A importância da integração da segurança do centro de dados…
…e do edifício
No momento de elaborar uma estratégia de segurança para centros de dados, importa referir que os centros de dados são também edifícios ou compartimentos dentro de edifícios.
Como acontece com qualquer estrutura ao serviço do negócio, deve ser fornecido algum nível de segurança do edifício.
Para um edifício de escritórios normal, o sistema de segurança pode ser tão simples como o controlo de acesso das portas e fechaduras para que apenas os funcionários com os cartões magnéticos ou códigos adequados possam entrar. Outros edifícios também fazem uso da tecnologia de videovigilância, tal como sistemas de circuito fechado de televisão (CCTV).
A questão que se coloca é onde, afinal, se inserem a maioria dos centros de dados no ciclo de edifícios que necessitam de segurança. Essa inserção surge no contexto da maior necessidade de segurança que um edifício de um centro de dados médio tem, em comparação com um típico edifício de escritórios, apesar de ser menos rigoroso do que a segurança num aeroporto internacional, por exemplo.
Para os centros de dados que armazenam informação sensível de cartões de crédito ou números de identificação pessoal, a necessidade de segurança do edifício pode ser muito elevada. Nesse sentido, deve-se ter em conta, ao ponderar melhorias na segurança, o nível necessário de integração do sistema e o grau de impacto que a segurança tem nos seus negócios.
A evolução dos sistemas de segurança de edifícios torna-os mais semelhantes a sistemas de TI a nível empresarial, com bases de dados subjacentes, interfaces gráficos e a capacidade de gerar relatórios de desempenho ou de lidar com problemas.
Assim, e porque o software de gestão da infraestrutura do centro de dados é frequentemente utilizado para otimizar as operações do centro de dados, o potencial de integração rentável entre os sistemas de segurança e sistemas DCIM (Data Center Infrastructure Management) é elevado.
Também é importante refletir acerca do impacto da segurança no seu negócio quando contemplar a integração, pois um modesto edifício de escritórios que possua apenas um pequeno armário de cablagem irá certamente requerer pouca integração além de um simples controlo de acesso.
Desta forma, apresentam-se os centros de dados de grandes dimensões como portadores de uma sólida segurança, apregoada como um aspeto importante da sua vantagem competitiva.~
Eng. Pedro Nobre | Schneider Electric | Systems Engineer
Este artigo tem mais de um ano
Um aspeto que acho que não vi aqui referido, prende-se com os requisitos energéticos do edifício, digo isso por várias razões:
– O distribuidor pode não ter a capacidade de oferecer a potência e energia necessária face os requisitos energéticos do Datacenter, revela-se por norma quando os Datacenters atingem 60%-90% de lotação. (Quantas vezes vi isto…).
– A infraestrutura de suporte à distribuição energética pode não oferecer condições de resiliência e até eventualmente estar exposta no interior ou exterior de forma fácil. Uma falha nestes meios e representa um shutdown que pode ser de horas a dias, para vários cenários de negócio isso não é aceitável. Exemplos: Empregadas de limpeza ou seguranças que desligam o Datacenter inadvertidamente (os casos são muitos!), a retroescavadora que está a cavar um buraco na rua e que inadvertidamente corta a distribuição energética ao edifício (1-2 dias…) os pontos de distribuição do operador energético que na localidade têm um SLA baixo e falham várias vezes ao ano.
No campo de batalha Cyber, ou melhor CyberWarfare, algumas das táticas ofensivas mais óbvias incidem no comprometimento do fornecimento de energia, não é uma preocupação em alguns setores de mercado, mas naquilo que está classificado como infraestruturas críticas nacionais (banca, distribuição de água, energia e alimentar, edifícios/serviços governamentais) é de ter bastante em conta.
O problema é que sai caro ter conjuntos de baterias que dêem para 1 dia inteiro por exemplo… e se o local usar ar condicionado então… e ter um gerador com capacidade também sai caro.
E depois vêm o problema da (falta de) manutenção… que é cara, e a menos que a eletricidade esteja constantemente a falhar ninguém da administração costuma querer saber… porque é que temos de mudar as 100 baterias? Se for para comprar um quadro no valor dessas baterias é uma coisa, agora baterias? Ou mudar o gerador se este estiver sempre a dar problemas… se mantê-lo em muitos lados nem se pensa, mudá-lo então deve ser perto de impossível.
Mas tudo se resume a dinheiro, e disposição, se quem tem dinheiro e manda mesmo quiser, vai funcionar… nem que tenha de mudar de empresa/ funcionário até encontrar algum competente.
Adoraria ver a central elétrica para um edifício assim…
Parece que andam todos a falar de datacenters de vão de escadas.
Não é possível que uma empresa viável cujo negócio dependa fortemente do seu datacenter, tenha o tipo de problemas que andam paí a falar. À primeira trovoada, era o pandemónio total.