Europa já tem o futuro dos drones de guerra: um mix entre o céu e a terra
A mais recente inovação da tecnologia militar de drones chega da mão de um país com vasta experiência no setor: Israel. Uma nova geração de veículos não tripulados promete colmatar uma das maiores lacunas táticas dos modelos atuais: o facto de serem inúteis em ambiente terrestre.
Rooster: um drone híbrido para o ar e a terra
Os drones são ferramentas indispensáveis nos conflitos modernos. A sua versatilidade em missões de ataque, vigilância e inteligência é inquestionável, mas partilham uma limitação crítica: no solo, a sua utilidade é praticamente nula.
Um drone de pequenas dimensões pode entrar por uma janela para inspecionar uma sala, mas carece de mobilidade terrestre para navegar por corredores. A solução para este problema chama-se Rooster.
Desenvolvido pela empresa israelita Robotican, o Rooster é um "drone híbrido" que se destaca pelo seu design invulgar. Ao contrário dos drones convencionais, este equipamento consegue tanto voar como deslocar-se no solo, graças a um sistema de locomoção lateral. Não se trata de rodas tradicionais, mas sim de umas gaiolas protetoras que permitem ao drone rolar e navegar em terrenos complexos.
O Rooster pode ser operado individualmente ou em esquadrões de três unidades. Quando operam em conjunto, os drones estabelecem uma mesh network, interligando-se para partilhar dados dos seus sensores, como as câmaras. Isto permite que um único operador controle o trio e visualize as imagens de todos os dispositivos em tempo real no seu ecrã de comando.
Esta capacidade de comunicação é fundamental, especialmente em cenários operacionais onde o sinal de GPS é intermitente ou inexistente.
Especificações técnicas
Com um peso de 1,6 kg, o Rooster é capaz de transportar uma carga útil de até 300 gramas, como um sensor de radiação, uma câmara térmica ou outros pequenos equipamentos. A sua autonomia é de 12 minutos em modo de voo e estende-se até 30 minutos em modo terrestre.
A transição entre os dois modos é instantânea: o drone pode explorar um piso no solo, levantar voo através de uma janela para alcançar o andar superior e retomar a exploração terrestre de imediato. Está equipado com câmaras (incluindo visão noturna), grava em resolução Full HD e incorpora inteligência artificial (IA) para a deteção de obstáculos.
Embora já tenha sido adotado pelas forças armadas israelitas, o Rooster está agora pronto para a sua expansão internacional. Recentemente, o drone obteve o seu NATO Stock Number (NSN), um código numérico de 13 dígitos utilizado pela Aliança Atlântica.
Este código não só cataloga todos os itens nas cadeias de abastecimento da NATO, desde uma lâmpada a umas calças, como também funciona como um selo de confiança, o que garante que o equipamento cumpre os rigorosos padrões da organização.
A Robotican confirmou a venda do Rooster a "unidades de elite na Europa", sem especificar os países. Sabe-se, no entanto, que o drone é atualmente utilizado pelas Forças de Defesa de Israel e pela Drug Enforcement Administration dos Estados Unidos.
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Imagem: Robotican






















Um estudante inventou um drone que alem de voar, consegue submergir e “voar” dentro de água
Eu vejo estas noticias sobre os progressos que a Europa tem feito nesta tecnologia e depois olho para o que a china ja fez e começo a pensar que se algum dia entrarem em conflicto bélico ela – a Europa – está bem f#dida…
Suponho que neo feudalismo e gatekeeping tem as suas vantagens e desvantagens…
Muito cuidado para quem fica com o comando na mão, não vá acontecer o mesmo que os pagers.