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Biden dá ordem para que os funcionários norte-americanos deixem as fábricas da China

O mundo vive atualmente uma elevada tensão política e geográfica, como a que já não se vivia há dezenas de anos. E não se trata ‘apenas’ da guerra da Rússia contra a Ucrânia, mas também dos subtis, mas cada vez mais sonantes, conflitos entre os EUA e China, tendo também Taiwan pelo meio.

E agora o presidente norte-americano Joe Biden terá assinado uma ordem de restrição para que os cidadãos norte-americanos não possam exercer funções nalgumas fábricas da China, sem que tenham uma licença para tal.


Aumenta a tensão tecnológica entre os EUA e a China

Segundo as informações avançadas pelo canal South China Morning Post, os Estados Unidos estão agora a tentar que as fábricas de chips e as instalações dedicadas à pesquisa e desenvolvimento destes equipamentos deixem de ter funcionários norte-americanos.

De acordo com os pormenores, esta nova regra apenas afeta, para já, três empresas chinesas, nomeadamente a Applied Materials, a Lam Research e a KLA. Mas já há suposições de que irá escalar para muitas outras. Curiosamente, a Naura Technology, uma das maiores fabricantes de chips da China que se encontra sediada em Pequim, não é uma das afetadas, mas reagiu às restrições e decidiu ter a iniciativa de pedir a retirada dos seus trabalhadores.

A notícia avança que a Naura pediu que os seus engenheiros dos Estados Unidos da América deixassem imediatamente de trabalhar em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, indicando que Washington restringiu o envolvimento de cidadãos norte-americanos no apoio ao desenvolvimento ou na produção de chips em determinadas instalações de fabrico de chips na China, sem que estes tenham uma autorização.

Naura Technology

O aviso da Naura aos seus trabalhadores aconteceu depois que, na manhã do passado dia 12 de outubro, o regulamento do Bureau of Industry and Security (BIS) dos EUA restringiu a “capacidade de pessoas dos EUA de apoiar o desenvolvimento ou produção” de chips em certas instalações de fabrico de semicondutores localizadas na China sem licença.

Após este anúncio, as ações da Naura cairam em 20% no dia do fecho. Para além disso, a principal fabricante de chips de memória chinesa YMTC também seguiu os passos da empresa de Pequim.

Uma análise rápida a esta situação não faz prever tempos próximos muito bons e certamente que esta nova regra terá mais desenvolvimentos. Há mesmo quem até já fale de um boicote dos EUA à China, no sentido de o país de Biden ter a intenção de retirar todos os seus trabalhadores a exercer funções em solo chinês.

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