A China e os telemóveis
Segundo pesquisa divulgada pelo China Center for Information Industry Development, taxa anual de crescimento do mercado será de 6,1%
Pequim - O mercado de telemóveis na China continuará em franca expansão e intensamente disputado nos próximos cinco anos. Esta é a conclusão da pesquisa divulgada pelo China Center for Information Industry Development (CCID). Segundo seu chefe executivo, Huang Yong, a taxa anual de crescimento composto do mercado será de 6,1%, totalizando 115 milhões de vendas em 2009.
Conforme a pesquisa, dois factores impulsionarão o mercado interno chinês. O primeiro é a expansão da tecnologia e da cobertura da rede 3G, previstas pelo XI Plano Quinquenal da China (2006 - 2010). "Teremos 230 milhões de utilizadores 3G até o final de 2009", afirma Huang.
Por outro lado, a saturação do mercado nos centros urbanos está a levar os operadores a reverem a sua estratégia. Eles apostam, cada vez mais, no crescente poder de consumo das populações que vivem concentradas nas cidades menores e nas zonas rurais chinesas. "Ainda há muito espaço para os telemóveis baratos na China", garante Deng Shoupeng, um dos especialistas que participaram da elaboração da pesquisa.
Os números parecem dar-lhe razão. A Motorola lançou um "modelo económico" vendido a 40 € na maior parte da China. A Siemens, no entanto, pretende contra-atacar lançando um aparelho de 36 €.
Pior para os fabricantes chineses. Segundo a Sino Market Research (SMR), a participação das 46 empresas nacionais no mercado de 350 milhões de clientes caiu de 47% para 42% nos últimos 14 meses. A Nokia e a Motorola estariam a ampliar a vantagem sobre os concorrentes nacionais, respondendo respectivamente por 17,7% e 13,4% das vendas internas, contra os 8% alcançados pela Amoisonic no segmento dos aparelhos mais luxuosos.
Analistas citados pela imprensa local acreditam na venda de 55 milhões de aparelhos neste ano, com um aumento de 2,1% sobre 2004. Ao mesmo tempo, os chineses deverão produzir 400 milhões de unidades.
Fonte: Estadão
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