Drone anti-minas quer erradicar todas as minas do mundo
Os drones são hoje a promessa de soluções em várias áreas. Alternativas flexíveis e baratas, muitos projectos querem tirar vantagem do que este dispositivo tem para oferecer.
Já foi projectado um drone ser uma ambulância, um drone já entrega encomendas, um drone vigia, outro leva ajuda a locais inacessíveis com outros veículos e agora há um projecto para erradicar as minas explosivas do mundo em 10 anos.
Minas anti-pessoas, minas explosivas... minas que já tiraram a vida a milhões de pessoas e estropiaram outras tantas desde que foram criadas e enterradas.
Este foi sempre um tema que nos habituámos a ver e ouvir nas realidades da guerra. Milhões de crianças crescem em zonas de conflitos armados onde as minas ocultas representam uma ameaça diária, mesmo após o fim das guerras. Esta é a história vivida Mahmoud Massoud Hassani.
Este afegão há anos que luta contra este flagelo e desenvolve com as suas próprias mãos uma forma de acabar com as minhas enterradas no solo que destroem vidas. Ele e os irmãos transformaram o que aprenderam durante a sua infância em Cabul (Afeganistão) num drone que detecta e detona as minas perdidas.
Mine Kafon... o "brinquedo" transformado em draga minas
Chama-se Mine Kafon e foi desenhado e projectado pelos irmãos Hassani. A ideia já vem de trás, mas o foco destes afegãos criadores é colocar a invenção no seu país, no Afeganistão e noutros lugares, onde décadas de conflitos militares deixaram para trás inúmeras minas terrestres. Estas minas explosivas continuam a ser muito populares nas zonas de guerra porque têm um fabrico barato.
Com base na sua experiência de infância, os irmãos recorreram a novas tecnologias para poder ter uma acção ainda mais efectiva no terreno. Ambos a viver na Holanda, onde os irmãos colocaram a sua criatividade em prática, inicialmente, desenvolveram um robô anti-minas baseado num brinquedo que Mahmoud construiu durante a infância. O Mine Kafon poderia rolar por um campo minado e detonar as minas. O dispositivo tem recebido atenção mundial o que aumenta a responsabilidade em fazer algo melhor.
Mine Kafon Drone
Num projecto que teve o apoio do kickstarter, levou dois anos a desenvolver um drone anti-minas que realiza uma tarefa semelhante ao Mine Kafon, mas de forma mais eficaz. Com esta nova tecnologia é possível limpar 20 vezes mais rápido um campo minado do que os dispositivos existentes e já testados em vários países por várias organizações. Além da sua eficiência, o preço deste drone com detector de metais, que detecta a mina e coloca sobre ela uma carga explosiva de baixa intensidade, fazendo espoletar a carga, poderá ser a solução.
Estima-se que, com os actuais dispositivos existentes (alguns onde o homem está a desarmar com as mãos a bomba), cada mina custe cerca de mil dólares a destruir e isto dependendo do tipo, há sistema mais caros. Este método introduzido pelos irmãos afegãos poderá custar cerca de 1100 dólares mas abrange todo um campo inteiro minado de várias hectares. A tecnologia permite explodir a mina e manter o operador a uma distância segura.
Os irmãos inventores acreditam que, com alguns milhares de unidades dos seus drones a trabalhar em todas as áreas armadilhadas, se poderia limpar o mundo das minas em apenas 10 anos.
Este artigo tem mais de um ano
Para depois voltarem a colocar ? mas desta vez já sabem aonde estão
Há zonas em Moçambique e Angola que ainda estão carregadas de minas e os conflitos há décadas que estão longe desses locais. O problema é mesmo o custo para as remover de lá e que x em x tempo… lá fazem mais uns feridos e mortos.
Nas zonas de guerra, tal como é dito no artigo, no Afeganistão por exemplo… devem existir milhares e milhares. O problema depois será conseguir tirar em segurança e a um preço que alguém possa pagar.
Em Moçambique não há conflitos há décadas?
“Há zonas…”; “…desses locais.”
É difícil voltar atrás e ler novamente?
Mas as minas não saem de lá sozinhas! Ainda continuam por lá enterradas e a fazer estragos.
Angola tem dinheiro, está é todos nas mãos de uma família…
há zonas dessas um pouco por tudo o mundo @Vítor M., infelizmente. o problema, como bem dizes, é a (in)capacidade de limpar essas áreas. penso que em alguns casos não será apenas por dificuldades financeiras mas pelo mais puro desinteresse em o fazer, mas pode ser impressão minha
A França, Alemanha, ainda estão cheias de minas da II Guerra Mundial.
Minas e bombas dos ataques aéreos que não rebentaram – ainda há 2 semanas uma cidade teve de ser evacuada porque encontraram uma numas obras.
“Minas anti-pessoas, minas explosivas… minas que já tiraram a vida a milhões de pessoas e ESTROPIARAM outras tantas desde que foram criadas e enterradas”
Bem traduzido? Ou estou enganado?
Estropiaram vem do verbo estropiar que é sinónimo de mutilar, por exemplo.
Durante anos passaram séries nos canais portugueses sobre os flagelos das guerras. Principalmente nos casos das antigas colónias, muitos dos exemplos estavam ligados a minas anti-pessoal que foram deixadas enterradas nos solos ocupados.
Quem acompanhou esse assunto sabe que a forma correcta usada para falar destas minas e principalmente das suas consequências é “estropiar”. Mas isto é uma questão de cultura geral, principalmente sobre assuntos tão concretos como este. Não sendo usual é a forma mais correcta.
Como muitos, eu desconhecia esta palavra. Estamos sempre a aprender.
Exactamente, aprendemos todos os dias da nossa vida. Mas ainda bem que é assim, ou isto seria uma chatice.
Obrigado. Ainda procurei mas apareceu-me vários sites em brasileiro, acabando por ficar essa dúvida.
Vamos lá ver se o projeto anda para a frente. Isto seria muito positivo para muita gente.
Que grande notícia! Só no Camboja estima-se que existam cerca de 5 milhões de minas! Está causa merece todo o nosso apoio e o reconhecimento internacional.
sem dúvida!
O Mine Kafon é barato mas também é muito fraquinho… Se não faz “mapping” quem é o herói que testa se o terreno está 100% livre de minas?
Tanbém existe este drone que servede bóia salva-vidas.https://www.youtube.com/channel/UCHfhuZspj8T2SNkhUJmaFvg