Adeus aos códigos de barras: QR Codes de nova geração revolucionam o comércio
Os códigos de barras, amplamente utilizados no mercado mundial, podem estar a ter os seus últimos dias. É que uma nova geração de códigos QR está aí para não só aumentar de forma clara a informação para o consumidor, mas também para reduzir de forma drástica o desperdício que atualmente se verifica no setor do comércio.
O tradicional código de barras, amplamente utilizado no comércio global desde os anos 1970, pode estar a acabar. Uma nova geração de códigos QR (Quick Response) está a emergir como a próxima grande inovação no setor do retalho, prometendo não apenas eficiência, mas também um impacto ambiental positivo.
Os especialistas afirmam que a adoção de códigos QR pode ajudar a reduzir o desperdício no comércio em 50%, representando uma mudança significativa na forma como os produtos são geridos e consumidos.
Embora os códigos de barras tenham transformado a forma como os produtos são rastreados e vendidos, têm limitações significativas. Armazenam apenas informações básicas, como o número de identificação do produto, e dependem de bases de dados externas para fornecer detalhes adicionais. Esta falta de flexibilidade dificulta a rastreabilidade e a gestão precisa de inventários, levando a problemas como excesso de stock, falta de rastreabilidade ou desperdício de embalagens.
A solução dos códigos QR
Os códigos QR apresentam uma solução moderna e eficiente para os problemas associados aos códigos de barras. Estes códigos bidimensionais podem armazenar muito mais informações do que os códigos de barras tradicionais, incluindo detalhes sobre o produto, prazos de validade, informações nutricionais, dados de fabrico e até recomendações de reciclagem.
Ao digitalizar um código QR com um smartphone ou um dispositivo de leitura comercial, os consumidores e empresas podem aceder instantaneamente a informações detalhadas sem necessidade de recorrer a bases de dados externas.
Esta transição pode ainda ter um impacto direto na redução do desperdício no setor do comércio. E as vantagens são muitas.
- Gestão eficiente de stocks: com informações detalhadas disponíveis em tempo real, os retalhistas podem gerir os seus inventários de forma mais precisa, reduzindo o risco de excesso de stock ou produtos expirados.
- Recolha de produtos mais rápida: em caso de problemas de segurança ou defeitos, os códigos QR permitem identificar rapidamente os lotes afetados, minimizando o desperdício desnecessário de produtos não relacionados.
- Redução no desperdício de embalagens: em vez de imprimir informações extensas diretamente na embalagem, os códigos QR podem armazenar detalhes importantes que os consumidores podem consultar online, reduzindo a necessidade de materiais de embalagem adicionais.
- Sustentabilidade no ciclo de vida do produto: os códigos QR podem incluir instruções detalhadas de reciclagem, incentivando os consumidores a descartarem os produtos corretamente e promovendo uma economia circular.
Já em implementação
Grandes retalhistas e marcas globais já estão a testar ou implementar o uso de códigos QR nas suas operações. Empresas de alimentos, por exemplo, utilizam códigos QR para informar os consumidores sobre a origem dos ingredientes, as práticas de sustentabilidade e até receitas sugeridas. No setor de vestuário, os códigos QR ajudam a rastrear a proveniência dos materiais e a promover a reciclagem de roupas.
A startup britânica GS1 UK, pioneira no desenvolvimento de tecnologias de rastreabilidade, estima que a transição para códigos QR possa reduzir o desperdício em até 50% no comércio, enquanto melhora a experiência do consumidor e a eficiência operacional.
O lema da empresa é “um scan, possibilidades infinitas", contando já no seu portfólio com alguns dos gigantes do retalho mundial. Empresas como Carrefour, Lidl, Procter & Gamble, L'Oréal, PepsiCo e Nestlé assinaram uma declaração conjunta a apoiar a migração para códigos QR.
A substituição dos códigos de barras pelos códigos QR é mais do que uma atualização tecnológica: é uma evolução no setor do retalho que beneficia consumidores, empresas e o meio ambiente. Com a promessa de reduzir o desperdício, melhorar a rastreabilidade e oferecer mais transparência aos consumidores, os códigos QR estão a redefinir a forma como compramos e consumimos.
Sempre pensei que a tecnologia RFID fosse implementada mais rapidamente e de forma mais abrangente, mas o preço ainda deverá ser um entrave. Os QR Codes são uma forma mais barata.
O RFID iria permitir uma maior rapidez no pagamento, porque evitava ter de passar os produtos 1 a 1.
isso é uma visão antiga..
Nessa visão de pagamento bastam câmaras e sensores para realizar todo o automatismo.
E a nível de rastreamento é uma mais-valia na gestão de stock e a nível de segurança na proteção/prevenção contra furtos.