4,5 milhões de utilizadores na Internet em Portugal
A Marktest contabilizou no Continente 4,5 milhões de utilizadores de internet, um número que cresceu quase dez vezes nos últimos 13 anos.
Os dados do Bareme Internet, o estudo de base do Netpanel, contabilizam 4 484 mil indivíduos que costumam utilizar a internet. Este valor representa 53.9% do universo composto pelos residentes no Continente com 15 e mais anos. Estes dados significam que a maioria dos portugueses nesta faixa etária já está online.
A análise deste indicador ao longo da última década evidencia o elevado crescimento que tem registado entre nós, ao aumentar quase dez vezes no período em análise. Os 5.6% de indivíduos que em 1997 acediam à internet passaram em 2009 para 53.9% - mais 863% do que então. Neste período, o ritmo de crescimento da penetração da internet no nosso país situou-se nos 22.0% ao ano. Naturalmente, à medida que aumenta o número de utilizadores de internet, também diminui a sua taxa de crescimento anual, tendo-se observado 10.5% de crescimento de 2008 para 2009.
Na análise por targets, vemos que a ocupação é a variável mais discriminante, pois é a que revela mais diferenças de comportamento entre os indivíduos. Os valores oscilam entre os 98.5% entre os estudantes e os 9.1% das domésticas. A idade é a segunda variável com maiores discrepâncias de comportamento, com 96.7% dos jovens entre os 15 e 17 anos a não dispensarem a internet, um valor muito acima dos 7.3% de idosos com mais de 64 anos que também navegam. A classe social apresenta igualmente uma dispersão assinalável, com os valores a oscilar entre os 92.1% de utilizadores na classe alta e os 19.1% na classe baixa. Os dois sexos também apresentam diferenças: 62.19% dos homens acede à internet, ao passo que esse valor baixa para 46.5% junto das mulheres. Entre as regiões é onde encontramos menor heterogeneidade, embora os residentes na Grande Lisboa e no Grande Porto apresentem taxas superiores de utilização de internet: 63.0% e 60.8%, respectivamente.
A análise realizada teve como base os resultados de 2009 do estudo Bareme Internet. Este estudo analisa o universo constituído pelos residentes no Continente com 15 e mais anos
Este artigo tem mais de um ano
“A Marktest contabilizou no Continente 4,5 milhões de utilizadores de internet, um número que cresceu quase dez vezes nos últimos 13 anos.” Alguns estudos deixam-me parvo. Neste caso estão a comparar uma época em que a internet estava disponível a pouca gente, era lenta, havia muita falta de informação e de publicidade aos serviços, com os tempos actuais. É o mesmo que comparar o aumento das vendas do novo windows 7 deste ano com as do ano passado…
Fiz enviar sem querer…
Se comparassem o aumento do número de utilizadores após a introdução do programa e-escolas, por exemplo, fazia muito mais sentido!
Para mim o “estudo” faz todo o sentido. Não me parece, de facto, muito relevante que o número de utilizadores tenha crescido 10 vezes nos últimos 13 anos, porque, se é verdade que como dizia a canção “dez anos é muito tempo”, treze ainda é mais, mais verdade é que o passo de gigante alcançado se verificou mais pelo aparecimento da banda larga, sobretudo adsl, uma certa democratização do acesso e um forte aumento da velocidade que ajudou a vingar tecnologias e serviços que seriam impensáveis com os acessos analógicos e mesmo com as primeiras velocidades da chamada banda larga, que, em abono da verdade e aos olhos de hoje, de larga tinha pouco e era até bastante estreita.
Relevante parece-me o efeito, entre outros, do chamado “choque tecnológico” e aí é possível verificar que desde 2005 até 2009 houve um aumento de 16,3% de pessoas que acedem à internet.
Interessante também é constatar que há um certo nivelamento dos acessos nas várias regiões do país, embora com uma certa vantagem para a Grande Lisboa e Grande Porto e uma ligeira desvantagem para o Interior Norte. A minha conclusão, neste aspecto, é simples. O isolamento do interior não é só físico mas também tecnológico. E como moro no interior sinto isso na pele, os grandes avanços em termos de tecnologias e velocidades de acesso à internet chegam ao interior do país cerca de um ou dois anos depois de terem chegado aos grandes centros e litoral.
Bom fim de semana a todos
Esta coisa da estatística que normalmente se traduz nas “médias” é muito enganador – como dizia alguém, quem tiver os pés no fogo e cabeça no frigorífico, em média, está a uma temperatura agradável.
Então, em média, 53,9% dos portugueses acedem regularmente à internet.
Numa análise mais fina, no último gráfico, vê-se que os do grupo etário 15-17 têm os pés no fogo (96,7%)e os acima dos 55 têm a cabeça no frigorífico (26,8%).
Curiosamente, outro estudo do Eurostat (o serviço de estatística da União Europeia), que faz uma comparação entre países chega a um valor, médio, bem diferente. Diz que 53% dos portugueses nunca usaram um computador na vida e que uma grande maioria – 72% não acede regularmente à internet. Diz também que:
Entre os 17 Estados-membros sobre os quais há dados disponíveis, Portugal é um dos seis países em que o «analfabetismo informático» afecta mais de metade da população, sendo o quarto com um valor mais elevado, em conjunto com o Chipre, e apenas superado pela Grécia (65 por cento), Itália (59) e Hungria (57).
No extremo oposto da lista encontram-se a Dinamarca e a Suécia, onde apenas 10 e 11 por cento da população, respectivamente, não têm conhecimentos informáticos básicos. De salientar que a média comunitária de «analfabetismo informático» é de 37 por cento. http://bit.ly/3zwee6
… Com tanto número falta um. Segundo o Eurostat a taxa de analfabetismo informártico é de de 54%, ou seja a população portuguesa não possui os chamados conhecimentos básicos de informática. (Os dados que encontrei sobre analbabetismos são de 2001. Nesse ano 9% dos portugueses não sabia ler e escrever. Entretando morreram alguns pelo que a taxa de analfabetismo deve ter baixado)
Também não podemos exigir muito da nossa população portuguesa…
Metade dela é idosa.
Já o disse antes, tenho colegas que frequentaram o mesmo curso que o meu: “Técnico de Informática e Gestão” na escola profissional da Mealhada.
E metade da turma não sabe formatar um computador, ou instalar devidamente um software. Andaram 3 anos num curso onde ensinam informática de uma forma bastante geral, que enriquece qualquer.
Mas também, tem de se dizer, metade da turma passava as aulas todas a falar de futebol, gajas, hi5, carros, as vezes e a quantidade que comeram gajas…
Enfim.. são eles que ajudam nas percentagens das eleições, e contribuem para uma deficiente estatística.
Eu pertenço ao grupo dos 5.6% do ano 1997. Ainda a internet rolava com modems de 56 kbs. Lembro-me dos cds gratuitos da Clix e na Netc para registar o login. A conta ao fim do mês em impulsos de dados não era lá muito famosa. lol
Eu ainda tenho uma colecção desses cdês: netc, oni, clix, easynet, sapo… pode ser que ainda venham a valer dinheiro (seria irónico)!
Os Cds gratuitos só surgiram em 99, ate lá tinhas de pagar o serviço, para além da conta do telefone.
Qual sera a percentagem de utilizadores de internet em Portugal desde o Ano 2012 ate 2020? Sera que ira crescer muito, tendo por base 4,5Milhoes neste momento.
Agradecia uma resposta via email
nuno.brito@equipaamarela.com
obrigado
DR Nuno Brito