Apple oferece 14 dias para reembolso na Europa
O ano de 2015 trará novidades na forma como as marcas lidam com o seu mercado: a Apple está a reformular a sua política relativa a devoluções das importâncias pagas na aquisição de alguns produtos.
Esta acção visa proteger o utilizador quando este, por engano, adquiriu um bem nas várias lojas online da marca de Cupertino. Mas há regras que deve conhecer!
A Apple vai agora instituir um período de 14 dias para a devolução do dinheiro pago na aquisição de qualquer produto presente no iTunes, App Store e iBooks. Esta acção será possível sem que o cliente necessite de dar qualquer explicação sobre a razão que o levou a fazer essa devolução.
Estamos a falar, contudo, de utilizadores que sejam residentes em países membros da União Europeia e só é válida se o utilizador fizer o download de forma não deliberada para algum dos seus dispositivos.
O que é que isto do “não deliberada” significa?
Basicamente, a Apple só terá de fazer o reembolso desse valor caso o utilizar não abra o produto comprado, isto é, se for uma aplicação a Apple só será obrigada a fazer a devolução do seu dinheiro caso o utilizador nunca tenha executado a mesma. O mesmo acontece com músicas, filmes e eBooks.
Antes desta alteração, a empresa permitiu aos utilizadores cancelar todas as suas transacções, de modo a não ser alegado que essas transacções aconteceram acidentalmente ou até mesmo automaticamente.
Direito de cancelamento: Se optar por cancelar a sua encomenda, pode fazê-lo dentro de 14 dias a partir de quando recebeu o seu recibo, sem dar qualquer razão, excepto para presentes iTunes, que não pode ser reembolsado, a não ser que tenha guardado o código.
Termos de reembolso da Apple
Esta alteração chega após ter sido aprovada em Junho, pela União Europeia, uma nova lei que vem ajudar no apoio ao consumidor. Nesta nova lei, a União Europeia proíbe ainda a utilização de opções pré-seleccionadas em sites, aumentou a fiscalização às sobre-taxas pouco claras e apela para que as empresas sejam mais conscientes na extensão das políticas de reembolso.
Para além disso, caso o consumidor não seja informado deste período por parte do comerciante, o período é automaticamente estendido para um ano, facto que poderá ser encontrado na página oficial da União Europeia.
Quanto aos utilizadores que sejam residentes fora da União Europeia, esses não estão protegidos pela lei, podendo a empresa recusar o reembolso, emitindo o mesmo apenas em casos extremos como problemas técnicos ou falhas.
A sua principal concorrente, a Google, tem um período de duas horas para restituições em todo o mundo e ao que tudo indica, mesmo com esta nova lei, não actualizou essas duas horas para os 14 dias exigidos pela União Europeia.
Será que a Google irá também cumprir esta nova lei e irá estender o seu período de reembolso para 14 dias? Estas e outras novidades estarão na ordem do dia já no próximo ano!
Por Hugo Sousa para Pplware
Este artigo tem mais de um ano
A lei europeia é de 2011 e não dá direito de reembolso para conteúdos e software distribuídos digitalmente, a não ser que ainda não tinha sido feito o download. De modo que a Google não tem/teve que fazer grande coisa para estar dentro da lei.
Aqui a Apple apenas está a ser mais clara quanto aos direitos de reembolso/cancelamento, muito provavelmente na prática não muda nada.
A nível de música e vídeos compreendo o não reembolso, a nível de apps e jogos os 15 minutos da Google são insuficientes.
Esta manobra de marketing da Apple é de rir, visto que aparece no email o recibo e se não queres devolves. Não há ninguém que se compre, não abra, e passadas 2 semanas necessite devolver. Marketing.
Importante é regular bem as compras in app,visto que ha miúdos que gastam fortunas nisso.
Posso dizer que tenHo conhecidos com menos de 15 anos que jogam CS Go e gastam verdadeiras fortunas em armas… inacreditável que em Portugal não há mecanismos de protecção (como Alemanha, UK,etc)
não sei de que maneira é uma manobra de marketing, a Apple limitou-se a alterar os termos e condições de uso das suas lojas, não fez qualquer publicidade ou mencionou publicamente a alteração! A Apple já tinha uma política interna que permitia a muita gente a devolução de dinheiro em certas circunstâncias, apenas não aparecia nada nos termos da loja!
Quanto às compras feitas por crianças, etc, os termos que aparecem não fecha a porta à devolução/reembolso, já que a pessoa pode invocar que não teve o seu consentimento, isto é, não foi a seu pedido. Dado que a Apple já teve problemas por causa disso, certamente que terá isso em conta.
Marketing?? A Apple nem aos seus utilizadores informou pelo menos ainda não não recebi nenhuma informação, que têm 14 dias para devolver uma coisa que não queriam comprar! É sempre é melhor que 15 minutos!! Agora o markting da Apple divulgou amplamente uma função nova que surgiu no iOS 8 que é os menores para fazer compras terem de pedir autorização aos pais para o fazer! O impedir de fazer compras já existe à anos. Que culpa tem a Apple que os pais não usem uma função que a Apple já “fornece” e até é simples de activar!
Parecia-me vir a ser algo bom para quem compra e não gosta da App por exemplo. Mas como vamos saber se gostamos ou não sem abrir? Não tem grande lógica.
Espero que aquele método aqui explicado no Blog ainda funcione, pois é assim que consigo o dinheiro de volta quando algo não funciona como eu esperava antes da compra.
Claro que podes abrir!
O que é de rir é o teu ódio contra a Apple.
Então a Apple faz o que é suposto fazer para os consumidores (mesmo que isso a prejudique em termos de aceitação e vendas de apps), e ainda te queixas e chamas de manobra de marketing???
Quanto a in-app, a Apple tem isso, podes configurar partilha doméstica, e tudo o que os teus filhos quiserem comprar, tu tens de aceitar primeiro.
não são 15 minutos na google. são 2 horas
Tanta sabedoria e nem reparaste num «pequeno detalhe»: «As from June 13th 2014, the EU has new, strengthened and harmonised Consumer protection rules», começa o texto…
A lei já existe desde 2011
http://www.europarl.europa.eu/news/en/news-room/content/20110622BKG22276/html/Consumer-rights-what-the-new-EU-rules-will-mean
Junho de 2014 foi quando entrou totalmente em vigor.
Post: “Esta acção visa proteger o utilizador quando este, por engano, adquiriu”
“O que é que isto do “não deliberada” significa?
Basicamente, a Apple só terá de fazer o reembolso desse valor caso o utilizar não abra o produto comprado, isto é, se for uma aplicação a Apple só será obrigada a fazer a devolução do seu dinheiro caso o utilizador nunca tenha executado a mesma. O mesmo acontece com músicas, filmes e eBooks.”
Isto não faz muito sentido. Se fiz o download da app, da música ou do ebook – como é que sabem se não executei (a app) ouvi ou li?
Nas condições do cancelamento não vejo lá isso. Devo dizer que não percebo esta história – faço o download de um livro, lei-o, em menos de duas semanas certamente, e depois faço o cancelamento da compra e depois sou reembolsado? Em assinaturas, como no Google Music ainda percebo, em compras individuais de conteúdos digitais não.
https://www.apple.com/legal/internet-services/itunes/pt/terms.html
https://support.google.com/googleplay/answer/3122088?hl=en
… leio-o
Entretanto li mais umas coisas por aí. Parece que a Apple foi além da legislação europeia. Parece que é assim:
– Faz-se o download da app /música / ebook
– Nos 14 dias seguintes pode-se pedir o cancelamento, sem ter que dar explicações
– As apps terão (?) um DRM que permitirá à Apple desativá-las remotamente.
– As músicas são DRM-free, não se percebendo o que poderá fazer a Apple
– (Os ebooks não sei)
Continuo a achar isto um bocado estranho
Neste caso acho que a política da Microsoft na sua App Store é mais correcta: Temos acho que 5 dias para experimentar a versão completa das apps. Ao fim dos tais dias de teste a app fica desactivada se não for adquirida.