucos casos possíveis, com uma sintaxe reduzida e semântica pouco elaborada, disso não tenho dúvidas. A substituição do humano por máquina é uma realidade. Ainda ontem fui a um hospital e para responder como a mulher abrutalhada que lá estava até nem seria necessária um processamento e algoritmo complicado.
Outro exemplo, o texto anterior foi escrito na minha hora de almoço (sim, eu vou ao pplware na hora de almoço). Como aqui se trabalha e a pausa é curta, se escreve com os dedos todos e às vezes a olhar para a colega jeitosa do lado, tudo ao mesmo tempo, não há tempo para reler. É bora lá publicar ser reler, mesmo com erros sintácticos.
Agora vão surgir una sabichões que me vão maltratar e minimizar por isso, sem queres saber patavina da semântica envolvida!
Esta é uma situação que nenhum robot algum dia irá replicar! LOL
Se estás a olhar para a “colega jeitosa” tas perdoado 🙂
Robot alert!!!
Robot alert!!!
Robot Alert!!! xD
Este aqui parece-me um robot! A mim não me engana! xD
+1
Posso só acrescentar uma coisa? como júri, e sabendo de antemão que supostamente tinha 13 anos, era simples, perguntar sobre gajas 🙂 qualquer teen anda com as hormonas aos saltos.
Pimba, gotcha 🙂
A máquinha do Finch dava uma coça a esse computador.
como é russo é o Samaritano , afinal so tem 13 anos a “machine” do Finch tem mais
Hum, faz-me lembrar o Blade Runner!
Engraçado que também tive essa lembrança 🙂 Penso que não faltará muito para que o argumento do Blade Runner (um filme que eu adoro)deixe de ser ficção cientifica …. 🙂
Vejam:
Uma História de Amor (2013)
http://www.imdb.com/title/tt1798709/
Se se referem aos elementos do júri, então devem escrever jurados em vez de “júris”.
Basicamente as notícias têm sido enganadoras. O Eugene não foi o primeiro Chatbot a passar o teste e nem sequer foi o melhor até agora. Em 2011 o tão conhecido Cleverbot conseguiu 59,3% que, por pouco, não é o dobro do obtido agora!
http://www.newscientist.com/article/dn25692-no-skynet-turing-test-success-isnt-all-it-seems.html?full=true#.U5by3_kvSTI