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China regista a primeira queda das emissões de CO2 desde a recuperação económica

A China é o maior emissor mundial de dióxido de carbono e, da mesma forma que a maioria das nações pretende ver a sua pegada diminuída, também ela tem tentado caminhar nesse sentido. Depois da recuperação económica pós-pandemia da COVID-19, o país registou uma queda de 0,5% das suas emissões de CO2.

Uma análise concluiu que as reduções foram motivadas, principalmente, pela diminuição das emissões provenientes de combustíveis fósseis e da utilização de betão.


No ano passado, a China comprometeu-se a reduzir as suas emissões de dióxido de carbono para zero até 2060. Embora o horizonte temporal esteja a uma década de distância das promessas feitas por outros países, o país asiático já tem dado cartas nesse sentido.

As emissões de dióxido de carbono na China caíram cerca de 0,5% no terceiro trimestre deste ano. Este valor marca uma reviravolta, após o aumento das emissões do país na sequência da sua recuperação económica pós-pandemia da COVID-19. Essa recuperação económica da China motivou um aumento das emissões de CO2 em cerca de 9% no primeiro semestre deste ano, tendo diminuído nos meses seguintes.

Uma análise do Centre for Research on Energy and Clean Air (CREA), com sede em Helsínquia, concluiu que a diminuição das emissões de dióxido de carbono foi motivada pela redução das emissões provenientes de combustíveis fósseis e pela redução da utilização de betão.

A tendência decrescente do terceiro trimestre acentuou-se em setembro. Durante esse mês, as emissões regressaram aos níveis registados em 2019. Os dados preliminares adiantam que a redução acentuar-se-á em outubro.

A análise do CREA baseia-se em números oficiais de produção interna, importação e exportação de combustíveis fósseis e cimento, dados comerciais sobre alterações nos stocks de combustível armazenado, e taxas associadas ao carvão e gás natural.

A China possui um enorme mercado de exportação de bens que são, maioritariamente, comprados por consumidores de países desenvolvidos. De acordo com o Engineering and Technology, “isto desloca, efetivamente, muitas das emissões de fabrico dessas nações mais ricas para a China”, que é a responsável pela descarbonização dos setores.

Ainda assim, a China parece estar a intensificar os seus esforços para reduzir a produção de dióxido de carbono e promover a consequente redução de emissões de CO2.

 

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