A Huawei é a prova vida de que as pessoas querem comprar novos smartphones. Com efeito, a fabricante de dispositivos móveis Android não foi afetada, no seu âmago, pela guerra comercial com os Estados Unidos da América. Aliás, de acordo com os dados da empresa, em 2018 registaram um aumento de 45% nas vendas.
De maneira idêntica, as receitas aumentaram 19,5% durante todo o ano de 2018, de tal forma que a Huawei ultrapassou, pela primeira vez, a fasquia dos 100 mil milhões de dólares durante o período em questão.
Com efeito, nunca se venderam tantos smartphones Android da Huawei como durante o último ano e, dessa forma, tivemos também um aumento no lucro operacional superior a 25% entre os anos de 2017 e 2018. Por outras palavras, a fabricante chinesa nunca esteve tão perto de alcançar o seu objetivo de liderar o mercado.
As vendas de smartphones Huawei aumentaram 45% em 2018
Em síntese, todos os indicadores, das vendas, às receitas e lucros são extremamente positivos. Ainda mais se tivermos em consideração o crescimento a dois dígitos da Huawei, em contraposição com a queda do mercado de smartphones a nível global. Um feito comprovado no seu mais recente relatório fiscal alusivo a 2018.
Ao mesmo tempo, a procura por smartphones da Samsung e Apple na China caiu consideravelmente durante o último ano. Uma contração que afetou consideravelmente as principais rivais da 2.ª maior fabricante mundial de dispositivos móveis, empresa fundada em 1987 e que acaba de lançar a gama Huawei P30.
Entretanto, o mercado natal está cada vez mais entregue à Huawei, com a Xiaomi também a registar um forte crescendo. Neste ponto, são as linhas de topo – Mate e P – que têm conquistado a China e que agora já contam com os novos Huawei P30. De igual forma, o grande crescimento registado em 2018 deve-se a este exato país.
Smartphones Android ou iOS, a procura existe!
Inegavelmente duro para algumas fabricantes, 2018 provou que continuamos a querer comprar novos smartphones Android ou iOS. Contudo, estamos mais atentos a determinados quesitos como a qualidade fotográfica, ou simplesmente a relação preço / qualidade. Portanto, a preferência recaiu em certas marcas.
Para a fabricante chinesa, 2018 foi um ano dourado, tanto que o seu departamento de eletrónica de consumo totalizou 52 mil milhões de dólares em receitas. Assim sendo, é já a 2.ª maior fonte de receita para esta empresa que registou cerca de 107 mil milhões de dólares em receitas durante o último ano.
Vemos assim os smartphones Android e dispositivos móveis a gerar cerca de metade das receitas para a empresa durante o último ano. Algo que nos mostra a crescente importância de todo o setor, bem como o apetite do mercado, sobretudo o chinês, pelos novos produtos desta marca.
Foi um ano inegavelmente difícil para a Huawei
Apesar do óbvio crescimento, foi um ano marcado por várias dificuldades para a empresa. A propósito, apontamos a queda (pequena) de 1,3% do seu fulgor devido à pressão dos Estados Unidos da América. Aliás, foi um clima de tensão que já se alastrou aos seus aliados como a Austrália.
Mais ainda, agora que a infraestrutura para as redes 5G já começa a ser aplicada, a fabricante chinesa encontrará vários entraves em certos mercados. Ainda ao longo de 2018 vimos várias acusações a ser-lhe imputadas. Por exemplo, a espionagem industrial, bem como a violação das sanções impostas ao Irão.
A propósito, e em declarações à Reuters, a tecnológica chinesa voltou a criticar a administração norte-americana.
“O governo norte-americano tem uma atitude derrotista. Quer denegrir a imagem da Huawei porque não consegue competir connosco”. Palavras de Guo Ping, presidente do conselho de administração (na imagem).
Agora, a empresa lançou os novos Huawei P30 e Huawei P30 Pro em Paris. São dois novos smartphones Android de gama alta que materializam as ambições da marca. Relativamente aos mesmos, antevemos uma boa receção na Europa, ainda que o mercado norte-americano lhes continue vedado.