CEO Fraud: jovens detidos em Lisboa por esquema que rendeu 1,5 milhões de euros
De novo o esquema CEO Fraud e mais dois detidos pela Policia Judiciária. O CEO Fraud é um dos esquemas que mais tem sido usado em Portugal para "sacar" dinheiro. Mas afinal como funciona o CEO Fraud?
A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária (PJ) realizou, ontem, a operação policial “Margem Dupla”, da qual resultou a detenção de dois homens, presumíveis autores de crimes de burla qualificada, acesso ilegítimo e branqueamento, num total aproximado de um milhão e quinhentos mil euros.
A investigação iniciou-se em meados de janeiro de 2024, tendo por base movimentações bancárias suspeitas, com origem em burlas designadas por “CEO Fraud”.
As várias diligências culminaram na identificação dos suspeitos, intervenientes nas ações e responsáveis por receber e dissipar fundos, exercendo um papel relevante no grupo, tendo conta os elevadíssimos montantes em causa.
Na sequência da detenção e buscas domiciliárias, em cooperação com o DIAP Regional de Lisboa, a PJ procedeu à apreensão de equipamentos informáticos.
Os detidos, de 21 e 25 anos. serão presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
Afinal o que é o CEO Fraud?
As campanhas de “CEO Fraud” caracterizam-se, essencialmente, pelo envio de emails ou mensagens de texto (sms ou através de aplicações) em que um agente malicioso, fazendo passar-se por uma entidade relacionada com a organização alvo (por exemplo, o/a Diretor(a) Executivo(a) ou um fornecedor), faz pedidos tipicamente de natureza financeira a colaboradores dessa mesma organização, podendo conduzir estes a realizar transferências bancárias para contas associadas ao atacante.
Na prática, o burlão finge ser um responsável da empresa e solicita transferências ou alterações das contas bancárias para onde devem ser feitos os pagamentos.