MiniMed 670G – Pâncreas artificial para ajudar os diabéticos
Foi na passada semana que a FDA (Food and Drug Administration), organismo que controla os alimentos e medicamentos nos EUA, aprovou o MiniMed 670G, um dispositivo que permite monitorizar automaticamente a glicose e também fornece as doses de insulina necessárias.
Esta “nova” tecnologia inovadora, que quase não precisa da intervenção do paciente para controlar a doença, chegará ao mercado americano em geral já em 2017.
Jeffrey Shuren, director do Centro para Dispositivos e Saúde Radiológica da FDA, o MiniMed 670G permitirá às pessoas com diabetes tipo 1 terem uma melhor vida pois o sistema ajudará, de forma quase autónoma, a monitorizar os níveis de glicose e também a administrar insulina.
The FDA is dedicated to making technologies available that can help improve the quality of life for those with chronic diseases – especially those that require day-to-day maintenance and ongoing attention
This first-of-its-kind technology can provide people with type 1 diabetes greater freedom to live their lives without having to consistently and manually monitor baseline glucose levels and administer insulin
Para o Dr. Francisco Carrilho, Presidente da direcção da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, este equipamento é um sistema híbrido mas que ainda não é totalmente automático, isto porque durante o dia o paciente terá de introduzir alguns parâmetros relacionados com a alimentação para que o dispositivo calcule a quantidade de insulina a administrar.
Francisco Carrilho, revela ainda que esta é uma doença que requer muita intervenção do doente, tanto a fazer o tratamento como na avaliação do tratamento. Em média, são necessárias quatro injecções de insulina por dia.
De acordo com o DN, em Portugal é estimado que existam um milhão de diabéticos, dos quais 50 mil têm diabetes tipo 1. O diabetes tipo 1 é uma doença causada pelo próprio organismo que destrói as células que produzem insulina.
Como usar o MiniMed 670G?
O MiniMed 670G pode ser fixado, por exemplo, num cinto e é ligado ao corpo através de um cateter para aplicar insulina. A avaliação da taxa de açúcar no sangue dos pacientes é realizada a cada cinco minutos.
Este equipamento foi alvo de vários testes e os resultados mostram que podem existir alguns efeitos colaterais como por exemplo hipoglicemia, hiperglicemia e até irritação da pele. O MiniMed 670G é recomendado para ser utilizado por pessoas com mais e 14 anos.
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Finalmente algo do género desenvolvido. Muito bom 🙂
Os efeitos colaterais referidos correspondem aos da injecção de insulina actual: insulina a mais dá hipoglicémia, insulina a menos dá hiperglicémia. A irritação da pele é provável que se deva ao adesivo, mas é mais fácil de controlar do que as múltiplas injecções, cujos locais têm de ser utilizados rotativamente.
Imagino que este sistema também seja com agulhas. Há paciente que têm super controlado a questão da insulina, para eles quase é mais fácil o controlo manual dado que está também não é totalmente autónomo.
Tudo é uma questão de preços. Vamos ver o valor do aparelho, se for muito caro ainda é uma dificuldade para muitos pacientes. Já existem sistemas de controlo da glucemia sem ter que picar o dedo mas são super caros e não estão ao alcance de todos pelo que não são usados.
Sim, terá de ser com agulhas, mas não deve ser necessário estar sempre a picar em locais diferentes. Pelo menos eu espero que não 🙂
Só falta saber a que tipo de preço vai chegar a Portugal..
Vai chegar ao dia de dispositivos intracorporais.. 😉 E tudo controlado à distância…
espero que não venha no sistema andriod
Tem que ser muito rico pra ser um diabético. Alimentação, equipamentos, remedios… Hiperglicemia é uma mina de ouro pras industrias farmacêuticas.
Ajudem os diabéticos de Portugal assinando esta petição:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=diabetes-libre
é preciso ser rico mesmo….. quer para adquirir o novo sistema de medição sem picadas… seguros de vida…. um sem fim de coisas….
se fossemos toxico dependentes, davam-nos agulhas, drogas, salas de chuto….. se és diabético ( não foi uma opção tua) pagas e não bufas…..
há quem tenha facilidade em controlar a diabetes “manualmente”… mas existe muita gente que não…. e isto seria uma GRANDE ajuda….
é como o novo sistema de medição (Freestyle Libre) é bom para adultos… mas para crianças… é um enooooorme improvment… os pais podem medir o açucar no sangue, até com as crianças a dormir…
Agora é preciso é que comece a ser comparticipado… é que é caro que dói…
A única sofisticação está no sensor e não na bomba de insulina, o facto de não ser necessário efectuar vários testes de glicémia pode ajudar a ser mais confortável. Mas a interactividade entre os dois dispositivos não é novidade, tal como a introdução de rotinas e hábitos alimentares. A grande barreira nestes dispositivos é o preço, nem todos os doentes têm a possibilidade de gastar +- 4000€ por uma coisa destas. A não esquecer que a bomba infusora necessita de um cateter que deverá ser mudado com alguma frequência o que leva também a “furar” vários locais da pele.
O conceito conforto destes dispositivos ainda está muito “verde”, as limitações para quem os usa também, a prática de desporto é algo desconfortável, basta imaginar que qualquer puxão pode remover de forma dolorosa o cateter da pele. Mas sem dúvida que é a administração mais segura e contínua para os doentes de diabetes Tipo 1.
Cada injecção de GlucoGen (para elevar os valores hipoglicémicos) custa apenas quase 20 euros, sem qualquer tipo de comparticipação. Para quem sofre de sucessivas crises de hipoglicémia… ou morre porque é pobre, ou chama o INEM para lhe administrarem glucose intravenosa.
Se tem “efeitos colaterais” de hipoglicemia e hiperglicemia, então não é confiável, perdeu a finalidade. Ainda tem que inserir a quantidade de carboidratos ingeridos nas refeições? Assim é melhor usar a bomba de insulina normal ou Sistema de Infusão Contínua – SIC (que minha filha já usa). Usa apenas um cateter (que tem agulha sim e tem que fazer rodízio a cada três dias). Penso ser melhor esperar lançarem um modelo automático e mais confiável.
O preço é um problema sim. Está bomba é realmente um avanço excepcional pena não ser disponível para os diabéticos tipo 1 que a querem adquirir. Com alguma força de todos nós, medicos, profissionais de endocrinologia, enfrermeiros e familiares poderíamos tentar demonstrar aos nossos governantes e empresas farmacêuticas que seria imprescindível para os diabéticos ter estas bombas. Teríamos que provar que poderíamos poupar a longo prazo ao adquirir está bomba.
Seria bom, se fosse comparticipado pelo Estado;pois terá a compensação por menos gastos na forma actual.
Minha esposa é diabética,tem 81 anos;já “anda um pouco perdida” com as exigências;ajudo-a porém, já estou
também a ser afectado-tenho a mesma idade e prolemas relacionado com o I:P:O:.
Eu preciso de uma dessa como faço pra adquirir pro meu filho