Caravela Portuguesa é hoje “comparada” ao Space Shuttle
Ver a tecnologia por este prisma, onde se compara as Caravelas Portuguesas ao Space Shuttle, faz-nos perceber da importância que os nossos antepassados tiveram no mundo que hoje já não lideramos.
Um documentário feito há algum tempo mostra perfeitamente como Portugal estava à frente da tecnologia nos descobrimentos, estávamos ao mesmo nível de quem fabrica hoje as naves espaciais que viajam ao Espaço.
O documentário que desvenda um mistério com 500 anos, dá a conhecer a razão pela qual as caravelas criadas pelos Portugueses são hoje comparadas a modernos space shuttle.
A nossa tecnologia permitiu levar os descobridores a cantos neste Planeta que nenhum outro povo conseguiu levar.
Caravela portuguesa... o Space Shuttle dos descobrimentos
Como vários especialistas na matéria afirmam, o impacto desta inovação transformou Portugal na principal potência marítima e económica do século XVI.
Pese o facto deste documentário ter já alguns anos, a verdade é que o seu conteúdo mostra perfeitamente o que era o desenvolvimento tecnológico deste país plantado à beira mar e de brandos costumes. Passamos da maior potência mundial há uns séculos para um país que se recolheu às suas fronteiras.
Como é referido no documentário, quando se lê um livro de História espanhol, inglês, francês ou holandês, as referências ao papel desempenhado pelos portugueses na época dos descobrimentos são insignificantes. É importante recolher os dados históricos e compilar a história tal como ela se passou, sem atropelos de factos que podem mudar a visão mundana de quem entende não sermos líderes no mundo da tecnologia.
Quando estes testemunhos históricos são recolhidos através da opinião dos melhores historiadores mundiais e os resultados foram surpreendentes.
Este artigo tem mais de um ano
Era superior, por que não tinha nenhuma tecnologia de contacto com a base! Era arriscas e morres ou arriscas e tens a glória, não havia meio termo. Além disso permitiu aos portugueses navegarem pelo Atlântico quase sozinhos durante 150 anos, sem os Castelhanos que só apareceram em 1492 com o Colombo e, praticamente pelo mundo 250 antes de ingleses, franceses e holandeses, e com muito menos gente tendo sido sempre este o grande problema, sermos um país de poucas almas. Nada em termos de tecnologia se lhes compara, era mais difícil, mais duro em todos os sentidos tiveram que criar ciência à medida que avançavam e quando saíam nuca sabiam se iam regressar. O Space Shuttle, foi usado em condições muito superiores e não aguentou mais de 40 nos, nem deu muita coisa a não ser a exploração da órbita baixa, algo que se consegue com outras naves, em termos tecnológicos acabou por falhar o seu objectivo, cada um era feito para no mínimo 100 viagens ao espaço e nenhum conseguiu realizar esse número, sendo destruídos dois pelo caminho por desleixo.
se formos a fazer paralelismos, nao compararia a nossa claravela a um space shuttle, descobrimos novos territorios e novos povos na epoca dos descobrimentos, o space shuttle ainda nao fez esses grandes feitos, mas claro esta que a humanidade para la um dia caminha mais cedo ou mais tarde
Se tivesses visto o vídeo, tinhas percebido a asneira que disseste. A caravela, no vídeo, é comparada ao space shuttle, não pelos feitos que permitiram, mas pela tecnologia utilizada. Ou seja em ambos, é utilizada a tecnologia mais avançada de cada época.
Quando se lê um livro de história em Portugal, a relevância dada a Espanha, Inglaterra, Holanda e etc também é minúscula.
Cada país tem as suas lentes próprias para o passado. E cada um só vê o que lhe interessa.
Não concordo muito.
É verdade que damos muita importância à nossa história, o que é natural. No entanto, também damos muita importância aos outros países, em especial Espanha (nem que seja pra dizer que o D Afonso Henriques andou a bater na mãe).
Não confundir focar na perspectiva histórica de um determinado país com simplesmente ignorar e mesmo relativizar ou apropriar da história de outros países. Nós na história de Portugal referimos Espanha ou Inglaterra quando realmente ocorreu algo de relevo, não referimos noutras porque simplesmente não é a nossa história nem se cruza com a nossa. O mesmo nem sempre acontece nas “versões” britânicas ou espanholas.
Lembra-me uma conversa que tive com um espanhol, estudante de engenharia náutica, que vou resumir. Estava eu a comentar que havia um space shutle que se chamava Magalhães, quando ele me lembra que quem tinha acabado a viagem tinha sido o Sebastião del Cano! Tive de o lembrar que o space shutle se chamava Magalhães e não Sebastião del Cano…
Magalhães tem o nome por ter sido o capitão que deu início à expedição de circumnavegação, Sebastião del Cano simplesmente fez a recta final após a morte de Magalhães, das ilhas Maluku até Salúncar. A rota que Sebastião del Cano fez era já por demais conhecida e navegada, a que Magalhães fez atravessando o Atlântico e depois da costa Americana atravessando o Pacífico não era. Daí Magalhães ser conhecido e Sebastião del Cano só os espanhóis, fazer o que já muitos faziam não é feito algum, fazer o que ninguém antes tinha feito é… mas como se vê, bem que haveriam de tentar apropriar isso.
Mais não seja foi Magalhães quem teve a ideia e planeou a expedição, e como não conseguiu ter influência em Portugal foi a Espanha apresentar a ideia para obter o dinheiro para os navios. Parte da tripulação até era portuguesa.
Mas isso ninguém retira o mérito a Espanha de ter patrocinado a expedição, mas vai-se a ver as edições no wikipedia, da expedição de circumnavegação e é ver o histórico de edições para dar relevo a Elcano e a Espanha em coisas que nunca tiveram, incluindo mudar o nome da página para Magellan-Elcano circumnavigation, quando é como referi acima: Elcano pegou na viagem já quando a expedição voltou a mar conhecido e navegado, a rota que seguiu a partir das ilhas Maluku até Salúncar foi a Rota da Índia, sem desvios ou feito algum. Ninguém nega que a expedição era espanhola, mas eles nem satisfeitos com isso dão relevo a um capitão que mais não fez do que prosseguir viagem já depois de alcançarem mar conhecido e seguir uma rota já por demais usada. Isto é bem exemplar da lavagem histórica que têm por hábito do outro lado da fronteira (não é de admirar, fazem-no até com a própria cultura diferente da catalã dentro de fronteiras)… complexos?
Correcção, escrevi “catalã” e queria dizer “castelhana”.
Daniel, o Elcano nem sequer era quem vinha hierarquicamente a seguir a Magalhães, ficou com o comando porque houve ainda outros que morreram para além de Magalhães.
Na pintura estão representadas naus, não caravelas. Basta ver as velas quadrangulares em vez de latinas, triangulares, ou a própria tonelagem dos navios.
Exacto, as Naus apareceram depois das Caravelas. Algumas com tecnologias híbridas em relação às velas.
onde sei os vikings foram os primeiros nas américas…
Os primeiros nas Américas foram os naturais, mas hoje em dia parecem querer esquece-los.
Que por sua vez vieram da Rússia através do Estreito de Bering (pelo menos supostamente) e antes disso do Leste de África para a Ásia (e Europa, e depois da Europa para a Ásia).
onde posso encontrar esse documentário?
🙂 está o vídeo no artigo.
diz que não está disponível , por isso é que perguntei
Estás a ver no telemóvel? Caso afirmativo pode ser essa a razão. Não sei o motivo mas isso acontece-me com vários vídeos.
Não acho que a comparação seja a mais acertada. O Space Shutle nunca foi além de órbitas terrestres baixas, nem foi uma inovação tecnológica por aí além. A comparação deveria ser antes com o Saturno V, esse sim permitiu à Humanidade sair pela primeira vez da órbita terrestre e ir até um outro corpo celeste, a Lua. Aliás, a aposta no Space Shutle pela administração Nixon em detrimento do Saturno V e da continuação do programa Apollo (ou outro equivalente) é uma das principais razões pelas quais, passados quase 50 a anos, a Humanidade continua presa na órbita da Terra.
Que pena esse tempos terem acabado…valeu a pena pela nosso história, uma vez que, agora pouco ou nada temos influência neste Mundo
Por acaso não pensas que alguma vez tivemos influência na Índia, pois não? As viagens de barco eram lixadas. Perdia-se mais dinheiro do que se ganhava.
Em África, só em alguns pontos, num curto período.
No Brasil, para onde foram os melhores portugueses (ainda que analfabetos e de pé rapado), e gente de muitos outros sítios – sim, foi coisa importante.
De modos que a nossa história pouca influência teve neste Mundo. Houve ali umas coisas, à volta de D. João II e do Tratado de Tordesilhas, em que o papa também estava interessado, mas estão francamente exageradas.
Está errado e a prova é que o português é a 5ª língua mais falada no mundo! Isto não é influência?
Brasiu – sim, foi coisa importante (disse).
Ninguém acreditava que não se desintegrasse com a independência. Não desintegrou, apesar de várias peripécias, e até expandiu território – com a participação de militares portugueses após a independência (coisa que há quem não saiba).
Mas boa parte diz que fala brasileiro.
Eu acho que eles falam PT-BR, mas já é bom quando não há em PT-PT 🙂
Coitado!
acho que estás enganado! O comércio das especiarias na Índia trouxe bastante dinheiro, até porque os portugueses faziam comércio entre vários países na Ásia. O “problema” é que o domínio durou pouco tempo e em Portugal não se soube aproveitar os ganhos obtidos para transformar o país e a sociedade (maus líderes), esbanjando o dinheiro em futilidades da nobreza e clero. Nem fomos espertos o suficiente para ter maior influência comercial na Europa do Norte, algo que os holandeses souberam aproveitar para enriquecer, para depois irem directamente à fonte em vez de negociarem com os portugueses.
E com a perda da independência arruinou-se o que tinha sido construído/conquistado na ásia.
Não trouxe. Portugal era apenas um entreposto comercial na rota das especiarias para a Europa, até cer cilindrado por ingleses e holandeses.
Na rota das Índias tinha umas feitorias e uns entrepostos. Nada que se parecesse com um império em que muitos gostam de acreditar.
Nope, não trouxe dinheiro? Se ganhava o dinheiro a vender a outros países, muitos deles consumidores, é óbvio que tinha de ser um entreposto comercial, não era o destino final – se assim não fosse então é que não ganhava dinheiro. Portugal durante alguma décadas conseguiu ser o principal fornecedor de especiarias na Europa, e chegou a controlar alguns dos pontos comerciais mais importantes no sudeste asiático por presença militar.
Bolas que gosta de mostrar que só leu as primeiras páginas do livros e mesmo assim, percebeu mal! Cilindrado? Curioso, a União Indiana só teve que invadir território português e de mais ninguém! Sim nem da União Indiana era, pois esse país não existia quando os portugueses para ali foram! Os holandeses por terem muito mais gente tiram-nos uma dezena de territórios, mas nunca chegaram a dimanar os mares como os portugueses fizeram, nem nunca conseguiram expulsar definitivamente os portugueses como tentaram fazer, nem nunca conseguira estar em Ormuz e praças difíceis como essas, limitaram-se enviar muita gente, muitos navios e contar com ódios locais! Enquanto os portugueses enviavam uma armada com 3.000 pessoas e 12 galeões, eles enviavam 120.000, mais de 100 navios da cada vez, e mesmo assim andaram aflitos, para conseguir algumas praças, das quais Malaca foi a mais importante mas do tesouro dos portugueses ali nem um tostão furado ficaram e de tanta raiva massacraram gente desarmada e inocente! Homens, mulheres e crianças!
Apesar de tudo e tendo em atenção as épocas faladas, considero superior as proezas das caravelas, em relação ao mais pintado veículo espacial: os astronautas ou veículos espaciais não tripulados, não vão em direcção ao Desconhecido. Antes de irem, houve um “batalhão” de cientistas, engenheiros, astrónomos e verdadeiras “farms” de computadores a fazer todos os cálculos possíveis e imaginários, a prever todos os cenários possíveis de prever e a treinar astronautas e a preparar veículos para tais cenários. Os nossos? Esses iam ao Desconhecido, iam praticamente “às escuras”. Ainda por cima com a mente cheia das “estórias” sobre Terra Plana, monstros e companhia, e metidos em barcos que hoje nem lá entravamos para atravessar sequer o Tejo em dias de Verão.
Ir ao desconhecido e “às escuras” é que talvez não tanto. Os árabes já tinham chegado, vindos do oriente, à costa ocidental de África. E havia mapas – sem as bichezas a que te referes. Lá pelo oriente também se arranjava um piloto aqui ou ali.
Agora que as viagens eram longas e os naufrágios frequentes, apesar da qualidade de construção de naus e caravelas é certo. O peso de carga a mais também não ajudava.
Não havia mapas a partir do golfo da guiné até a norte de Moçambique, ninguém fazia ideia o que iria encontrar, se se quer seria possível. E o grande conhecimento que também faltava era sobre os ventos para poder navegar e regressar a casa.
Pesquisa por Planisfério de Fra Mauro encomendado por D. Afonso V.
Que os árabes chegaram ao Golfo da Guiné vindos do oriente é pacífico.
O Golfo da Guiné, não é a Índia. E ninguém podia prever que havia ou não pilotos para dirigir as armadas. Nem sequer a direção dos ventos e se havia vento para regressar ou não. Ou seja, viagem de ida praticamente – e eu disse praticamente, pois há que referir o trabalho preparatório do Infante Dom Henrique – às escuras e viagem de volta… depois logo se vê. Que viagem espacial foi feita desta maneira?
Os árabes chegaram ao golfo da guiné por terra, não por mar vindo do oriente.
Quanto ao dito planisfério, não fazia ideia de como era o sul de África, basta ler os textos que acompanhavam, como as zonas realmente conhecidas iam apenas até Moçambique. A costa ocidental era conhecida muito mal, e nada sobre o sul. Havia a suposição de que poderia haver uma passagem por algumas rumores da antiguidade, mas isso entrava quase no campo das lendas.
Chiça, tanta asneira e ignorância junta! Até vai buscar Fra Mauro, que apenas era um monge cartografo daí Fra, de frei, não é árabe! Há muitos Fra! E usou os conhecimentos portugueses e não árabes! Nãio havia conhecimento algum do Golfo da Guiné, até os portugueses lá chegarem. Os árabes nunca atravessaram mais que a Mauritânia e mesmo assim por terra e em rotas conhecidas pelos locais! Além do mais, tanto paleio, mas alguém conheçe um navegador árabe, que tenha mudado a História? Marrocos tinha 3.000 quilómetros de Costa, há algum navegador marroquino conhecido? Jamais poderiam navegar no Atlantico só os portuguese à custa de muita investigação o conseguiram e fazer de modo a não usar a cabotagem que se fazia do Mediterrâneo até Inglaterra ou Norte da Europa, Mais ninguém era capaz disso à época! Nem mapas na verdade tinham! Fopi uma expedição portuguesa por terra quem descobriu de facto que a Costa oriental de África fazia realmente parte do mesmo espaço geográfico. Nem os árabes sequer, foram os primeiros andar por ali, já egipcios e romanos conheciam essas rotas muitíssimo antigas! Os árabes andaram até ao norte do que é hoje Moçambique para buscar escravos os Zanj e, islamizar!
Que grande baralhada de conceitos navais! Tem a mania que sabe mas não sabe o mais importante. Nem lho vou dizer, vai ter que estudar um pouco de História Naval, e dpois pode ser que uma luzinha se acenda nessa cabea!
Erro abissal logo no inicio. As terras e os mares a leste do meridiano são de Portugal, não de Espanha, e a oeste de Espanha, não de Portugal. As caravelas foram as primeiras depois surgiram as naus. Mas no geral está interessante.
Os portugueses e espanhóis tiveram favorecimento pelo Papa no Tratado de Tordesilhas. Nalguma parte do Tratado ficou território atribuído a franceses, ingleses ou holandeses?
Não. Portanto já tínhamos a papinha toda feita!
Se tivesse estudado, conheceria a razão. Assim faz figuras tristes. nunca se deve ter perguntado com o que navegavam os franceses, ingleses e hoandeses (que por sinal à épova pertencia ao Império espanhol). Não sabe muita coisa, deve ir ver melhor o porquê de “ter a papinha toda feita”, até dizer uma coisa dessas é um disparate, numa época dura, dificil num mundo sobre o qual pouco ou nada se sabia! Estude um pouco faz bem.