Bing começou a remover dados de quem quer ser esquecido
Fruto de uma decisão do Tribunal Europeu de Justiça, apresentada em Março deste ano, os motores de pesquisa estão obrigados a remover informação que este presente nos resultados das pesquisas que os visados não queiram ver apresentada.
Esta decisão incidiu directamente sobre a Google, mas foi alargada a outros motores de pesquisa, onde o mesmo procedimento teria de ser implementado.
O Bing começou agora a remover os primeiros registos dos utilizadores que pediram para ver dados seus removidos deste motor de pesquisa.
Seguindo o mesmo caminho que a Google seguiu, o Bing começou em Julho a permitir que os utilizadores reportassem links que pretendiam ser removidos das suas pesquisas.
Através do formulário disponível nesta página a Microsoft começou a receber os pedidos dos interessados em ver os registos removidos.
Agora, passados quatro meses começam a ser removidos os primeiros registos deste motor de pesquisa, dando assim início ao processo que o tribunal tinha decidido.
Esta remoção de registos foi detectada pelo serviço Forget.me. Dos 699 pedidos recebidos pelo Forget.me e endereçados ao Bing, 79 deles foram recusados.
Destas recusas duas foram tratadas como tendo razões injustificadas e o resto referem-se a casos de informação alojada em redes sociais, casos em que o Bing aconselha que os pedidos sejam feitos directamente.
A Microsoft já reconheceu que tem este processo a correr, garantindo que irá tratar todos os casos a que deu seguimento e que irá procurar balancear os direitos dos internautas e a liberdade de expressão.
Está assim dado mais um passo no processo que teve início em Maio e que permitirá a qualquer cidadão europeu ver removido dos motores de pesquisa toda a sua informação que entendam não dever estar presente nestes locais.
É um processo moroso e que requer que seja fornecida informação detalhada sobre o requerente, mas que deverá terminar com a remoção dos dados.
A decisão do Tribunal Europeu de Justiça veio marcar um momento histórico no que toca à informação pessoal que está disponível na Internet, dando a qualquer cidadão um maior controlo sobre a sua.
A Google foi a principal visada neste processo, e tem estado sob a mira da Comissão Europeia, tendo na semana passada sido aprovada uma norma que prevê um maior controlo sobre o monopólio que detém no campo dos motores de pesquisa.
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