A partir de hoje: Novas retenções na fonte aumentam rendimento
O novo modelo de retenções na fonte entra hoje em vigor (1 de julho), aplicando-se a rendimentos de trabalho dependente (Categoria A) e pensões (Categoria H), auferidos a partir de 1 de julho de 2023. Para a generalidade dos contribuintes, a aplicação das tabelas resultará num aumento do rendimento líquido mensal.
De acordo com o comunicado do Governo, este novo modelo visa assegurar o cumprimento de dois objetivos fundamentais:
- 1. Garantir que a um aumento do rendimento bruto corresponde sempre um aumento do rendimento líquido ao final do mês;
- 2. Assegurar uma maior e crescente aproximação do valor das retenções na fonte ao valor do IRS liquidado através da entrega da declaração Modelo 3 de IRS.
Três simulações ilustram a aplicação do novo modelo de retenções na fonte e o seu impacto no aumento do rendimento líquido mensal
Refere a comunicação que o novo modelo permitirá uma personalização da retenção na fonte em moldes idênticos ao que sucede com o cálculo do IRS aquando da entrega da declaração Modelo 3 de IRS. Na prática, trata-se de uma aproximação do valor da retenção na fonte mensal ao valor de IRS que virá a ser efetivamente liquidado anualmente.
Como referido, a aplicação das tabelas resultará num aumento do rendimento líquido mensal face ao valor que auferiam no primeiro semestre do ano, podendo dispor já de rendimento que é seu, em vez de esperarem pelo reembolso – que só ocorre no ano seguinte, momento em que passará a haver menos acerto a fazer.
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Na realidade, é ilusão. OS TCO passam a ter mais liquidez mensal, mas no ano seguinte, no acerto de IRS, ou recebem menos se tiverem direito a reembolso nos anos anteriores, ou deixam de receber reembolso se os valores forem nulos, ou eventualmente passam a pagar IRS porque as retenções ao longo do ano fiscal não foram suficientes. Se houvesse “tomates” no Governo, reduzia efectivamente as retenções de IRS, e não fazia esta artimanha para iludir os eleitores.
Ou seja, quem tem ordenado mínimo não beneficia em nada.
tem de receber pelo menos 850€….
Já não lhe é retido nada agora, queres que beneficie da medida, como???
O SMN não desconta IRS.
Não desconta o SMN nem descontam os altos rendimentos da burguesia exploradora dos negócios e profissões liberais ligadas aos negócios. O IRS é uma farsa montada em cima das folhas de pagamento que os patrões mandam para as finanças. Quem não tem um patrão a mandar para lá a folhinha preenche como quer a declaração de rendimentos, e depois, ou fica alegremente isento, ou dá uma esmola simbólica ao estado. É por isso que todo o IRS é pago pela classe média assalariada, tanto da função pública como do privado, que não tem por onde escapar. O mais espantoso é haver entre eles otários que ainda votam nos 2 partidos grandes. Ou pior ainda, que se abstêm.
Correcção: relativamente à função pública, simplesmente não recebem a totalidade do vencimento bruto, pois este é pago com os descontos realizados pelo privado, seja IRS seja IRC ou outros impostos mais. A função pública é necessária, mas só por si não gera riqueza. Quem pensar que sim, demonstre-me com exemplos de países que seguiram ou seguem tal ideologia e o estado do país.
Mais um a pensar que riqueza é só batatas, cebolas e tijolos. Pode não produzir esse tipo de riqueza, mas se parar toda a função pública de uma vez é mais que garantido que vai produzir miséria. E não é pequena, quem tem mais a perder com isso são os capitalistas, com as pilhagens, que já aconteceram mais do que uma vez na história. O vencimento bruto de um trabalhador da função pública, pago com os descontos seja lá de quem for, é a contrapartida do trabalho dele, nem mais, nem menos. Nesse aspecto não há diferença nenhuma para a conta do restaurante ou do tasco, ou o ordenado da empregada doméstica.
E com essa miséria, comes….respos.
Como se tem visto, com a paragem da F.P. em greves mais que muitas, a actividade privada tem conseguido manter-se em funcionamento….
Problemas….
ILUSIONISMO, o IRS é um imposto anual, não mensal ou trimestral, façam as comparações corretas tendo em consideração o ano e não o trimestre e vão ver quanto ganham com esta medida de cartaz. Não enganem as pessoas, já basta os políticos do momento para o fazerem.
É um bocado estranho o Estado roubar directamente do que a pessoa ganha.
Se tal fosse 100% opcional e associado a serviços extra, eventualmente com patamares diferentes à escolha de quem trabalha (ex.: similar ao que as seguradoras privadas fazem), ainda poderia entender, mas ir só ao bolso de quem trabalha por que sim, parece errado.
Eu pelo que vi das tabelas digo somente o seguinte: Houve redução de escalões, assim, quem estava nos escalões que extinguiram, passam a ser tributados pelo escalão seguinte, mais alto, sendo que passa a descontar mais. Nesta situação estão milhares de trabalhadores, tal como eu, em vez de ver reduzido, vejo que vou subir a uma taxa mais alta.
Isto é enganar as pessoas.
O rendimento NÃO vai aumentar. O imposto é o mesmo, só que distribuído de outra forma: o estado vai cobrar o mesmo. Por favor, sejam rigorosos. Ou quando um funcionário pede o pagamento por duodécimos também vai ter uma aumento de rendimento?